terça-feira, 8 de maio de 2012

CONFIANÇA DO SETOR DE SERVIÇOS TEM QUEDA DE 4,8% EM ABRIL

Em março, a confiança do setor de serviços já havia dado sinais de piora ao registrar queda de 1% ante o mesmo mês do ano passado.

Confiança no setor de serviços cai 4,8% em comparação ao mesmo mês de 2011
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 4,8% em abril na comparação com o mesmo mês de 2011 e mostrou piora também em relação a março, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
O indicador da confiança dos empresários do setor de serviços caiu para 128,8 pontos no mês passado, ante 135,3 pontos no mesmo mês de 2011 e 130,0 pontos em março.
Em março, a confiança do setor de serviços já havia dado sinais de piora ao registrar queda de 1% ante o mesmo mês do ano passado, embora tenha ficado acima do nível de fevereiro.
De acordo com a FGV, a piora na comparação anual do ICS foi influenciada principalmente pelas avaliações dos empresários em relação ao momento atual.
Em abril, o Índice da Situação Atual (ISA-S) registrou queda de 8,3% ante o mesmo mês do ano passado, contra queda de 2,7% em março na mesma comparação. Com isso o índice apresenta o pior resultado desde outubro de 2009, quando a queda na comparação anual chegou a 8,7%. Em abril o ISA-SA ficou em 111,6 pontos, ante 112,3 pontos em março.
O quesito que mede a percepção dos empresários do setor sobre a demanda atual foi o que mais contribuiu para a queda do ISA-S na comparação anual. O indicador recuou 9,2% ao passar de 114,7 pontos em abril de 2011 para 104,2 pontos no mês passado. Das 2.846 empresas consultadas, 20,2% avaliam a demanda atual como forte contra 26,2% há um ano. Já 16,0% a consideram fraca, ante 11,5% anteriormente.
Já o Índice de Expectativas (IE-S) mostrou recuo de 1,9% em abril ante o mesmo mês do ano passado, contra alta de 0,3% em março na comparação com março de 2011. O índice ficou em 146 pontos no mês passado, ante 147,7 pontos em março.
No IE-S, as principais influências para o resultado de abril na comparação com 2011 vieram dos indicadores do nível de demanda para os próximos três meses e do ambiente dos negócios nos seis meses seguintes. No caso da demanda prevista, a proporção de empresas prevendo crescimento passou de 51,8% em abril de 2011 para 49,2% em abril deste ano, enquanto a parcela das que esperam queda passou de 3,5% para 3,7%.
- O índice que mede as expectativas continua com os resultados bem mais favoráveis que os observados na avaliação do momento presente, o que pode ser reflexo de uma percepção de melhora gradual no nível de atividade econômica nos próximos meses – informou a FGV em nota.
Tanto o mercado quanto o governo mantêm os olhos com atenção sobre o setor de serviços. Em relação à inflação, por exemplo, a avaliação é de que os preços no Brasil devem entrar num período de acomodação e contribuir na atual política monetária.
No ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação de serviços fechou em 9,75%, acima dos 8,5% em 2010. O número ficou bem acima dos 6,50% registrados pelo IPCA de 2011, e avaliações mais otimistas indicam que uma desaceleração pode acontecer já neste ano.

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