quarta-feira, 30 de maio de 2012

GOVERNO PREPARA FUSÃO DE IMPOSTOS

Depois das mudanças na remuneração na caderneta de poupança, a presidente Dilma Rousseff prepara uma ampla reforma em dois dos mais complexos tributos cobrados no País: as contribuições para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o Programa de Integração Social (PIS).

A proposta já foi levada à análise da presidente na sexta-feira passada pelos secretários Nelson Barbosa (executivo da Fazenda) e Carlos Alberto Barreto (Receita Federal), numa conversa da qual participou também o empresário Jorge Gerdau.


Ela prevê a unificação da Cofins e do PIS. A fusão dará origem a uma nova contribuição, que terá uma sistemática de cobrança mais simples.


O governo alega que as modificações trazem vantagens para as empresas e também para o Fisco. A alteração exige apenas uma lei ordinária e pode ser feita por medida provisória (MP).


Com a mudança, a presidente pretende dar mais um passo importante na sua estratégia de reformar o sistema tributário em fatias. Ela evitou o caminho dos governos anteriores, que perseguiram reformas amplas e ambiciosas e fracassaram.


O PIS e a Cofins são tributos cobrados de duas formas: cumulativa e não cumulativa. Na forma não cumulativa, que é a mais nova e abrange a maioria das empresas, o que é pago em uma etapa de fabricação vira crédito a ser descontado na nova etapa.


Ocorre que, hoje, nem tudo o que uma empresa adquire para sua produção dá direito a créditos tributários. Há uma série de exceções e esse é um dos principais focos de complicação. As empresas precisam montar grandes estruturas para lidar com essas regras.


Segundo apurou o Estado, a proposta ataca esse problema, ao garantir que todos os insumos passarão a gerar crédito. A expectativa é que essa mudança simplificará a vida não só das empresas, mas também da Receita, que terá mais facilidade em fiscalizar. Isso só foi possível com a implantação da nota fiscal eletrônica. Nela, haverá um campo específico para informar sobre a aquisição de insumos.


Alíquota. Há, porém, um problema que faz com que Dilma esteja cuidadosamente preparando terreno para a mudança. Como haverá maior geração de créditos tributários, é possível que seja necessário elevar a alíquota do tributo. O nível deverá ficar acima dos 9,25% que hoje são cobrados de quem está na sistemática não cumulativa.


O governo ainda não decidiu se o sistema cumulativo será ou não mantido após a fusão dos dois tributos. O que já está certo é que serão preservadas todas as desonerações de PIS-Cofins que o governo concedeu nos últimos anos. Por essa razão, o ex-secretário da Receita Everardo Maciel acha que não haverá a simplificação desejada: "É como querer emagrecer sem abrir mão de uma dieta rica em gorduras."



Fonte: O Estado de São Paulo

MERCADO ESTIMA PIB DE 3% ESTE ANO, DIZ RELATÓRIO DO BC

Esta é a primeira vez que o mercado indica um crescimento menor do que 3% neste ano.

O mercado reduziu pela terceira semana a estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto), de acordo com divulgação do boletim Focus desta segunda-feira (28).

Esta é a primeira vez que o mercado indica um crescimento menor do que 3% neste ano e acompanha o movimento do governo que já fala em crescimento menor do que os 4,5% estimados no início do ano. O otimismo com relação a economia tem perdido força com indicadores industriais em queda e o IBC-Br (prévia do PIB divulgado mensalmente pelo BC) que aponta para uma alta de apenas 0,15% na atividade econômica no primeiro trimestre em comparação com o quatro trimestre de 2011.

A projeção para o PIB (a soma de todas as riquezas produzidas por um país) de 2012 foi reduzida de 3,09%, na semana passada, para 2,99% hoje. Para 2013, a estimativa foi mantida em 4,50%.


A projeção deste ano para inflação oficial (medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA) caiu de 5,21%, na semana passada, para 5,17%. Para 2013, a previsão ficou em 5,60%. O centro da meta do governo para este ano é de 4,5% e o teto, 6,5%.


Já a previsão para a taxa básica de juros, a Selic, neste ano, foi mantida em 8% (a mínima histórica foi de 8,75% em 2009), pela segunda semana seguida. Para 2013, foi mantida em 9,5%.


A projeção para o valor do dólar em 2012 voltou a subir, passando de R$ 1,85, na semana passada, para R$ 1,90 hoje. Para 2013, ficou inalteradas em R$ 1,85.


O boletim Focus é elaborado pelo BC a partir de consultas feitas a instituições financeiras e expressa, semanalmente, como o mercado percebe o comportamento da economia.



Fonte: Folha de São Paulo

CUSTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL SOBE 1,3% EM MAIO, INDICA FGV

O grupo mão de obra foi o que mais pressionou o resultado.


O Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), ficou em 1,3% em maio, uma alta de 0,47 ponto percentual em comparação com abril (0,83%). No acumulado do ano, o índice apresenta variação de 3,63%. Nos últimos 12 meses, a taxa registrada é 7,16%. O INCC-M foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 de abril e 20 de maio.

O grupo mão de obra foi o que mais pressionou o resultado, com variação de 2,22%, um acréscimo de 1,14 ponto percentual ante abril (1,08%). A mão de obra técnica foi o índice com maior elevação, passando de 1,12%, em abril, para 2,54%, em maio. A mão de obra auxiliar (1,96%) e especializada (2,06%) também teve alta em comparação com abril, quando foram registradas as taxas de 1,03% e 1,09%, respectivamente.


Em São Paulo, esse grupo registrou variação de 3,97%. De acordo com a FGV, a alta está relacionada aos reajustes salariais ocorridos em função da data-base. No Rio de Janeiro, a taxa subiu de 4,26%, em abril, para 4,75%, em maio. Em Porto Alegre, houve decréscimo, de 1,13% para 0,52%.


O grupo materiais, equipamentos e serviços registrou redução, passando de 0,58%, em abril, para 0,35%, em maio. O índice materiais e equipamentos (0,35%) apresentou decréscimo de 0,3 ponto percentual ante abril (0,65%). Os quatro subgrupos componentes desse item apresentaram taxas menores: materiais para estrutura (de 0,68% para 0,4%), materiais para instalação (de 1% para 0,35%), materiais para acabamento (de 0,48% para 0,37%) e equipamentos para transporte de pessoas (de 0,4% para 0,04%).


O índice serviços (0,37%), que compõe o grupo materiais, equipamentos e serviços, registrou leve aumento de 0,05 ponto percentual em comparação com abril (0,32%). O subgrupo serviços pessoais (0,73%) registrou a maior alta ante abril (0,38%). O índice de aluguéis e taxas, por sua vez, passou de 0,01%, em abril, para 0,15%, em maio. Serviços técnicos foi o único com decréscimo nesse índice, passando de 0,69% para 0,35%.


O INCC mede a variação em sete capitais. Houve aumento em Belo Horizonte (de 0,09% para 0,23%), Recife (de 0,19% para 0,29%), no Rio de Janeiro (de 2,42% para 2,66%) e em São Paulo (de 0,3% e 2,17%). As cidades de Salvador (de 3,26% para 0,08%), Brasília (de 0,57% para 0,15%) e Porto Alegre (de 0,81% para 0,38%), por sua vez, registraram decréscimos.



Fonte: Agência Brasil