sexta-feira, 25 de maio de 2012

Material de construção: 71% da indústria está otimista em maio

Cerca de 71% da indústria de materiais de construção pretende investir mais nos próximos 12 meses, entretanto, tal resultado ainda não agrada o setor - este observa atentamente o recuo da intenção dos investidores na construção civil.

De acordo os dados divulgados nesta quinta-feira (24) pela Sondagem de Expectativas da Abramat (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção), a queda na pretensão de investimento dos empresários foi 4 pontos percentuais entre abril e maio deste ano. No quarto mês, a intenção registrada foi de 75%.

“A redução não é tão radical, mas já revela uma preocupação dos empresários com o mercado interno e com a situação internacional, que ficou mais preocupante no último mês”, diz o presidente da Abramat, Walter Cover.

Ações do governo

E não só os investimentos futuros caíram, mas também a confiança do empresário nas ações do governo para os próximos 12 meses. Segundo o levantamento, neste quesito, o índice caiu 12 pontos percentuais, passando de 66% em abril, para 54% em maio deste ano.

“A retração está relacionada ao desempenho do mercado, cujas vendas ficaram abaixo da expectativa e também à reação do governo diante de tais reduções”, argumenta Cover.

Segundo ele, as vendas do primeiro quadrimestre deste ano tiveram uma alta de apenas 2,5% e, com isso, ficaram abaixo da projeção da entidade, estimada em 4,5% para o ano.

“Dificilmente atingiremos essa expectativa. Para isso, teríamos que crescer à uma taxa de 5,5% ao mês até dezembro de 2012. Será um grande desafio para o setor”, diz o presidente da associação.

Internas e externas

No que se refere às vendas, a expectativa regular passou a predominar no mercado interno deste mês.

Na avaliação, 49% das organizações consultadas informaram acreditar que os resultados obtidos serão regulares e apenas 39% das empresas apresentaram expectativas positivas quanto à venda de materiais de construção. As expectativas pessimistas, entretanto, subiram de 9% em abril, para 12% em maio.

“Houve uma desaceleração no plano de vendas imobiliário e isso afetou as vendas de materiais do setor. No atual momento, apenas os projetos de infraestrutura têm sido os responsáveis pelo aumento das vendas na indústria, avaliadas em 2% no período. Se não fosse este fato, os números seriam ainda menores”, diz Cover.

Quanto às expectativas das empresas com relação ao mercado externo, as mesmas não foram apresentadas pela Abramat.

Precisa melhorar

Para melhorar o quadro atual, a associação espera que o crédito possa ser destravado e que o governo atenda os pedidos da entidade que tenta desonerar por completo o IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados).

“A redução do IPI já existe, mas não é permanente, sendo renovada a cada ano. Contudo, ideal mesmo seria se a desoneração fosse fixa, afinal, as decisões de investimentos não são tomadas no mesmo ano pelas empresas, mas sim com base em um cenário futuro”, conclui o presidente da Abramat.


Fonte: Infomoney

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