terça-feira, 30 de abril de 2013

Cabe ao empregado comprovar a identidade de funções no pedido de equiparação salarial

O pedido feito se baseou no artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) absolveu o Centro Universitário Franciscano (Unifra) de pagar equiparação salarial a um professor que não demonstrou a identidade de funções entre ele e dois colegas, cujas remunerações eram superiores à sua. Segundo o relator do caso no TST, ministro Walmir de Oliveira da Costa (foto), a condenação imposta pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) foi equivocada, uma vez que é do empregado a obrigação de provar a existência de igualdade no desempenho das funções exercidas por se tratar de fato constitutivo de seu direito.
equiparacao
O professor assistente da Unifra havia obtido êxito ao recorrer ao TRT-4, que reformou a sentença de primeiro grau – que por sua tinha julgado improcedente a pretensão do autor da reclamação trabalhista.
Entenda o caso
O pedido feito se baseou no artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que dispõe que todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador e na mesma localidade, deverá ser remunerado com salário equivalente. De acordo com o reclamante, ele realizava funções idênticas às de dois professores da Unifra, mas com remuneração inferior.

A instituição negou o direito pretendido, explicando que a condição entre os paradigmas indicados não era similar à do reclamante, que é portador do título de mestre, enquanto os outros são doutores. Acrescentou que um dos indicados, inclusive, somente passou a receber salário maior do que o do autor após obter sua titulação no grau de doutorado, quando deixou de trabalhar como professor assistente, para exercer o cargo de professor.
Convencido pelas provas dos autos, o juiz da 2ª Vara do Trabalho de Santa Maria deu razão à empregadora e julgou improcedente o pedido do profissional de ensino.
Ao apreciarem o recurso ordinário do empregado, os desembargadores gaúchos entenderam, primeiramente, que era incumbência da reclamada fazer a comprovação do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial. Em seguida, após examinarem as provas dos autos, concluíram que a reclamada não se desincumbiu satisfatoriamente do seu ônus, o que acarretou na condenação ao pagamento das diferenças salariais decorrentes da equiparação aos dois outros professores.
Inconformada com a reforma da sentença, a Unifra recorreu ao TST.
O recurso foi analisado pela Primeira Turma do TST. O relator, ministro Walmir Oliveira da Costa, constatou a ocorrência de violação ao artigo 818 da CLT, no qual são estabelecidas as regras do dever de prova pelas partes. Para o ministro, a decisão Regional também contrariou os termos do item VIII, da Súmula nº 06, do TST.
Decisão no TST
De acordo com a decisão, é do empregado o ônus de provar o requisito da identidade de funções, por se tratar de fato constitutivo de seu direito, conforme prevê o artigo 818 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Os integrantes da Turma também entenderam que houve contrariedade aos termos da Súmula nº 6, VIII, deste Tribunal. É que o TRT Gaúcho deferiu a equiparação salarial entre profissionais que possuem titulação em graus diferentes, ou seja, dissentindo da regra do artigo 461, parágrafo 1º, da CLT, que “exige a presença dos pressupostos do trabalho de igual valor e idêntica perfeição técnica”.
O ministro Walmir salientou, ainda, ser incontroversa a existência das titulações acadêmicas diferenciadas entre o reclamante e os paradigmas por ele apontados, o que autoriza o enquadramento jurídico na diretriz da referida Súmula, no sentido de o reclamado ter cumprido o encargo de provar fato impeditivo do direito do autor da ação trabalhista.
A decisão que afastou a condenação se deu de forma unânime.

Fonte: TST

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Preço do material de construção registra leve queda em abril

As maiores reduções de preço médio no período foram registradas no bloco de concreto vazado

Pesquisa do Procon aponta, no entanto, que variação no custo de alguns produtos entre estabelecimentos supera os 100% O Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou uma pesquisa em 42 depósitos de materiais de construção de Belo Horizonte, e constatou que os preços dos produtos tiveram leve queda de 0,58%, em relação a fevereiro deste ano. O destaque do levantamento foram as variações de preço nos estabelecimentos pesquisados, que vão de 37,5% a 105,19%.
setor de material de construção
As maiores diferenças foram notadas nos blocos de concreto, que variaram de 100% a 105,19%, dependendo das especificações. Também mereceram destaque a telha de amianto, com variação de 66,67%, a brita gnaise (60%) e o tijolo maciço requeimado (57,14%).
As maiores reduções de preço médio no período foram registradas no bloco de concreto vazado, que caiu 1,64%, e na argamassa, com queda de 1,44%. Os aumentos mais significativos ficaram por conta do tijolo maciço requeimado milheiro (1,71%), a areia média solta (1,40%) e a pedra para fundação (1,12%).
A variação do preço médio dos materiais de construção apresentou maior alta na zona Norte da cidade (13,03%), seguido de Venda Nova (5,89%) e Leste (4,15%). As maiores baixas foram registradas na Pampulha (-10,11%), Noroeste (-8,03%), Barreiro (-2,14%), Nordeste (-0,22%), Oeste (-0,21%) e Centro-Sul (-0,05%).

Fonte: Estado de Minas

Sócio de empresa tem parte da aposentadoria penhorada

O reclamante havia pedido o bloqueio de 30% dos proventos de aposentadoria do sócio executado

Ao mesmo tempo em que o artigo 649, inciso IV, do CPC, determina a impenhorabilidade dos proventos de aposentadoria, seu parágrafo 2º estabelece que isso não se aplica no caso de penhora para pagamento de prestação alimentícia. Com base nessa ressalva, a 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) julgou parcialmente procedente o recurso de um reclamante e determinou a penhora em 15% dos proventos do sócio da empresa executada.
juiz
O reclamante havia pedido o bloqueio de 30% dos proventos de aposentadoria do sócio executado, o que foi indeferido pelo juízo de primeiro grau. Inconformado, interpôs agravo de petição justificando que a verba trabalhista se reveste de natureza alimentar. Segundo o trabalhador, a medida se impõe para o pagamento do seu crédito, em respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana.
Analisando o caso, o juiz convocado Márcio José Zebende, deu razão parcial ao funcionário. Isto porque, de fato, o crédito trabalhista possui cunho alimentar. E mais: segundo o julgador, a natureza dele é a mesma da “prestação alimentícia”. Por essa razão, ele entendeu aplicável ao caso o parágrafo 2º do artigo 649 do CPC. O dispositivo prevê que “o disposto no inciso IV do caput deste artigo não se aplica no caso de penhora para pagamento de prestação alimentícia”.
Na visão do relator, os ganhos de aposentadoria do sócio executado não podem ser protegidos se ele deve verba de igual natureza alimentar. A dívida em questão surgiu justamente porque o sócio não foi capaz de gerir o empreendimento para pagar a mão de obra utilizada.
Ao caso, o juiz convocado aplicou os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, fundamentando de que a interpretação da expressão “pagamento de prestação alimentícia” deve ser buscada no artigo 100, parágrafo 1º-A, da Constituição Federal. Ali se define expressamente que os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários e outras dívidas trabalhistas.
“É perfeitamente possível afastar parcialmente a impenhorabilidade para garantir a quitação da dívida trabalhista, uma vez que o preceito sob exame contém regra exceptiva para créditos de natureza alimentícia”, constou do voto. Nesse contexto, a Turma de julgadores reconheceu a possibilidade de a penhora recair sobre parte dos proventos de aposentadoria do sócio executado. No entanto, o deferimento do agravo de petição foi parcial, por entenderem os julgadores que o bloqueio deve se limitar a 15% do valor dos proventos, mensalmente, até a integral satisfação do débito trabalhista do processo. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-3.

Fonte: Consultor Jurídico

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Governo reinclui 14 setores na desoneração

A partir de 2014, medida do governo troca contribuição de 20% sobre a folha de pagamento por 1% ou 2% sobre receita bruta

O governo editou no início do mês de abril a Medida Provisória (MP) 612 que concederá, a partir de 2014, a desoneração a 14 setores, como os de transporte, comunicação, construção civil, obras de infraestrutura e instalação de máquinas e equipamentos.
desone
Segundo a medida, os contemplados fazem parte de um grupo de 20 setores que haviam sido incluídos pelo congresso na MP 582 e tinham sido vetados pelo governo, sob o argumento de que afetariam a receita.
No entanto, algumas empresas estão indo à Justiça contra a medida, pois acreditam que a troca da contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamento por uma alíquota de 1% ou 2% sobre a receita, determinada pela MP 612, fará com que elas paguem mais tributos.
Estão entre os afetados os que têm alto faturamento e poucos funcionários, que terceirizam parte de sua mão de obra e que fabricam produtos de alto valor unitário.
A reclamação das empresas ocorre porque a presidente Dilma Rousseff vetou o trecho da MP 582 que dava às empresas o direito de optar pela desoneração: os 27 setores ficam agora obrigados a mudar a forma de tributação. A obrigatoriedade também consta na MP 612.
Sergio Watanabe, presidente do Sinduscon-SP, defende que as empresas possam escolher o regime. “Há um precedente: as empresas podem escolher entre lucro real ou presumido, e isso não cria ônus adicional à fiscalização da Receita”, diz.
Segundo o sindicato, 92% das empresas do setor trabalham com a terceirização.
De acordo com a Fazenda, a nova desoneração implicará renúncia fiscal de R$ 5,4 bilhões por ano que se somarão aos R$ 16 bilhões dos setores já beneficiados.

Fonte: Folha de S. Paulo

Indústria projeta expansão da atividade nos próximos meses

O Brasil ainda está aprendendo como trazer lucro privado e fazer modelo com segurança jurídica, que leve o empresário a apostar

Apesar dos sinais de aquecimento na atividade, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que ainda não há uma retomada definitiva da produção industrial. Com base nos dados relativos a fevereiro, divulgados ontem, a entidade espera crescimento da atividade do setor para os próximos meses, a partir já de março.
industria
A queda de 1,9 ponto percentual na utilização da capacidade industrial, apontada pela pesquisa Indicadores Industriais de fevereiro, reverte o crescimento apurado em janeiro. ‘Agora, a curva voltou ao normal, que é de uma tendência contínua de leve crescimento’, disse o economista da CNI, Marcelo de Ávila.
‘Não é surpresa nenhuma crescer mais fortemente em março. Acho que a uso da capacidade instalada deve voltar a manter essa tendência de crescimento, mas não dar uma pancada como deu em janeiro’, disse. Outro único indicador da atividade industrial que teve queda no período foi o de faturamento real, que recuou 3,7% entre janeiro e fevereiro, no dado dessazonalizado. Por outro lado, o indicador de horas trabalhadas, que também é relacionado à produção, cresceu 0,4%. O dado também tem ajuste sazonal. ‘Essa oscilação e a alta volatilidade mostram que não há tendência definida de crescimento definido’, disse Ávila.
Já os indicadores relativos ao trabalho apresentaram crescimento de 0,3% para o emprego, 1,9% para a massa salarial real e 0,4% para o rendimento médio real. Os dados são dessazonalizados, e os dois últimos indicadores são corrigidos pela inflação. O crescimento do custo do fator trabalho em detrimento da queda no faturamento levou o economista da CNI a fazer um alerta: ‘A produtividade não está acompanhando crescimento do rendimento e da massa salarial, o que gera dificuldade da indústria para retomar investimento’.
Ávila afirmou, porém, que a solução pode passar por outros caminhos, que não levem à a redução do salário ou do emprego. ‘Existem outros custos que podem ser afetados’, disse. Segundo ele, as medidas adotadas pelo governo nos últimos tempos, como a desoneração da folha salarial, foram nesse sentido.
O gerente-executivo de pesquisas da CNI, Renato da Fonseca, defendeu a elevação do teto de faturamento anual para que uma empresa possa optar pelo regime tributário de lucro presumido. O limite passou de R$ 48 milhões para R$ 72 milhões, de acordo com a Medida Provisória 612, divulgada na semana passada. O aumento do teto ‘é significativo e vai reduzir custos, apesar de não contemplar toda a inflação do período’, disse.
A medida começa a valer a partir de 1º de janeiro de 2014 e deve reduzir custos tributários e com burocracia, disse Fonseca
O governo também incluiu na MP 612 um novo modelo de regulação de portos secos, com regras mais flexíveis. A decisão, segundo Fonseca, também é importante por tratar o ramo de infraestrutura como essencial. A medida também deve ter efeitos de redução de custos.
A dificuldade, para o gerente da CNI, é fazer todos esses incentivos decolarem. ‘O Brasil ainda está aprendendo como trazer lucro privado e fazer modelo com segurança jurídica, que leve o empresário a apostar’, disse.

Fonte: Valor

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Custo da construção aumenta em março e metro quadrado sobe para R$ 865

Sudeste foi a região que apresentou o maior valor médio do País: R$ 901,20

O custo nacional da construção, por metro quadrado, chegou a R$ 865,03 em março ante R$ 863,46 em fevereiro, sendo R$ 457,60 relativos aos materiais e R$ 407,43 à mão de obra, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (10).
Setor de máquinas e equipamentos tem leve reação

O Sinapi (Índice Nacional da Construção Civil), apresentou variação de 0,18% em março, e ficou 0,55 ponto percentual abaixo da taxa de Fevereiro (0,73%). Neste ano, a alta está em 1,10%, entre janeiro e março, contra 1,21% em igual período de 2012.
Os materiais apresentaramu variação de 0,22%, caindo 0,11 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,33%). A mão de obra, por sua vez, registrou variação de 0,14%, caindo 1,04 ponto percentual em relação a fevereiro (1,18%). Nos três primeiros meses do ano, os acumulados são de 0,84% (materiais) e 1,39% (mão de obra).
Os custos regionais por metro quadrado foram de R$ 901,20 (Sudeste); R$ 881,27 (Norte); R$ 878,63 (Sul); R$ 867,67 (Centro-Oeste); e R$ 810,51 (Nordeste). A maior variação em março ocorreu na região Sul (0,68%).
Por causa da pressão exercida pelo reajuste salarial decorrente de acordo coletivo, Piauí e Rondônia tiveram as maiores taxas mensais: 3,82% e 3,46%, respectivamente. O estudo é realizado mensalmente em parceria do IBGE com a Caixa.

Fonte: R7

Sped é ferramenta para aperfeiçoamento do fisco

Implementação da tecnologia permite planejamento das autuações

Nada mais foge ao controle do fisco. O desempenho da Receita Federal deu um salto quântico em qualidade e eficiência após o advento do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), programa que reúne diversos módulos, como a Nota Fiscal Eletrônica, Escrituração Fiscal Digital (EFD), Escrituração Contábil Digital (ECD), entre outros. “Não podíamos mais continuar atuando do mesmo jeito que trabalhávamos até 2009”, diz o auditor-fiscal e coordenador-geral de fiscalização da Receita Federal do Brasil (RFB), Iágaro Jung Martins, durante apresentação ontem no Fórum Sped, realizado no Hotel De Ville, em Porto Alegre.

sped-thumb
O evento, organizado pela Decision IT, contou com a presença de mais de 300 profissionais da área administrativa, da informática, fiscal, contábil, além de empresários. Para o sócio-fundador e diretor de serviços da empresa, Mauro Negruni, o encontro buscou valorizar e pluralizar a discussão das ideias e conceitos sobre os impactos do Sped, buscando ajudar os profissionais a desenvolver suas aptidões e capacidades.
Ao justificar os avanços da tecnologia na administração tributária e no formato do novo planejamento da fiscalização, Martins diz que “o Sped não é apenas um programa, é um estilo de vida”. Segundo ele, a Receita está preocupada em melhorar e simplificar as obrigações fiscais e, para isso, vem buscando o aperfeiçoamento do sistema digital. “Não é nossa prioridade fazer autuações”, comenta. Com a ajuda da tecnologia, o órgão consegue focar e planejar melhor as autuações. “Não atuamos mais geograficamente, e, sim, de forma especializada”, garante. No caso das pequenas e médias empresas, a RFB se utiliza do cruzamento de dados. O fisco promete implantar uma malha fina para a pessoa jurídica semelhante ao que ocorre no Imposto de Renda para Pessoa Física. “Queremos sair de uma média de 3,5 mil pequenas e médias empresas que são fiscalizadas no Brasil para 35 mil, através desse modelo”, adiantou.
Para a Receita, o Sped é também um programa que ajuda os contribuintes a não cometerem erros, graças ao seu modelo detalhado de apuração do tributo. O órgão registrou o lançamento em 2012 de cerca de R$ 5 bilhões através das auditorias que verificaram erros na transmissão de dados ao Sped. Para o administrador de empresas e coordenador do MBA em Contabilidade e Direito Tributário do Instituto Brasileiro de Pós-Graduação (IPOG), Edgar Madruga, que abordou os aspectos da EFD-Fiscal, ainda existem inúmeros problemas de preenchimento nas guias digitais, em especial no controle de estoque, por não haver, por exemplo, uma uniformidade e padronização nas siglas para as unidades de medidas. “Como fica a critério de cada um, causa um descontrole e pode gerar um problema grave para as empresas”, alertou.
Ainda sem data prevista pelo fisco, a EFD Social vai ser implementada e promete trazer melhorias e maior controle na área trabalhista. O empresário contábil e professor Fernando Sampaio adiantou que o programa prevê, entre outras mudanças, a extinção da numeração do PIS dos trabalhadores, ficando apenas o número do CPF para retirar e pesquisar o valor do benefício.

Fonte: Jornal do Comércio

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Cabe ao empregado comprovar a identidade de funções no pedido de equiparação salarial

O pedido feito se baseou no artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT.

A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) absolveu o Centro Universitário Franciscano (Unifra) de pagar equiparação salarial a um professor que não demonstrou a identidade de funções entre ele e dois colegas, cujas remunerações eram superiores à sua. Segundo o relator do caso no TST, ministro Walmir de Oliveira da Costa (foto), a condenação imposta pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) foi equivocada, uma vez que é do empregado a obrigação de provar a existência de igualdade no desempenho das funções exercidas por se tratar de fato constitutivo de seu direito.
equiparacao
O professor assistente da Unifra havia obtido êxito ao recorrer ao TRT-4, que reformou a sentença de primeiro grau – que por sua tinha julgado improcedente a pretensão do autor da reclamação trabalhista.
Entenda o caso
O pedido feito se baseou no artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que dispõe que todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador e na mesma localidade, deverá ser remunerado com salário equivalente. De acordo com o reclamante, ele realizava funções idênticas às de dois professores da Unifra, mas com remuneração inferior.

A instituição negou o direito pretendido, explicando que a condição entre os paradigmas indicados não era similar à do reclamante, que é portador do título de mestre, enquanto os outros são doutores. Acrescentou que um dos indicados, inclusive, somente passou a receber salário maior do que o do autor após obter sua titulação no grau de doutorado, quando deixou de trabalhar como professor assistente, para exercer o cargo de professor.
Convencido pelas provas dos autos, o juiz da 2ª Vara do Trabalho de Santa Maria deu razão à empregadora e julgou improcedente o pedido do profissional de ensino.
Ao apreciarem o recurso ordinário do empregado, os desembargadores gaúchos entenderam, primeiramente, que era incumbência da reclamada fazer a comprovação do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial. Em seguida, após examinarem as provas dos autos, concluíram que a reclamada não se desincumbiu satisfatoriamente do seu ônus, o que acarretou na condenação ao pagamento das diferenças salariais decorrentes da equiparação aos dois outros professores.
Inconformada com a reforma da sentença, a Unifra recorreu ao TST.
O recurso foi analisado pela Primeira Turma do TST. O relator, ministro Walmir Oliveira da Costa, constatou a ocorrência de violação ao artigo 818 da CLT, no qual são estabelecidas as regras do dever de prova pelas partes. Para o ministro, a decisão Regional também contrariou os termos do item VIII, da Súmula nº 06, do TST.
Decisão no TST
De acordo com a decisão, é do empregado o ônus de provar o requisito da identidade de funções, por se tratar de fato constitutivo de seu direito, conforme prevê o artigo 818 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Os integrantes da Turma também entenderam que houve contrariedade aos termos da Súmula nº 6, VIII, deste Tribunal. É que o TRT Gaúcho deferiu a equiparação salarial entre profissionais que possuem titulação em graus diferentes, ou seja, dissentindo da regra do artigo 461, parágrafo 1º, da CLT, que “exige a presença dos pressupostos do trabalho de igual valor e idêntica perfeição técnica”.
O ministro Walmir salientou, ainda, ser incontroversa a existência das titulações acadêmicas diferenciadas entre o reclamante e os paradigmas por ele apontados, o que autoriza o enquadramento jurídico na diretriz da referida Súmula, no sentido de o reclamado ter cumprido o encargo de provar fato impeditivo do direito do autor da ação trabalhista.
A decisão que afastou a condenação se deu de forma unânime.

Fonte: TST

Garantia provisória de empregado acidentado não é atingida pela extinção da empresa

A extinção do estabelecimento não afeta esse direito, já que não exclui a norma protetiva em questão.
O empregado que sofre acidente do trabalho tem direito à garantia provisória de emprego por 12 meses após o término do recebimento de auxílio-doença, conforme regulado pelo artigo 118 da Lei 8.213/91. Assim, para que tenha assegurado esse direito, é suficiente que o empregado tenha se afastado do trabalho por prazo superior a 15 dias e tenha recebido auxílio doença acidentário. A extinção do estabelecimento não afeta esse direito, já que não exclui a norma protetiva em questão.
acidentado
Esse foi o entendimento adotado pelo Juiz Anselmo José Alves, na titularidade da 1ª Vara do Trabalho de Barbacena, ao condenar as empresas demandadas a pagarem indenização decorrente da estabilidade acidentária correspondente aos salários do período compreendido entre 13/07/2011 a 13/07/2012.
No caso, o empregado sofreu típico acidente de trabalho em 08/01/2009, tendo permanecido em gozo de auxílio doença acidentário pelo período de 24/01/2009 a 12/07/2011. Assim, ele faria jus à garantia provisória de emprego pelo período de 13/07/2011 a 13/07/2012.
Diante desses fatos, o magistrado destacou que a estabilidade provisória visa a garantir o emprego do trabalhador que sofreu acidente do trabalho, já que o gozo de licença para tratamento de saúde pode levar o empregador a demiti-lo. “Nesse contexto, o fato de a primeira ré encontrar-se em local incerto e não sabido (conforme, aliás, é de conhecimento público e notório deste Juízo, tendo em vista dezenas de outros processos em que é ré referida empresa) não tem o condão de afastar a garantia provisória do emprego, tampouco justifica a tese da segunda ré de abandono do serviço” , assinalou o julgador, concluindo que o empregado tem direito à indenização correspondente ao período de estabilidade.

Fonte: TRT-MG

Decisão de compra ou aluguel de equipamentos depende da estratégia de cada construtora

Prazo da obra, custos, risco de ociosidade e valor de revenda são fatores avaliados para a decisão final

A escolha de comprar ou alugar máquinas e equipamentos para as obras depende da estratégia de cada construtora entre investir em ativos e montar uma estrutura para a gestão dos mesmos entre as obras ou de alugar e administrar cada empreendimento isoladamente.
decisao
Segundo Paulo Oscar Auler Neto, vice-presidente da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração e superintendente de aquisição de equipamentos da construtora Norberto Odebrecht, no caso de prédios isolados, a compra somente será viável se a aplicação for superior a oito meses ou um ano, do contrário a locação tende a ser mais atrativa.
Paulo Oscar orienta que, cada empreendimento deve ser analisado na busca da melhor solução. “Para obras de edificações com prazo de execução entre 12 e 18 meses, a locação de gruas, torres e elevadores pode ser a melhor alternativa”, diz.
Já os equipamentos de menor porte, como andaimes, furadeiras, lixadeiras, betoneiras elétricas, guinchos e bombas d’água, Paulo Oscar afirma que eles devem ser adquiridos.
Ele orienta ainda que, em complexos maiores, como condomínios de edifícios ou mesmo de casas, a produção de concreto via aquisição de uma central de concreto pode ser a alternativa mais econômica do que contratar empresas concreteiras.
No entanto, a escolha final, explica Paulo Oscar, passa sempre pelos custos orçados e praticados no mercado, considerando a praticidade da locação e o menor preço do equipamento próprio, em frente ao risco da ociosidade e a incerteza do valor de revenda ao final da obra.

Fonte: Portal AECweb

terça-feira, 23 de abril de 2013

Participe da segunda edição do Prêmio SECONCI-SP

Uma iniciativa pioneira em São Paulo, o Prêmio SECONCI-SP de Saúde e Segurança do Trabalho 2ª edição está com inscrições abertas. Ele é dirigido às empresas da Construção Civil, de forma geral, visando às obras de edificações (residenciais, comerciais, industriais, esportivas, portuárias e aeroportuárias) e às obras de arte (pontes e viadutos).

O Prêmio tem como objetivo dar visibilidade às melhores práticas em Saúde e Segurança do Trabalho em canteiros de obras de construtoras, instaladoras, subcontratadas e subempreiteiras, localizados no Estado de São Paulo.
seconci 

As obras podem ser inscritas em quatro categorias: Campanhas Motivacionais em Saúde e Segurança do Trabalho, Inovação em Segurança do Trabalho, Controle de Perigos e Riscos e Prevenção e Orientação em Saúde Ocupacional.
Benefícios às empresas vencedoras
• Receber o reconhecimento do mercado por suas melhores práticas em Saúde e Segurança do Trabalho;
• Destacar os talentos, executivos e profissionais responsáveis pelo êxito das obras;
• Utilizar o selo “Empresa Vencedora no Prêmio SECONCI-SP de Saúde e Segurança do Trabalho” em papelaria corporativa, anúncios e publicações;
• Cota de 5 (cinco) convites por Obra vencedora, para o evento de premiação;
• Divulgar a sinopse das Obras no site www.premiosenconci-sp.com.br;
• Divulgar a boa prática da Obra vencedora no evento de premiação;
• Receber o respectivo certificado e o troféu pela classificação Ouro, Prata ou Bronze;
• Divulgação da Obra pela assessoria de imprensa do SECONCI-SP;
• Utilizar a conquista do Prêmio SECONCI-SP de Saúde e Segurança do Trabalho como uma ferramenta de endomarketing de grande impacto.

Entre os principais diferenciais do Prêmio SECONCI-SP estão:
• Único prêmio que tem como objetivo exclusivo o de reconhecer e valorizar empresas e profissionais da Construção Civil, que atuam em Saúde e Segurança do Trabalho.
• Único prêmio com avaliação técnica e julgamento realizado pelos maiores especialistas do setor.

Para patrocinar o Prêmio SECONCI-SP de Saúde e Segurança do Trabalho – 2ª edição entre em contato com a Comissão Organizadora, pelo telefone (11) 3801-2843 ou envie um e-mail parapremio@premioseconci-sp.com.br.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Fisco diz que suspensão de Cofins abrange frete

O benefício da suspensão do PIS e da Cofins foi instituído pela Lei nº 10.865, de 2004.

A empresa que exporta a maior parte da sua produção e tiver autorização do Fisco para pagar com suspensão o PIS e a Cofins incidentes na compra de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem também pode usufruir do benefício fiscal em relação ao frete, por ela contratado, para o transporte dessas mercadorias.
ferte
Assim determina a Receita Federal por meio da Solução de Consulta nº 31, de 2013, da 7ª Região Fiscal (Rio de Janeiro e Espírito Santo), publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira. As soluções são respostas a dúvidas de um contribuinte específico, mas orientam os demais sobre o entendimento do Fisco para evitar autuações.
O benefício da suspensão do PIS e da Cofins foi instituído pela Lei nº 10.865, de 2004, e regulamentado pela Instrução Normativa da Receita nº 595, de 2005. Por meio dele, a empresa adia o recolhimento das contribuições para pagar apenas no momento em que vender o produto que fabrica.
Com informações da Lex Legis Consultoria Tributária

Fonte: Valor

Desperdício de materiais e falta de qualificação encarecem obra em 30%

Segundo especialista do setor, este valor poderia ser bem menos caso o país contasse com maior qualificação de mão de obra.

Segundo o Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) o custo atual do metro quadrado construído no Brasil é de R$ 863,46, sendo que 52,8% deste valor é gasto com materiais. Segundo especialista do setor, este valor poderia ser bem menos caso o país contasse com maior qualificação de mão de obra
material de construção
A falta de um trabalhador capacitado afeta diretamente o custo de obras, acarretando problemas como atrasos na entrega, gasto excessivo com materiais e muitas vezes o retrabalho por conta de projetos mal executados. Esta é uma realidade vivenciada pelo construtor doméstico e também por grandes empresários do ramo. Segundo a vice-presidente do Instituto da Construção, Rebeca Pinto, o Brasil enfrenta um problema cultural, já que historicamente as pessoas não priorizam a qualificação nestes setores. “Na maioria das situações o aprendizado ocorre na própria obra, o que multiplica condutas equivocadas e vícios comportamentais,”explica. Para ela, a carência de métodos e o conhecimento sobre matéria prima deveriam ser básicos para qualquer profissional que busque melhor performance e o desenvolvimento de um trabalho com qualidade.
Apesar de identificar o problema no canteiro de obra, muitas empresas contratam profissionais mesmo sabendo que não possuem qualificação necessária, pois existe uma grande carência de profissionais. “Temos parcerias com empresários que estão investindo na capacitação de sua força de trabalho e com isso economizando até 30% no custo final da obra.”
Para a especialista, além de tornar a obra mais eficiente e com maior qualidade, a qualificação profissional ajuda a minimizar o acúmulo de entulho, pois o desperdício de material é muito baixo. ‘Geralmente o desperdício e outros gastos acontecem pelos maus hábitos da própria mão de obra. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, a cada três casas construídas, o volume de entulho produzido seria o suficiente para construir mais um imóvel.’
Formação de profissionais é escassa no mercado
Recente pesquisa divulgada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) aponta que somente 17,8% dos trabalhadores ocupados na construção civil frequentaram cursos de educação profissional. De 16 setores analisados na pesquisa, os com menor proporção de pessoas formadas são de agronegócio (7%), outros (13,54%) e construção civil (17,8%).
David explica que a solução para este problema são os cursos profissionalizantes que fazem com que os trabalhadores cheguem ao mercado aptos a executar seus trabalhos, conscientes e livre de vícios. ‘A contratação desses profissionais é imprescindível para que não haja desperdício de materiais, falhas na construção, retrabalho e atrasos na entrega das obras’.
Com mensalidades que variam de R$ 99 a R$ 250, o Instituto da Construção atinge principalmente os trabalhadores das classes C, D e E, oferecendo cursos com grades modulares e flexíveis, com alternativas no período da noite e aos sábados. Ao finalizar cada curso, o aluno recebe um certificado. Entre os cursos oferecidos estão o de Instalador de Alvenaria Azulejista e Revestidor, Gesso Acartonado, Eletricista Instalador, Pintor de Obras, Decoração Residencial, Pereirão, Paisagismo, Mestre de Obras, Jardinagem e Instalador Hidráulico. Todos eles possuem como conteúdo comum as matérias Primeiros Socorros, Meio Ambiente, Segurança no Trabalho (Normas NR8 e NR10) e Organização Financeira. A rede pretende ainda lançar mais 30 cursos em 2013.

Fonte: Assessoria

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Fabricantes de máquinas pedem desoneração para compensar perdas em MG

A produção mineira pode estar sofrendo mais que a média da indústria.

Sem os efeitos esperados das medidas recentes do governo federal para reanimar a produção industrial no país, a Associação Brasileira da indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) fez campanha ontem em Minas Gerais pela desoneração do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) na cadeia produtiva do setor. O principal apelo do movimento, já lançado em São Paulo e no Rio Grande do Sul, ao governo e ao Legislativo mineiro está na queda da participação das fábricas do estado no bolo nacional da atividade. Terceira maior economia do Brasil, Minas detém 5,8% do parque de máquinas e equipamentos, de acordo com o levantamento mais recente de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ante 6,6% em 2008, ano em que estourou a crise financeira mundial.
receita de locação de máquinas
A produção mineira pode estar sofrendo mais que a média da indústria pelo fato de atender encomendas muito concentradas em segmentos de clientes com grande peso na produção de bens no estado, como a siderurgia e a mineração. Essa concentração se dá sobre setores que têm enfrentado redução de investimentos, em consequência da crise financeira na Europa e Estados Unidos, destacou o diretor-secretário da Abimaq, Carlos Pastoriza. O pedido feito no encontro com cinco secretários de Estado, incluindo Dorothea Werneck, do Desenvolvimento Econômico, é de que o ICMS continue a ser destacado na nota de venda de máquinas e equipamentos, mas com o crédito imediato do tributo para o cliente.
Trata-se do mesmo benefício concedido na tributação do PIS/Cofins. A alíquota média do ICMS é de 8,8% para compra de máquinas no território mineiro. “As medidas do governo federal ajudaram, mas são paliativas e pontuais. Elas não resolvem, com juros e carga tributária alta, infraestrutura deficiente e câmbio sobrevalorizado”, afirma Pastoriza. A Abimaq propõe ainda uma política de estímulo à indústria local, que leve o eventual investidor estrangeiro no setor no estado ao compromisso de criar demanda para as fábricas instaladas em Minas.
ArcelorMittal
Na contramão dos dados recentes do IBGE mostrando queda da produção da indústria em fevereiro – de 2,5% na média nacional e 11,1% em Minas –, a demanda de aço da indústria automotiva e da construção civil mantém acima de 90% o ritmo de produção das usinas da ArcelorMittal Aços Longos, informou ontem o presidente da companhia para a América do Sul, Augusto Espeschit de Almeida. O resultado ainda preliminar do primeiro trimestre indica recuperação dos pedidos dos fabricantes de ônibus, caminhões leves e pesados, de implementos agrícolas e aquecimento da construção civil.
Com projeção de crescimento do consumo de aços longos entre 5% a 7% no país neste ano, a empresa decidiu pela cautela nos investimentos até que, segundo Augusto Espeschit, o cenário econômico fique mais claro no Brasil e no exterior. Aporte de R$ 500 milhões será feito para manutenção das atividades em 2013. O projeto de duplicação da usina de João Monlevade, na Região Central de Minas, orçado em US$ 1,2 bilhão, continua suspenso.

Fonte: Estado de Minas

SP terá investimentos de R$ 193 bi do PAC 2

Miriam Belchior anuncia investimento superior a R$ 190bi do PAC para o Estado de São Paulo

O governo federal prevê o investimento de R$ 193 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 para o Estado de São Paulo neste ano. O recurso deverá ser aplicado em obras de transporte, energia, saneamento e habitação, entre outros. A notícia foi dada pela ministra de Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, nesta quarta-feira (3), durante o 57° Congresso Estadual de Municípios, em Santos.
pac
O Porto de Santos, por exemplo, conta com 12 obras do PAC em andamento, principalmente obras de acesso para reduzir o acúmulo de caminhões na entrada do porto e suas interferências no trânsito. Estão sendo investidos R$ 3 bilhões.
A ministra também falou sobre a economia do País. Estima-se um crescimento da economia brasileira entre 3% e 4%, e aumento no nível de investimentos entre 6% e 7% e desaceleração da inflação. “No ano passado tivemos um choque no preço dos alimentos por causa dos preços internacionais dos alimentos e problemas climáticos que afetou a safra de trigo na Argentina. Se tirar essa parte que é conjuntural, a nossa inflação que está 6,3% seria 4,7%”.
Para ela, o Brasil vive “um momento especial” com taxa de desemprego por volta de 5%, mas ainda vê desafios como melhorar a qualidade dos postos de trabalho. Ações federais como a desoneração dos produtos da cesta básica e redução das tarifas de energia ajudarão a atingir as projeções. “Queremos manter demanda interna firme e acelerar o desenvolvimento”.

Fonte: DCI

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Abimaq fará proposta para reduzir custos industriais

Adoção de providências que aumentem o preço dos importados em pelo menos 25% e focalizar a redução do preço do produto nacional também em 25%.

A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) pretende levar em breve ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, uma proposta cujo objetivo é reduzir custos e melhorar a competitividade do setor industrial do Brasil. Uma das sugestões é a adoção de providências que aumentem o preço dos importados em pelo menos 25% e uma outra focaliza a redução do preço do produto nacional também em 25%. ‘Pretendemos levar nossa sugestão até a presidente Dilma Rousseff’, afirmou à reportagem o diretor de Competitividade da Abimaq, Mario Bernardini.
abimaq
Para aumentar o preço das importações, a Abimaq defende a elevação de tarifas que podem ser conjugadas com depreciação do câmbio. No entanto, a entidade acredita que a proteção via tributos, como é aplicada normalmente para produtos específicos, pode causar distorções nos preços dentro das cadeias produtivas. ‘Por outro lado, o câmbio é um elemento mais eficiente, pois atua de uma forma mais horizontal para toda a economia’, destacou Bernardini. Para a entidade, a redução das despesas dos produtos nacionais pode ocorrer por alguns mecanismos, como juros da economia mais baixos e redução de impostos.
Economistas heterodoxos que participaram de evento na Abimaq concordam em geral com os pontos abordados pela entidade, especialmente à necessidade de o câmbio ser desvalorizado. Contudo, há divergência sobre a velocidade dessa depreciação. Para o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, esse é um movimento que deveria ser feito de forma gradual para evitar efeitos colaterais na economia, como volatilidade no câmbio e eventual repasse de preços e alta da inflação. Porém, ele não defendeu um patamar específico para o câmbio.
Por outro lado, o ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser-Pereira afirmou que seria essencial para a indústria nacional que o câmbio atingisse um patamar, no médio prazo, entre R$ 2,80 e R$ 2,90. ‘Ter uma cotação específica é importante pois se torna um referencial para toda a economia e também direciona o governo nessa trajetória’, ressaltou.

Fonte: Agência Estado

Crise dos países ricos vira oportunidade de expansão para empresas dos Brics

Capitaneadas pela China, grupos do principal bloco dos emergentes investiram, em dois anos, mais de US$ 100 bi nos países desenvolvidos

A crise nos países ricos tornou-se uma grande oportunidade para as empresas dos Brics. Apenas entre 2010 e 2012, companhias do Brasil, Rússia, Índia e China investiram mais de US$ 100 bilhões na compra de grupos da Europa, dos Estados Unidos e até do Japão, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Brics
Os números da ONU revelam que, ainda que o discurso do bloco de países emergentes seja o de investir no continente africano e promover a cooperação sul-sul, é para a Europa que vai a maior parte dos investimentos de suas empresas.
No total, os estoques de investimentos dos Brics – bloco que também inclui a África do Sul – pelo mundo atingiram em 2012 a marca recorde de US$ 1,1 trilhão. Se no ano 2000 os países do bloco investiam anualmente US$ 7 bilhões, em 2012 esse volume chegou a US$ 120 bilhões. Em dez anos, os Brics passaram de representar 1% do fluxo de investimentos para mais de 9% no mundo.
Do total de estoques de investimentos, porém, apenas US$ 29 bilhões foram investidos nos próprios países do bloco emergente. O mercado americano conta com um volume maior de investimentos dos Brics – cerca de US$ 31 bilhões – que os próprios sócios do grupo. Já na Europa os investimentos chegam a US$ 385 bilhões, 34% do total. No geral, os países ricos contam com estoques de investimentos dos Brics de US$ 470 bilhões.
Mas o que mais chama a atenção dos especialistas da ONU é o padrão da entrada dessas empresas nos países ricos. Entre 2010 e 2012, enquanto as economias desenvolvidas viveram estagnações e recessões, o fluxo de investimentos dos Brics a suas economias chegou a US$ 105 bilhões em aquisições.
A China liderou o movimento, com 54% do total. Especialistas apontam que Pequim considera a Europa ‘mais aberta’ que os EUA para investir. Segundo um informe da Câmara de Comércio da UE na China, estatais chinesas estariam até mesmo planejando ampliar essa participação nos próximos anos e aproveitar justamente as privatizações que ocorrerão no Velho Continente por conta da redução dos gastos públicos que governos terão de implementar. Em 2012, a China investiu 3,3 bilhões na empresa de energia em Portugal, que estava sendo privatizada.
Hoje, o país que mais atrai empresas chinesas é a Alemanha, seguida pela França, Itália e Holanda. No Reino Unido, os chineses já compraram a fábrica dos tradicionais táxis de Londres, a Manganese Bronze. O fundo soberano China Investment Corporation (CIC) é o terceiro maior acionista da Songbird Estates, império que controla o Canary Wharf Group. Bancos chineses já compraram 28 mil m² de escritórios em Londres desde o início da crise financeira.
Nos últimos anos, uma das maiores aquisições da China chegou a US$ 2,2 bilhões e envolveu a Elkem, uma empresa da Noruega que faz componentes para painéis solares. A chinesa Goldwind ainda comprou a alemã Vensys, produtora de turbinas. Em 2010, o conglomerado chinês Fosun comprou 9,3% das ações do Club Med, cadeia francesa de hotéis. No mesmo ano, os chineses compraram a rede de varejo grega Folli Follie.
As novas multinacionais indianas também optaram pela aquisição de empresas europeias como parte de sua expansão pelo mundo. Grupos como Wipro, Tata Consultancy Services, Infosys e HCL Technologies são apenas alguns do setor de tecnologia que já partem para a ofensiva no Velho Continente e seu mercado de 155 bilhões.
Na Alemanha, a Indiana Geometric comprou a 3Cap Technologies, enquanto a Cognizant Technology Solutions levou de uma só vez seis empresas alemãs do setor da tecnologia. Em 12 anos, empresas indianas promoveram aquisições no exterior no total de US$ 116 bilhões. Mas foi nos últimos cinco anos que essa tendência ganhou força, depois que a Tata Steel comprou a Corus Group por US$ 7,6 bilhões e depois adquiriu a Jaguar/Land Rover por US$ 2,3 bilhões.
Leste Europeu. Outro peso pesado entre os investidores dos Brics na Europa é a Rússia. Entre 1991 e 2008, os investimentos de Moscou no Leste Europeu somaram apenas US$ 2,4 bilhões. Mas, desde então, esse volume já ultrapassou US$ 3 bilhões. ‘Empresas na Rússia descobriram que são rentáveis e que o mercado russo já não é suficiente’, disse Kalman Kalotay, pesquisador da Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento.
Em Moscou, parte da estratégia de negócios passa diretamente pelos interesses políticos do Kremlin. O maior banco estatal russo, o Sberbank, comprou a divisão do Leste Europeu de um banco austríaco, enquanto outro banco comprou a maior estatal de cigarros da Bulgária.
Na Grécia, quebrada e em recessão há seis anos, investidores russos estão comprando hotéis, como em Zepko, por 200 milhões. Mas é a Gazprom que lidera a ação dos russos pela Europa. A empresa garante 25% do gás que o Velho Continente consome. Em países como Eslováquia e Bulgária, 90% do gás é fornecido pelos russos.

Fonte: Estadão

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Governo reinclui 14 setores na desoneração, a partir de 2014

Medida troca contribuição de 20% sobre a folha de pagamento por 1% ou 2% sobre receita bruta

O governo editou ontem a MP 612, que concederá a partir de 2014 a desoneração a 14 setores, como os de transporte, comunicação, construção civil, obras de infraestrutura e instalação de máquinas e equipamentos.
desone
Os contemplados fazem parte de um grupo de 20 setores que haviam sido incluídos pelo Congresso na MP 582 e haviam sido vetados pelo governo, sob o argumento de que afetariam a receita.
Algumas empresas, porém, estão indo à Justiça contra a medida. Isso porque a troca da contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamento por uma alíquota de 1% ou 2% sobre a receita, determinada pela MP 612, vai fazer com que elas paguem mais tributos.
Estão entre os afetados os que têm alto faturamento e poucos funcionários, que terceirizam parte de sua mão de obra e que fabricam produtos de alto valor unitário.
A reclamação ocorre porque a presidente Dilma Rousseff vetou na quarta o trecho da MP 582 que dava às empresas o direito de optar pela desoneração: os 27 setores ficam agora obrigados a mudar a forma de tributação.
A obrigatoriedade também consta na MP 612.

INSATISFAÇÃO
José Maurício Carvalho Abreu, sócio da área tributária do escritório Miguel Neto Advogados, diz que duas empresas de construção civil, uma de call center e outra da indústria, todas de grande porte, estudam ir à Justiça.
Segundo o advogado, elas vão pagar entre 10% e 20% a mais pela nova tributação.
“É significativo a ponto de querer entrar com a ação”, diz. “Temos uma indústria moveleira que fez as contas e vai pagar 18% a mais. É o equivalente a 26% da folha de pagamento atual deles.”
Sergio Watanabe, presidente do Sinduscon-SP, defende que as empresas possam escolher o regime.

“Há um precedente: as empresas podem escolher entre lucro real ou presumido, e isso não cria ônus adicional à fiscalização da Receita.”
Segundo o sindicato, 92% das empresas do setor trabalham com a terceirização.
Cassio Zocolotti, diretor de consultoria tributária do grupo FBM, afirma que um cliente do setor de tintas, com faturamento anual de R$ 200 milhões, foi prejudicado.Ele diz que, com 1% sobre a receita, a empresa vai pagar 20% a mais do que pagava com a contribuição sobre a folha.
Segundo a Fazenda, a nova desoneração implicará renúncia fiscal de R$ 5,4 bilhões por ano -que se somarão aos R$ 16 bilhões dos setores já beneficiados.

Fonte: Folha de S.Paulo

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Aviso prévio proporcional deve ser contado a partir do primeiro ano de serviço completo

Eles continuam tendo direito a 30 dias de aviso prévio.

Com a nova regra de concessão do aviso prévio, prevista na Lei 12.506/11, nada mudou em relação aos empregados que contam com até um ano de trabalho na mesma empresa. Eles continuam tendo direito a 30 dias de aviso prévio. Já os trabalhadores com tempo de serviço superior a um ano passaram a fazer jus a um acréscimo de três dias para cada ano de trabalho, até o máximo de 60 dias, perfazendo um total de 90 dias.
aviso-previo
Considerando que uma reclamante havia trabalhado por quatro anos para uma grande rede de lojas de departamentos, isto contando a projeção legal do aviso indenizado, o juiz de 1º Grau concedeu a ela 12 dias de aviso prévio proporcional. Contra essa decisão recorreu a ré, sustentando que o magistrado não interpretou a nova lei da forma correta. Isto porque, segundo alegou a empresa, a reclamante só teria adquirido o direito aos três dias de acréscimo quando completou o segundo ano de contrato de trabalho. Portanto, apenas seis dias lhe seriam devidos.
No entanto, ao analisar o recurso, a Turma Recursal de Juiz de Fora não acatou esses argumentos. Atuando como relator, o juiz convocado Luiz Antônio de Paula Iennaco explicou que o acréscimo de três dias no aviso prévio proporcional deve ser contado a partir de completado o primeiro ano de serviço do empregado na empresa. Ele esclareceu que esse mesmo entendimento já foi adotado pela Turma de julgadores em outras oportunidades. Nessa linha de raciocínio, rejeitou a tese patronal de que a contagem deveria ser feita a partir de completado o segundo ano de tempo de serviço.
De qualquer modo, a Turma de julgadores acabou dando provimento parcial ao recurso para reduzir para três dias a complementação do aviso prévio. É que, tendo a reclamante trabalhado de 19.03.08 a 06.02.12, não completou o quarto ano de serviço para a empresa. Assim, não teria direito aos 42 dias de aviso prévio reconhecidos no total, mas a apenas 39 dias.

Fonte: TRT-MG

Trabalhador receberá em dobro por atraso no pagamento das férias

A decisão é da Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que deu provimento a seu recurso de revista e condenou a empresa ao pagamento dobrado.

Um empregado da Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Norte S/A (DATANORTE) que tirou férias no período certo, mas só recebeu o pagamento após o gozo do direito, receberá em dobro o que lhe era devido. A decisão é da Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que deu provimento a seu recurso de revista e condenou a empresa ao pagamento dobrado.
ferias1
Nos termos do artigo 134 da CLT, as férias devem ser concedidas nos 12 meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito e, no caso de descumprimento desse prazo, será devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional. O artigo 145 determina que o pagamento das férias deverá ser feito até dois dias antes do início do período. A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, contida na Orientação Jurisprudencial n° 386 da Subseção Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1), determina que, ainda que as férias sejam usufruídas dentro do prazo, o atraso no pagamento implica a remuneração em dobro. Estes foram os fundamentos adotados pela Sexta Turma ao acolher o pedido do empregado da DATANORTE.
Inconformado com o atraso no pagamento da remuneração de férias, ele pleiteou em juízo seu pagamento em dobro. A empresa se defendeu alegando que o empregado teria saído de férias no período correto e recebido o terço constitucional antes da fruição do direito, e apenas o restante após seu término.
O juízo de primeiro grau deu razão à empresa e julgou improcedente o pedido, o que o levou a interpor recurso ordinário no Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (RN), reforçando as alegações da inicial. Mas os desembargadores concluíram que a atitude da empresa foi legal, já que observou o prazo para a concessão das férias. “Não houve pagamento do direito do autor em data posterior ao estabelecido na lei, haja vista que o terço constitucional era pago antes da fruição das férias”, concluíram.
Ao analisar o recurso de revista do empregado para o TST, o relator, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, concluiu que a decisão regional contrariou o disposto na OJ n° 386. Ele explicou que dois requisitos devem ser observados pelo empregador quando da concessão de férias: o pagamento antecipado da remuneração e o afastamento do empregado das atividades. Caso não seja observado o prazo previsto na CLT, “as férias deverão ser pagas em dobro, pois desvirtuada a finalidade do instituto, que requer que se propicie ao empregado o desenvolvimento de atividades voltadas ao seu equilíbrio físico, emocional e mental, os quais dependem de disponibilidade econômica”, concluiu.
A decisão foi unânime.

Fonte: TST

Máquinas: alta de 29,6% nas vendas do trimestre

Foram entregues 18,9 mil delas nos primeiros três meses; 7,3 mil em março

As vendas de máquinas agrícolas e de construção no mercado interno seguem em alta, conforme apresentou a Anfavea, associação que reúne os fabricantes de veículos, no dia 05/04. “O bom momento do agronegócio, com previsão de safra de 186 bilhões de toneladas de grãos para este ano, a redução dos juros do PSI Finame para 2,5% ao ano, são fatores que trazem um horizonte claro para os fabricantes de máquinas e os produtores, os preços competitivos e o aumento dos investimentos em infraestrutura têm impactado positivamente”, comentou Mário Fioretti, vice-presidente da Anfavea e diretor de assuntos institucionais da AGCO do Brasil.
setor-maquinas
Foram vendidas no País 18,9 mil máquinas no primeiro trimestre, 29,6% a mais do que o anotado no mesmo intervalo do ano passado. Março, com 20 dias úteis, absorveu 7,3 mil delas, o que representa acréscimo de 18% sobre fevereiro, quando foram vendidas 6,2 mil unidades em 18 dias úteis, e de 38,3% sobre o volume obtido em março de 2012.
Do total comercializado no último mês de março, 5,8 mil foram tratores de rodas, máquinas que apresentaram crescimento de 21,3% ante fevereiro; 80 tratores de esteiras, com acréscimo de 35,6%; 139 cultivadores motorizados, com forte aumento de 73,8%; 496 retroescavadeiras, que expandiram 15,1%; e 795 colheitadeiras, o único tipo de máquina a registrar queda, de 6,1%, na comparação com fevereiro deste ano.
Se observados os últimos 12 meses, o avanço do segmento é de 13,8%, com 73,7 mil unidades vendidas de abril de 2012 a março de 2013.
Produção
A demanda aquecida do mercado interno fez a indústria de máquinas agrícolas e de construção produzir 22,3 mil unidades no último trimestre, volume 3,8% maior do que o fabricado no mesmo período do ano passado. Desse total, 8,4 mil foram feitas em março, alta de 9,4% sobre fevereiro e de 7,5% sobre março de 2012.
Exportação
As exportações continuam estagnadas, influenciadas principalmente pelo impasse entre Brasil e Argentina, país que consome mais de dois terços do que é produzido aqui e tem adotado medidas protecionistas para fortalecer a sua indústria. A Venezuela também tem dificultado a liberação das vias de exportação, segundo Fioretti.
No trimestre a queda acumulada é de 36,7% sobre o mesmo intervalo passado, para pouco mais de 3 mil máquinas. Na comparação de março deste ano, quando foram exportadas 1,2 mil unidades, com o de 2012, a retração atingiu 34,5%. O resultado de março último só não é pior do que o de fevereiro, anotando alta de 22%, puxada pelas vendas de retroescavadeiras.
Projeções
A Anfavea mantém as suas projeções para o segmento de máquinas agrícolas e de construção. As exportações devem continuar no patamar de 17 mil unidades em 2013. As vendas devem crescer de 4% a 5%, para 72,9 mil. E a produção deve expandir 3%, totalizando 86,2 mil unidades neste ano.
Fonte: Automotive Business

terça-feira, 9 de abril de 2013

SP terá investimentos de R$ 193 bi do PAC 2

Miriam Belchior anuncia investimento superior a R$ 190bi do PAC para o Estado de São Paulo

O governo federal prevê o investimento de R$ 193 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 para o Estado de São Paulo neste ano. O recurso deverá ser aplicado em obras de transporte, energia, saneamento e habitação, entre outros. A notícia foi dada pela ministra de Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, no dia 03/04, durante o 57° Congresso Estadual de Municípios, em Santos.

pac

O Porto de Santos, por exemplo, conta com 12 obras do PAC em andamento, principalmente obras de acesso para reduzir o acúmulo de caminhões na entrada do porto e suas interferências no trânsito. Estão sendo investidos R$ 3 bilhões.
A ministra também falou sobre a economia do País. Estima-se um crescimento da economia brasileira entre 3% e 4%, e aumento no nível de investimentos entre 6% e 7% e desaceleração da inflação. “No ano passado tivemos um choque no preço dos alimentos por causa dos preços internacionais dos alimentos e problemas climáticos que afetou a safra de trigo na Argentina. Se tirar essa parte que é conjuntural, a nossa inflação que está 6,3% seria 4,7%”.
Para ela, o Brasil vive “um momento especial” com taxa de desemprego por volta de 5%, mas ainda vê desafios como melhorar a qualidade dos postos de trabalho. Ações federais como a desoneração dos produtos da cesta básica e redução das tarifas de energia ajudarão a atingir as projeções. “Queremos manter demanda interna firme e acelerar o desenvolvimento”.

Fonte: DCI

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Governo zera alíquota do IOF para financiamento de máquinas

Medida visa a dar competitividade aos créditos bancários.

O governo zerou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para financiamento de bens de capital, bens de consumo para exportação, setor de energia elétrica, projetos de engenharia, inovação tecnológica e projetos de infraestrutura logística como obras de rodovias e ferrovias, que fazem parte das concessões do governo federal.
maquina
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a medida visa a dar competitividade aos créditos bancários. “A retirada do IOF foi para tornar mais competitivo os créditos dos bancos para bens de capital para investimentos, principalmente naquela modalidade de compulsório. Liberamos o compulsório para os bancos com essa finalidade”, disse.
De acordo com o titular da pasta, com a retirada do imposto, os bancos poderão baratear os empréstimos dos investimentos de longo prazo. Com isso, serão beneficiados, principalmente, financiamentos para setores envolvidos em infraestrutura. O estímulo foi criado pelo Decreto 7.975, publicado hoje (2) no Diário Oficial da União. De acordo com o texto, a medida é válida para as operações de crédito contratadas a partir de hoje. A norma altera o Decreto 6.306, que regulamenta o IOF.
As operações de crédito estavam com taxas de juros reduzidas por estarem incluídas no Programa de Sustentação de Investimentos (PSI). Nessa modalidade, as taxas de juros praticadas são de 3% ao ano, até junho deste ano. A partir do segundo semestre, a alíquota sobe para 3,5%. O prazo de financiamento do programa é 20 anos, com carência de até 36 meses. Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Agência IN