segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Na Europa, sinais de crescimento deixam otimismo cada vez maior



A Europa está se agitando em meio a sinais de melhora da economia  Victoria Bryan
Não importa se produzem papel para empacotar pêssegos, recrutam funcionários temporários para trabalhos de secretariado ou se trabalham no serviço pesado do fim da cadeia, lidando com o lixo que todas as empresas produzem, empresários estão falando sobre sinais de que o pessimismo está diminuindo e sobre esperanças de que o crescimento está retornando.
A zona do euro saiu de longa recessão no segundo trimestre e a pesquisa na semana passada do Índice dos Gerentes de Compras (PMI) –um guia de como as empresas veem o crescimento de seus negócios nos próximos meses– parecem confirmar que a recuperação, embora hesitante, está começando a se firmar.
Há certamente um otimismo crescente de que as coisas estão se recuperando na Europa’, disse o diretor financeiro da Starwood Hotel and Resorts Worldwide, Vasant Prabhu.
A empresa, que administra o Sheraton e outras marcas de hotéis, informou que teve bom desempenho proveniente de turistas na Itália e Espanha e gerou mais receita com cada acomodação graças a uma escassez de abertura de novos hotéis.
Entre as multinacionais cujo trabalho é preencher os postos que as empresas começam a abriram conforme crescem, há um senso similar de estar na dianteira de uma mudança positiva na sorte.
Os sinais positivos que surgiram durante o trimestre anterior persistiram no terceiro trimestre’, disse o diretor executivo da USG People, Rob Zandbergen, ecoando comentários da rival Manpower.
O setor de alocação de pessoal é visto como um barômetro econômico, já que as empresas têm a tendência de contratar funcionários temporários primeiro, aguardando mais evidências de recuperação antes de realizarem a efetivação.
Zandberg disse que as empresas que lidam com logística e com a produção de bens semiacabados –tipicamente envolvidas nos estágios iniciais de produção antes que os produtos alcancem os consumidores finais– estão tendo bom desempenho.
Outra empresa próxima ao funcionamento interno da indústria, a francesa de água e resíduos Suez Environment, informou que a melhora ainda está por vir –mas pelo menos as coisas parecem ter se estabilizado após um período de queda.
Não estamos vendo uma recuperação da produção industrial, mas estamos entrando em uma fase de estabilização’, disse o diretor financeiro da Suez, Jean-Marc Boursier, que vê correlação íntima entre a produção industrial e os volumes de resíduos que são produzidos. (Reportagem adicional de Natalie Huet, Lewis Krauskopf, Ernest Scheyder, Ben Klayman, Christian Plumb e Goel Garima)


Fonte: Reuters

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Abramat apura crescimento de 13% no otimismo da indústria de materiais da construção



Para entidade, a aceleração foi proporcionada, principalmente, pelos estímulos do Governo Federal através dos programas de melhoria de renda das famílias 
A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulgou dia 01/11 o termômetro mensal referente ao mês de outubro. Para a entidade, 68% das indústrias do setor consideraram o mês em questão como favorável às vendas, volume 13% maior do que o registrado na última edição do levantamento, em setembro.
A pesquisa também apurou que, para os próximos 12 meses, a intenção de investimento de 71% empresas de materiais de construção é tida como boa. Quando comparado ao mês anterior, este valor é quatro pontos percentuais maior do que em setembro.
A sondagem ainda aponta que 85% das empresas estão otimistas ou indiferentes quanto às expectativas sobre as ações do governo para o desenvolvimento do setor em médio prazo. Em contrapartida, o nível atual de Utilização da Capacidade Instalada apresentou em outubro a mesma média verificada no mês anterior (83%).
O presidente da Abramat, Walter Cover, acredita que os ‘estímulos do Governo Federal através dos programas de melhoria de renda das famílias, associados à baixa taxa de desemprego e à disponibilidade de crédito em condições favoráveis para reformas e ampliações têm mantido uma demanda favorável para materiais de construção’.

Fonte: PiniWeb

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Construtoras têm crescimento em 2013



      Apesar da desaceleração do ritmo de vendas, resultado será superior ao registrado no exercício passado
Embora em ritmo menos acelerado do que nos últimos anos, o setor de construção civil deve fechar 2013 com crescimento. Pelo menos é essa a expectativa das empresas que atuam no ramo. Com número de lançamentos inferior e mais cuidado com os projetos de cada empreendimento, elas estão conseguindo alavancar as vendas e devem encerrar o ano com desempenho superior ao exercício passado.
O diretor comercial e de marketing da Direcional Engenharia, Guilherme Diamante, afirma que o cenário de economia instável não afetou os negócios. ‘O que nós tínhamos proposto para 2013 nós estamos fazendo’, observa. A empresa já lançou três empreendimentos residenciais na capital mineira neste ano e prepara para o próximo mês o lançamento de mais um, dessa vez em Contagem na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Diamante garante que todos os empreendimentos já lançados venderam muito bem. Dois deles estão situados na região da Pampulha e o outro em Venda Nova, na região Norte. De acordo com ele, os apartamentos variam de um a três quartos e são voltados para o público de classe média. Ele afirma que houve uma mudança de comportamento do consumidor do mercado imobiliário. ‘O cliente está mais cauteloso’, ressalta.
Por isso, Diamante acredita que as construtoras precisam ter mais cautela antes de lançar um empreendimento. ‘Os clientes analisam muito bem o produto, a localização e a forma de pagamento, então ele tem que ser lançado certo. O consumidor vai estudar antes de fechar a compra’, afirma. Segundo ele, as vendas da empresa estão um pouco maiores neste ano do que no exercício passado, mas não soube precisar o índice de crescimento.
Na Conartes Engenharia, que atua no ramo de alto luxo, o ritmo de crescimento tem se mantido no patamar de 30% nos últimos anos e a expectativa é que ele se repita em 2013 na comparação com o exercício passado. O gerente de comunicação da empresa, Thiago Xavier Gonçalves, afirma que um empreendimento acaba de ser lançado em Belo Horizonte e outros dois serão divulgados no mercado nos próximos meses e que isso deve impulsionar os negócios.
Dois dos empreendimentos estão situados no bairro Belvedere, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, e o terceiro, em São Paulo. Juntos, eles somam aproximadamente R$ 450 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV). ‘Nós estamos oferecendo produtos de extrema qualidade em localização estratégica. Hoje, é difícil construir um empreendimento que atenda às necessidades do mercado devido as dificuldade de se encontrar terrenos, mas nós temos conseguido isso e estamos colhendo os frutos’, afirma Xavier Gonçalves.

Comerciais
Com foco em imóveis comerciais, a Construtora Atrium também está tendo um ano de negócios aquecido. A diretora da empresa, Cida Miranda, afirma que ao longo de 2013 já iniciou grandes obras industriais e comerciais. Uma delas foi o Edifício Atlanta 2, situado em Nova Lima, na RMBH. Com salas, espaços corporativos e andares corridos, o empreendimento foi 100% vendido em apenas 75 dias. ‘Um marco pouco comum no mercado imobiliário atual’, observa.
Ela acredita que o mercado mineiro tem características próprias e que o sucesso dos empreendimentos da Construtora Atrium se deve ao planejamento dos empreendimentos. ‘Nós estamos atentos às demandas dos nossos clientes, o que nos ajuda na hora de comercializar nossas unidades’, afirma. Ainda de acordo com Cida Miranda, a construtora está animada com o mercado e já prepara lançamentos para 2014.

Fonte: Diário do Comércio

Indústria da construção começa a dar sinais de melhora, revela CNI



A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta quinta-feira, 24, que os indicadores da indústria da construção melhoraram em setembro. O nível de atividade no setor alcançou 49,7 pontos em setembro, muito próximo da linha divisória de 50 pontos. Isso indica que a atividade ficou estável no mês passado. Além disso, o nível de atividade efetivo em relação ao usual, embora ainda esteja abaixo da linha divisória de 50 pontos, aumentou de 43,5 pontos em agosto para 46 pontos em setembro. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Acima de 50, indicam crescimento da atividade.
Outro ponto positivo é a utilização da capacidade de operação, que aumentou de 69% em agosto para 70% em setembro. ‘Há sinais de uma tendência de melhora, indicando que o período mais negativo do ano já passou e o fim de 2013 pode voltar a mostrar crescimento na indústria da construção’, diz a Sondagem.
Conforme a pesquisa, no terceiro trimestre do ano os empresários do setor continuaram insatisfeitos com os lucros e a situação financeira e enfrentaram dificuldades com o crédito. O indicador de satisfação com a margem de lucro operacional ficou em 46,3 pontos, o de satisfação com a situação financeira alcançou 48,5 pontos, e o de acesso ao crédito, 41,8 pontos. Os indicadores trimestrais variam de zero a cem. Valores abaixo de 50 indicam insatisfação com a situação financeira e com a margem de lucro e dificuldade de acesso ao crédito.
Os preços dos insumos e das matérias-primas aumentaram no trimestre. O indicador situou-se em 60,4 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos, que revela aumento.
Os sinais positivos em setembro melhoraram o otimismo dos empresários em outubro. Todos os indicadores de expectativas para os próximos seis meses ficaram acima dos 50 pontos, o que confirma a confiança dos empresários.
O indicador de expectativas para o nível de atividade nos próximos seis meses aumentou de 54,2 pontos em setembro para 56 pontos, o de novos empreendimentos e serviços subiu para 55,9 pontos, o de compras de matérias-primas ficou em 54,7 pontos e o de evolução do número de empregados alcançou 54,6 pontos.

Fonte: Agência IN

Demitidos terão novo contrato de rescisão a partir de hoje

A partir de hoje, 1º de novembro, os empregadores deverão utilizar o Novo Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho – TRCT. As empresas que não adotarem o novo formulário poderão prejudicar o trabalhador demitido que for requerer o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS e o seguro-desemprego, junto à Caixa Econômica Federal.

Junto com o novo termo, deverão ser utilizados dois formulários: o Termo de Quitação e o Termo de Homologação. “O Termo de Quitação deverá ser utilizado em conjunto com o Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, que será válido quando o empregado tiver menos que um ano de serviço. Por sua vez, o Termo de Homologação será usado para as rescisões de contrato dos empregados que têm mais de um ano de serviço. Nesses casos também é obrigatório a assistência e homologação pelo sindicato profissional da categoria ou pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE”, declara a advogada trabalhista da IOB Folhamatic EBS, uma empresa do Grupo Sage, Ydileuse Martins.
A advogada Ydileuse Martins explica que o novo termo permite que o trabalhador identifique, de forma mais clara, todas as verbas rescisórias a que tem direito, como aviso prévio, 13º salário e férias proporcionais. “Por meio deste documento é possível identificar, com menos esforço, se esses valores estão ou não corretos”, informa a especialista.
Os termos de rescisão de contrato de trabalho elaborados pelas empresas só poderão ser aceitos até hoje, 31 de outubro de 2013. Ydileuse explica que os novos TRCTs foram estabelecidos pela Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego nº 1.057/2012, publicada no Diário Oficial da União do dia 9 de julho, e retificada no dia 12 de julho de 2012.
Fonte: Revista Incorporativa


terça-feira, 5 de novembro de 2013

Setor da Construção abre 36 mil vagas em setembro


No período, foram criadas 36 mil vagas (saldo de contratações menos demissões). Os dados fazem parte do levantamento do Sinduscon-SP em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado ontem (31).

O número de vagas criadas em setembro de 2013 foi superior ao montante de 13,7 mil registrado no mesmo mês de 2012, quando houve expansão de 0,40%. Já no acumulado dos primeiros nove meses de 2013, foram criados 174,1 mil postos, alta de 5,16%. O resultado é inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram abertas 247,9 mil vagas. No período de 12 meses encerrado cm setembro, foram criados 2 1,9 mi) empregos, montante muito abaixo das 160,5 mil contratações acumuladas nos 12 meses anteriores. A pesquisa registrou aumento do emprego nos segmentos de preparação de terrenos, construção imobiliária, obras de infraestrutura e de instalações prediais, demonstrando que houve crescimento na atividade do setor.

Fonte: DCI – Comércio, Indústria e Serviços/SP.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Mão de obra formal dobrou em seis anos na construção civil

O aumento salarial desses profissionais, em todos os Estados, foi, em média, de 66%. O mestre de obras teve viu um aumento na renda, no período, de 81%, e o armador, de 71%. Pedreiros e serventes viram o salário crescer 66% e 63%, respectivamente.Para a assessora técnica da CBIC, Geórgia Grace, a expansão da produção no setor resultou no aumento de renda, “que aumentou a atratividade do profissional”. Mas, de acordo com a assessora, contribuiu para esse aumento não apenas o “boom” vivido pela construção civil na década passada, mas também a necessidade de encontrar um profissional melhor qualificado. “Isso é importante, pois a força do mercado está começando a quebrar o estigma do profissional na construção civil, de que, se alguém é pedreiro, é porque não estudou”, afirma. Segundo Geórgia Grace, a busca por qualificação afeta também a implantação de novas tecnologias nos canteiros de obras do país. “Hoje, não adianta as indústrias lançarem seus produtos no mercado se não fazem um convênio com institutos profissionalizantes para qualificar os trabalhadores”, observa.






Fonte: Folha de S.Paulo

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Governo quer incentivar produção local de bens de capital que são importados

O governo prepara um plano para que itens usados pela indústria e que hoje são trazidos do exterior com imposto de importação reduzido passem a ser fabricados no país. Técnicos da equipe econômica finalizam um levantamento de quais bens entram no Brasil pelo mecanismo chamado de ex-tarifários e que podem ser produzidos aqui.
Esse pacote de estímulo à atividade econômica deve ser lançado no próximo ano e também tem o objetivo de melhorar o desempenho da balança comercial. Neste ano, mais de 2,3 mil produtos foram beneficiados pela medida de ex-tarifário – regime que reduz temporariamente o imposto de importação para bens de capital e itens de informática e telecomunicações não fabricados no país.
Empresas que precisam dessas mercadorias estrangeiras pedem à Câmara de Comércio Exterior (Camex) a redução tarifária. A importação dos produtos beneficiados neste ano superará US$ 4,5 bilhões. Em 2013, os setores que mais recorreram ao mecanismo foram siderurgia, construção civil, ferroviário, petróleo, naval, bens de capital, alimentício, automobilístico e energia.
Os itens com benefício tarifário que entraram, ou que ainda entrarão, no país estão relacionados a investimentos como a construção de estaleiro no porto do Açú, no Rio, uma fábrica de moagem de milho no Paraná, melhoria da infraestrutura ferroviária em São Paulo, produção de aparelhos de telefonia móvel, além da instalação das comportas da usina de Belo Monte, no Pará.
Em vez de importar, o governo quer que as companhias brasileiras produzam essas mercadorias usadas em grandes projetos. Essa troca deve ser estimulada por meio de financiamentos, disse, ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, a secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Heloisa Menezes.
Enquanto o ex-tarifário for concedido, há um desestímulo para produzir no Brasil, porque o imposto de importação fica baixo. Sempre é mais fácil importar. Produzir dá muito trabalho. Então, nós estamos cruzando os dados. Procuramos as empresas e estamos construindo um programa para focar em certos grupos de bens de capital com apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)’, disse Heloisa.
A secretária citou como exemplo o Plano de Nacionalização Progressiva do BNDES para locomotivas. Segundo ela, com os recursos do banco de fomento, a produção do setor passou a ter um índice de conteúdo nacional maior, ou seja, a indústria precisa de menos partes e peças estrangeiras para produzir uma locomotiva. Uma das ideias do governo é fazer um Plano de Nacionalização Produtiva com o BNDES.
Há um conjunto grande de produtos estratégicos que não é produzido no Brasil, mas poderia ser. Algumas empresas têm capacidade de produção e precisam só de um empurrãozinho’, afirmou Heloisa.




Fonte: Valor

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Não incide contribuição previdenciária sobre parcela indenizatória

As verbas recebidas a título de “ticket lanche” e “ticket refeição” têm natureza indenizatória
As verbas recebidas a título de “ticket lanche” e “ticket refeição” têm natureza indenizatória. O fato de estas, eventualmente, serem quitadas em dinheiro, em acordo firmado entre as partes, não tem o condão de modificar a sua natureza jurídica de indenizatória para salarial. E, assim sendo, não há hipótese de incidência de contribuição previdenciária sobre essas parcelas. Com base nesse entendimento, expresso no voto da desembargadora Lucilde D¿Ajuda Lyra de Almeida, a 5ª Turma do TRT-MG negou provimento a recurso da União Federal, que pretendia a cobrança de contribuição previdenciária sobre as parcelas ticket lanche e refeição, quitadas no acordo celebrado entre as partes.

O Juízo de 1º Grau homologou o acordo entre o reclamante e a reclamada, na quantia líquida de R$40.000,00, em que as partes declaram que o valor da transação abrangia as parcelas de natureza indenizatória de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e Ticket lanche e refeição.
A União Federal foi intimada da homologação do acordo e peticionou, almejando a reforma da decisão, sob a alegação de que tudo aquilo que é fornecido ao empregado em retribuição aos serviços prestados possui natureza salarial e que o pagamento, em dinheiro, de valores relacionados à alimentação do trabalhador tem natureza essencialmente salarial. Portanto, pela tese da União, haveria incidência das contribuições previdenciárias sobre essas parcelas, que não se enquadram nas hipóteses de isenção fiscal previstas em lei. Citou os artigos 28, inciso I, § 9º, letra “c”, da Lei nº 8.212/1991 e 96 do Código Tributário Nacional.
Ao manter a sentença que negou o pedido da União, a relatora destacou que, em regra, as parcelas fornecidas pelo empregador ao empregado, em razão do contrato de trabalho, assumem natureza de contraprestação direta, integrando o salário para todos os efeitos legais. Porém, ao examinar a petição inicial, ela observou que as parcelas ticket lanche e refeição estão amparadas por convenção coletiva. A magistrada frisou que, normalmente, os tickets para alimentação são fornecidos para o trabalho e não pelo trabalho, sendo essa noção suficiente para constatar a natureza indenizatória da parcela.
No entender da relatora, não há qualquer prova ou indício de fraude às normas trabalhistas quanto ao fornecimento dos tickets alimentação ao empregado pelo patrão. Ao contrário, houve o pedido do ticket lanche e refeição na petição inicial, não havendo qualquer irregularidade no acordo celebrado. Ela ressatou ainda que o fato de as parcelas terem sido quitadas em dinheiro, não tem o poder de modificar a sua natureza jurídica, que foi estabelecida nos instrumentos normativos da categoria. Portanto, a magistrada não viu qualquer violação aos dispositivos legais e constitucionais citados pela União Federal.

Fonte: TRT-MG

terça-feira, 22 de outubro de 2013

BC aumenta Selic e taxa deve voltar a dois dígitos


Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou, ontem, a taxa básica de juros de 9,0% para 9,5% ao ano e reproduziu, em seu comunicado, exatamente o mesmo texto que divulgou ao fim das três reuniões anteriores. O que pode ser interpretado como uma indicação de que pretende manter o mesmo ritmo de aperto monetário no último encontro do ano, dia 27 de novembro, elevando os juros de volta a dois dígitos.
Dando prosseguimento ao ajuste da taxa básica de juros, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 9,50% ao ano, sem viés. O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano’, diz o comunicado.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, mantém a determinação de chegar a 2014 com o problema ‘inflação’ resolvido, fora do primeiro plano do debate econômico e político. E para isso, conforme deixou claro o diretor de política econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, ainda há muito trabalho a fazer. Isso não significa que a autoridade monetária levará a inflação medida pelo IPCA para a meta de 4,5% no último ano de governo Dilma Rousseff. O compromisso do BC, até o momento, é encerrar este ano com uma inflação inferior à de 2012 (5,84%) e 2014 com uma taxa menor do que a deste ano.

Pela primeira vez neste exercício, o IPCA acumulado em 12 meses até setembro caiu abaixo de 6%. Segundo dados divulgados ontem pelo IBGE, a inflação foi de 0,35% no mês passado, de 3,79% no ano e de 5,86% em 12 meses, em linha, portanto, com as projeções do BC.
Tombini considera que terá uma ‘janela’ até abril, período em que as taxas mensais de inflação devem ser inferiores às dos mesmos meses anteriores. No governo, já não causa arrepios imaginar que os juros podem voltar à casa dos dois dígitos.

Fonte: Valor

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Atividade mostra sinais de leve retomada após tombo de julho

Atividade mostra sinais de leve retomada após tombo de julho


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Diferentes indicadores coincidentes de atividade na indústria em agosto mostraram melhora em relação a julho e podem indicar que o pior momento para a economia neste trimestre tenha ficado para trás. Diante desse desempenho mais positivo, alguns economistas passaram a projetar leve alta da produção industrial no mês passado e um desempenho um pouco mais forte em setembro, ainda que em magnitude insuficiente para recuperar o tombo de 2% do setor em julho. Entre os dados apontados pelos economistas estão o aumento da produção de aço e a expedição de papel ondulado, o resultado mais favorável da indústria automotiva e maior fluxo de veículos pesados em rodovias pedagiadas. A confiança do empresário industrial, no entanto, continua a pesar contra e as estimativas mais positivas são de alta bastante modesta da indústria no mês passado, de 0,2% em relação a julho, com ajuste sazonal.

Embora não sejam suficientes para mudar as estimativas para o terceiro trimestre, que na maioria apontam para contração da atividade no período, os indicadores divulgados recentemente diminuem o risco de que a economia tenha desabado entre julho e setembro, afirmam economistas, para quem dados antecedentes também sugerem desempenho um pouco melhor da atividade nos últimos três meses do ano.

Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria, projeta alta de 0,2% da indústria em agosto, sempre na comparação com o mês anterior, feitos os ajustes sazonais. ‘É uma leve recuperação, mas não devolve nem de longe a forte queda da produção em julho’, quando a atividade nas fábricas recuou 2%. De acordo com dados dessazonalizados pela Tendências, a recuperação apenas morna da atividade no setor se deveu principalmente à produção de veículos, que subiu 0,5% em agosto, após queda de 6,7% em julho. Além disso, a confiança dos empresários não se recuperou. De acordo com a sondagem da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mesmo após uma queda de 4% no início do terceiro trimestre, a confiança dos industriais ficou 0,6% menor em agosto. Na pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) os dados já são mais positivos.

Assim, diz Alessandra, a alta da indústria em agosto deve ter sido bem modesta mesmo com outros indicadores apontando tendência mais positiva, como a expedição de papel ondulado, que subiu 0,9%, e o fluxo de veículos pesados nas rodovias pedagiadas, que aumentou 0,7%, sempre na passagem mensal, com ajuste sazonal da consultoria. Para setembro, estimativas preliminares da consultoria são de aumento de 1,1% da produção industrial. ‘Se estivermos corretos, ainda assim na média a indústria terá queda de 0,8% no trimestre’, afirma a economista.
Diante de dados coincidentes positivos de atividade, a LCA Consultores elevou a projeção para a indústria em agosto de queda de 0,4% para alta de 0,1%, na passagem mensal. Para Thovan Tucakov, o setor não vai se recuperar da queda de julho em função de questões que ainda travam o desempenho cia indústria, como o acúmulo de estoques. Além disso, diz o economista, a confiança dos empresários do setor de bens de capital caiu 10,8% no trimestre encerrado em agosto, enquanto a do setor de bens duráveis encolheu 15,8% neste período. ‘Setores que contribuíram para o crescimento no primeiro semestre agora mostram tendência mais negativa’, afirma.

O Barclays projeta leve alta da produção industrial na passagem mensal, de 0,2% em relação a julho, em função dos dados divulgados. Na contramão do mercado, o banco espera alta de 0,2% do PIB no terceiro trimestre. Em nota, o economista Guilherme Loureiro afirmou que ‘embora ainda existam ventos desfavoráveis para a economia, vemos um balanço de riscos equilibrado para nossa projeção’.

De acordo com a sondagem da CNI, a produção industrial a avançou 1,15% em agosto sobre julho, enquanto a utilização da capacidade instalada aumentou para o maior nível desde novembro do ano passado, em 74%.
Para Aurélio Bicalho, economista do Itaú, os números mais positivos divulgados recentemente reduzem os riscos de surpresa negativa em relação à produção industrial, mas o banco projeta retração de 0,3% da indústria em agosto. Como o comércio deve ter resultado positivo em agosto, o PIB mensal calculado pelo Itaú aponta alta de 0,3% da atividade em agosto.

Alessandra, da Tendências, também estima resultado favorável cio comércio no mês passado, após a forte e inesperada alta de 1,9% do varejo em julho. As consultas ao SPC e ao Use cheque aumentaram 2,2%, de acordo com dados dessazonalizados pelo Banco Central, e a confiança do empresário do comércio paulistano subiu 5,7% na passagem mensal. A Tendências projeta queda de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre. Para Alessandra, no entanto, agora as chances são de que a atividade surpreenda positivamente, embora em pequena magnitude. ‘O risco é que o PIB fique estável na comparação trimestral’.
O Banco Fator estima estabilidade da economia entre julho e agosto, após a forte alta de 1,5% do PIB no segundo trimestre. Para José Francisco de Lima Gonçalves, eco-nomista-chefe da instituição, de forma geral, ‘os indicadores sugerem que agosto foi um pouco melhor do que se pensava e talvez a fase de mau humor mais forte tenha ficado para trás’. Ainda assim, diz, não há retomada consistente e parece ‘certo’ que o segundo semestre será mais fraco que o primeiro.

Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou que as perspectivas para a economia melhoraram e que já é possível ‘pensar que o crescimento de 2,5% [no ano] que estimamos pode ser um pouco maior’.

Fonte: Valor

Confiança cresce em setembro, diz CNI

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) mostrou recuperação em setembro e alcançou 54,2 pontos, informou, ontem, a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Esse foi o segundo mês consecutivo de crescimento do índice, o que representa um ‘sinal importante para a recuperação da indústria’, segundo análise realizada pela entidade.


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Em agosto, o Icei atingiu 52,5 pontos. Houve, portanto, um salto de 1,7 ponto de um mês para outro. Em julho, eram 49,9 pontos, ou seja, o indicador ainda estava no terreno do pessimismo.

Em setembro do ano passado, porém, o Icei era de 57,4 pontos. A pesquisa é elaborada considerando uma escala que vai de zero a cem pontos. Resultados acima de 50 pontos indicam empresários confiantes. A média histórica do Icei é de 58,6 pontos.

A CNI destacou que o aumento da confiança dos empresários foi mais intenso na indústria extrativa, segmento no qual o índice cresceu 4,2 pontos e ficou em 57,7 pontos em setembro. Na indústria de transformação, a taxa aumentou 1,7 ponto e fechou setembro com 53,6 pontos.

Na construção, o fôlego foi de 0,6 ponto, chegando a um Icei de 53,5 pontos em setembro. O Icei leva em conta a avaliação das condições atuais sobre a economia brasileira e a empresa, considerando o horizonte dos últimos seis meses; além de expectativas para os próximos seis meses.

Apesar do pessimismo em relação às condições atuais da economia e das empresas, cujo indicador ficou em 46,2 pontos, os industriais estão mais otimistas com o futuro. O índice de expectativas em relação às condições da empresa e da economia para os próximos seis meses subiu de 56,9 pontos, em agosto, para 58,2 pontos, em setembro.

Fonte: DCI

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Mercado global de equipamentos apresentará crescimento anual de mais de 6%

A presença do setor de equipamentos para construção na Brazil Road Expo tem acompanhado esse crescimento: a última edição do evento, em abril deste ano, contou com 58% mais representantes do segmento que a edição de estreia, em 2011.


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O mercado global de equipamentos para construção terá um crescimento médio anual de mais de 6% nos próximos anos. Isso foi o que apontou pesquisa do Freedonia Group que mostrou ainda que o setor registrará aumento de US$ 142 bilhões em 2012 para US$ 189 bilhões em 2017.  A Brazil Road Expo, único evento de grande porte 100% focado no mercado de infraestrutura viária e rodoviária também reflete esse crescimento do mercado de equipamentos para construção e manutenção de estradas. De 34 expositores do segmento na primeira edição da feira, em 2011, o evento teve aumentada a participação dos fabricantes e distribuidores desse tipo de equipamento para 54 empresas em 2013, o que totalizou um crescimento de mais de 58%. “Para a próxima edição, que acontece de 09 a 11 de Abril de 2014, a expectativa é de chegarmos a 70 marcas do setor”, conta o engenheiro Guilherme Ramos, diretor da Brazil Road Expo.

Entre as empresas que irão colaborar com essa perspectiva está a Volvo Construction Equipment Latin America que pela primeira vez participará da feira como expositora. “A Volvo trará para a Brazil Road Expo a sua linha de produtos e serviços para a construção e manutenção de estradas, além de soluçōes financeiras através da Volvo Financial Services“, explica Suzanne Darié, Gerente de Marketing & Corporate Communication da empresa.
Outra empresa do setor que garantiu presença é a Ammann Latin America. “Nossa participação na Brazil Road Expo é estratégica, pois entendemos que o evento é a vitrine ideal para  mostrarmos os nossos produtos para os profissionais que atuam na construção e manutenção de estradas e destacarmos as vantagens de contar com toda uma linha de equipamentos de ponta agora produzidos no Brasil, permitindo que estes conheçam cada vez melhor a Ammann e suas linhas de compactadores, pavimentadoras e usinas de asfalto”, explica o presidente da empresa, Gilvan Pereira. 

A Ammann, que é líder mundial em Usinas de Asfalto e já é uma marca reconhecida no mercado de pavimentação e infraestrutura viária e rodoviária, completou dois anos de operação na América e entrou neste ano em uma nova fase com a inauguração de uma fábrica em Gravataí (RS), que atende todo o mercado da América Latina.

Participando da feira pela segunda vez, o engenheiro Luciano de Oliveira, diretor da Ticel Equipamentos, justifica a renovação para 2014 com os resultados obtidos em 2013. “A feira foi bastante representativa. Tivemos a satisfação de realizar negócios e receber a visita de potenciais clientes. É uma feira bastante voltada para o nosso mercado e é isso que a gente sempre busca de uma feira. Pudemos divulgar nossos produtos. Estaremos presentes no próximo ano visto o resultado e a satisfação que tivemos com o evento deste ano”, explica.

A pesquisa

Ainda segundo a pesquisa feita pelo Freedonia Group, a América Latina contará com aumento médio de mais de 4,6% por ano, levando para o setor US$ 8.3 bilhões até 2017. O maior crescimento será visto nas regiões da Ásia-Pacífico, onde o mercado de equipamentos crescerá em média mais de 8,3% por ano, registrando em dólares, o valor de 93.4 bilhões. Este valor, segundo a pesquisa é maior do que o apresentando em 2007 (US$ 40.6 bilhões), representando quase a metade da demanda global por equipamentos de construção.

Segundo o levantamento, a América do Norte, o segundo maior mercado de equipamento depois da Ásia, crescerá em media +2,9% por ano até 2017, trazendo vendas regionais de US$ 47 bilhões.

Outras regiões registrarão crescimento abaixo da média global, como, por exemplo, África e Oriente Médio que apresentarão crescimento anual de mais de 5,5%, alcançando US$ 9.6 bilhões até 2017.
Para a Europa Ocidental, mesmo abaixo dos 6%, está previsto um crescimento relativamente forte de mais de 5,1% entre 2012 e 2017. O Leste europeu crescerá +4.7% por ano.

Fonte: Brazil Road Expo com informações da KHL

Serviço
Brazil Road Expo 2014 – 4ª edição
Data: 09 a 11 de Abril de 2014
Horário de exposição: 11h – 20h
Horário do congresso: 09h – 18h
Local: Transamérica Expo Center
Endereço: Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro – São Paulo
Mais informações: www.brazilroadexpo.com.br

Vendas da indústria de materiais de construção cresceram 8,2% em agosto

No acumulado até agosto, as vendas cresceram 3,6%  A indústria brasileira de materiais de construção registrou um crescimento nas vendas de 8,2% em agosto, na comparação com julho de 2013, de acordo com um estudo da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção).


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O levantamento ainda mostra que, no acumulado até agosto, as vendas cresceram 3,6%, em relação a igual período de 2012. Ante agosto de 2012, a alta foi de 3,2% e, nos últimos 12 meses, de setembro de 2012 a agosto de 2013, os números indicam crescimento de 2,5%.

Em relação ao emprego, o setor apresentou estabilidade em relação a julho de 2013, com crescimento de 0,1%. Já na comparação com agosto de 2012, houve crescimento de 0,7%.

Na opinião do presidente da entidade, Walter Cover, o resultado acumulado das vendas de janeiro a agosto está abaixo da previsão para o fechamento do ano, que aponta para uma expectativa de crescimento de 4% em relação a 2012. “Atingir esse patamar depende de novos estímulos do governo para o setor da construção civil, em particular o anúncio de ampliação do prazo da desoneração do IPI, além da manutenção dos níveis de emprego, renda e crédito, e da aceleração do ritmo das obras de infraestrutura.

Fonte: Portal Soma

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Empresário da construção civil está mais confiante

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Melhoraram as previsões dos empresários da construção civil em relação ao desempenho das empresas nos próximos meses, segundo sondagem divulgada ontem (17) pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo. O índice de confiança subiu 1,7%, em agosto, na comparação com o levantamento anterior, que é feito trimestralmente. Nos últimos 12 meses, o índice registra queda de 2,3%.

As expectativas dos empresários pioraram em relação à condução da política econômica e sobre o crescimento econômico. Caiu também a confiança de que a inflação irá se reduzir daqui para a frente. Sobre a evolução de custos, entretanto, houve melhora de 9% nas expectativas sobre o trimestre anterior e 0,4% nos últimos 12 meses. Em relação às dificuldades financeiras, o índice subiu 2,5% no trimestre e 5,9% no ano.

Fonte: Automotive Business

SindusconSP: Expectativa de empresário da construção melhora em agosto

As perspectivas em relação aos custos setoriais também melhoraram, mostrando alta de 9% nos três meses

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As perspectivas dos empresários com relação ao desempenho de suas construtoras melhorou no trimestre de junho a agosto, indicando alta de 1,7% em relação à pesquisa anterior. Os dados são da Sondagem Nacional da Indústria da Construção Civil, realizada pelo SindusCon-SP e pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em 12 meses, o levantamento apresenta queda de 2,3%. As perspectivas em relação aos custos setoriais também melhoraram, mostrando alta de 9% nos três meses, na comparação com o trimestre anterior, e incremento de 0,4% em 12 meses.

A percepção com relação ao desempenho das empresas, porém, continuou se deteriorando, com declínio de 0,6% em relação ao trimestre anterior e queda de 3,1% na comparação anual.

Segundo as entidades, questões como rentabilidade e emprego puxaram para baixo novamente o indicador. Por outro lado, nessa mesma comparação houve melhora na avaliação referente a volume de negócios e faturamento.

O pessimismo dos empresários com relação ao que esperar da economia se aprofundou. No levantamento de agosto, o indicador de perspectiva com relação ao crescimento econômico caiu 27,2% em relação ao trimestre anterior e 27,9% em 12 meses. No Estado de São Paulo, a queda foi ainda mais expressiva, de 31% no comparativo com o trimestre anterior e de 32% em 12 meses.

Fonte: Valor

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Nova projeção eleva PIB para 2,4%, diz BC

A taxa básica de juros deverá ficar em 9,75% ao ano, em dezembro  Os analistas e investidores do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central (BC) estão mais otimistas com o crescimento da economia e da produção industrial este ano. A nova projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) para 2013 chega a 2,4%, contra os 2,35% da estimativa anterior.


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Os números estão no boletim Focus, divulgado semanalmente pelo BC. A projeção de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) permanece em 5,82% e a taxa de câmbio, no final do ano, deverá cair para 2,35%, em relação à estimativa de 2,36% da pesquisa anterior.

O crescimento dos preços administrados foi mantido em 1,8%. A taxa básica de juros deverá ficar em 9,75% ao ano, em dezembro, com a dívida líquida do setor público caindo de 35% para 34,75% em comparação ao PIB.
A produção industrial estimada em 2,1% na pesquisa anterior passou para 2,12%. No setor externo, o Focus indica que o déficit em conta-corrente do Brasil chegará a US$ 78 bilhões, com a balanço comercial registrando saldo de US$ 2 bilhões em comparação aos US$ 2,5 bilhões da estimativa anterior.

O investimento estrangeiro direto previsto pelo mercado financeiro será de US$ 60 bilhões, preveem os analistas e investidores.

Fonte: Agência Brasil

Investimento no país atingirá R$ 3,8 tri até 2017

De acordo com o BNDES, esse valor engloba aplicações em indústria, infraestrutura e construção


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Segundo Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os investimentos no Brasil devem somar R$ 3,8 trilhões entre 2014 e 2017. Esse valor engloba investimentos em indústria, infraestrutura e construção.

Para Coutinho, o BNDES tem feito uma pesquisa junto aos bancos a cada seis meses para checar as expectativas de investimentos nos próximos anos e, o resultando mostra que o volume de planos de investimento tem se mantido em um patamar elevado.

“As concessões podem elevar a taxa de investimento do Brasil a 22,2% do PIB em 2018. Atualmente, o investimento no país corresponde a 18,6% do PIB”, diz.

Coutinho afirma que os enquadramentos do BNDES – etapa entre a consulta que a empresa faz no banco e a aprovação – indicam que os investimentos no Brasil no segundo semestre permanecerão em patamar elevado, concluindo que a confiança de que a formação bruta de capital fixo não se reduzirá.

Fonte: Valor Econômico

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Governo planeja proteção à indústria de máquinas e equipamentos

Bens de capital devem ter proteção extra. Para salvaguardar indústria nacional, governo estuda incluir onze segmentos em lista de Imposto de Importação maior. Fabricantes teriam pressão de concorrentes estrangeiros a partir de outubro, com fim de medida temporária.


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O governo planeja oferecer uma proteção adicional à industria nacional de máquinas e equipamentos (os chamados bens de capital).

Para a área econômica, o setor precisa de mais proteção. Ainda não há consenso sobre a forma de conceder o benefício, mas a Folha apurou que um dos caminhos é fazer uma revisão da lista de exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul, a Letec.

A relação permite tarifas de importação acima do teto definido para o bloco que reúne Brasil, Argentina, Venezuela e Uruguai.

A avaliação é que os bens de capital, que têm peso importante na pauta exportadora de manufaturados do país, ficariam desprotegidos em outubro, quando termina o aumento temporário do Imposto de Importação para cem produtos.

O fim dessa sobretaxa havia sido defendido pelo Ministério da Fazenda, para retirar a pressão sobre os preços dos importados e ajudar a controlar a inflação. Sem os impostos maiores, a concorrência se acirra e os preços nacionais tendem a baixar.

Apesar de o fim da proteção ter sido anunciado no mês passado pelo ministro Guido Mantega (Fazenda), o Ministério do Desenvolvimento quis propor uma saída intermediária, que resguardasse os bens de capital.
A proposta era manter parte da lista, o que foi recusado pela área econômica.

Saem alho e cogumelo

A ideia da Fazenda é acomodar os bens de capital na lista de exceções, Letec, que é permanente. Hoje já há oito categorias de bens de capital nessa relação, e os planos são incluir outras 11. Para isso, seriam retirados produtos como alho, cogumelo e algodão, por exemplo. Assim como a lista temporária, a Letec tem limite para cem produtos.

Segundo a Folha apurou, há no governo disposição para beneficiar ainda produtos químicos e siderúrgicos, que também sofrerão um assédio maior dos importados sem a proteção temporária.

A indústria de bens de capital é um setor estratégico, pois dá suporte à cadeia produtiva do país. As medidas de proteção visavam equilibrar a perda de competitividade com produtos importados.

Segundo a Abimaq, que representa o setor, de outubro do ano passado, quando a lista temporária entrou em vigor, até junho deste ano, a compra de produtos estrangeiros caiu em média mais de 20% para bens de capital, em valor e quantidade. Em algumas categorias, a redução das importações superou 30%.

Dos 11 produtos protegidos pela relação, apenas 3 não reagiram ao estímulo. O diretor de comércio exterior da Abimaq, Klaus Curt Muller, considera importante fazer a migração para a lista permanente de exceções.
A entidade informou que possuía outros 48 pleitos para uma eventual segunda lista temporária, projeto engavetado pelo governo, ao menos por ora.

Procurado, o Ministério da Fazenda afirmou apenas que a lista temporária não será prorrogada. O Ministério do Desenvolvimento não quis comentar.

Fonte: Em Tempo Real