Luciana Otoni, texto de Patrícia Duarte
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira que a
economia brasileira começou a crescer mais neste mês e voltou a dizer que a
expansão do Produto Interno Bruto (PIB) não será de 4,5 por cento neste ano,
como previsto antes.
"O crescimento do primeiro trimestre veio aquém do que
esperávamos. Continuamos trabalhando com a certeza de que a economia vai
crescer, talvez não os 4,5 por cento (projetados antes)", afirmou ele.
"Esse crescimento começa em maio e todas as medidas tomadas vão surtindo
efeito."
Para fazer a economia crescer mais, o governo anunciou na noite desta
segunda-feira um pacote de 2,7 bilhões de reais para incentivar o setor
automotivo e de bens de capital.
Mantega, qua participa de audiência pública no Congresso Nacional para
discutir as novas regras para o rendimento da poupança, disse que, mesmo com as
medidas já adotadas pelo governo para estimular a economia brasileira, a
inadimplência no país não fugirár do controle.
Ele adiantou que estão sendo analisadas medidas para reestruturar a
inadimplência no mercado de crédito, sem dar mais detalhes. Segundo o ministro,
os atrasos em pagamentos cresceram de 2011 para 2012, mas que há mecanismos
para reduzi-los, como a liberação de mais crédito.
"Temos como reduzir essa inadimplência com nova liberação de
crédito, reduzir custo financeiro. Temos mecanismos para reestruturar essa
inadimplência. Pensamos em medidas que permitam isso", afirmou o ministro.
Apesar dos esforços, Mantega reconheceu que é difícil aumentar a
competição no setor financeiro brasileiro por ser muito concentrado, mas que os
bancos públicos continuarão reduzindo os spreads bancários -diferença entre o
custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final.
Sobre o câmbio, o ministro disse que o governo tem o desafio de manter
o câmbio "favorável" porque é importante para a competitvidade do
Brasil. "O câmbio já se encontra numa situação mais favorável para a
competitividade do Brasil", acrescentou ele.
Fonte: Reuters
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