O nível de emprego na indústria de transformação paulista teve o pior
resultado da série histórica produzida pela Federação das Indústrias do Estado
de São Paulo (Fiesp) desde 2006. A queda foi de 1,14% no mês, em comparação a
março, com ajuste sazonal.
"Esse período ruim se compara a 2009, ano da crise. A diferença é
que agora a demanda está aquecida, porém, sendo atendida pelos importados e não
pela produção nacional", diz o diretor-adjunto do Departamento de
Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Walter Sacca.
Sem ajuste, o resultado foi positivo em 0,55%, com a criação de 14 mil
vagas em relação a março. No acumulado do ano, de janeiro a abril, o resultado
é positivo em 0,69%, com a geração de 18 mil empregos. No entanto, em relação a
março de 2011, a queda foi de 3,16%, com perda de 85 mil postos de trabalho.
Entre os 22 setores analisados, 10 contrataram, 9 demitiram e 3
permaneceram estáveis em abril. Do total de vagas criadas no mês, 13.952
correspondem ao setor de açúcar e álcool, sendo os demais setor juntos
responsáveis pela criação de apenas 48 vagas.
Segundo Sacca, é provável que o emprego industrial paulista feche o
ano com mais demissões do que contratações. "Para a indústria atingir o
patamar de crescimento zero este ano, temos de subir 0,6% todos os meses até
dezembro", disse. Para ele, as medidas de incentivo tomadas recentemente
pelo governo são positivas para a indústria. "Mas seus efeitos deverão ser
sentidos apenas em 2013", prevê.
Fonte: DCI
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