terça-feira, 31 de julho de 2012

ELE SONHAVA VIVER DE ALUGUEL E CRIOU UMA GIGANTE DA ÁREA

Enilson Moreira queria alugar casas para ganhar dinheiro, mas criou uma das 100 maiores locadoras de equipamentos do mundo

Ter uma renda extra, proveniente do aluguel de duas ou três casas, foi a meta que Enilson Moreira, ainda jovem, estabeleceu para alcançar antes de completar 40 anos. O que ele não imaginava é que, tempos depois, de fato viveria apenas do aluguel. Mas não de casas. Sua atividade seria alugar geradores de energia. Em 1989, quando tinha 33 anos, montou uma empresa no segmento. Hoje, “A Geradora”, nome com que Moreira batizou sua empresa, é uma das 100 maiores do mundo de locação de equipamentos, de acordo com o ranking divulgado em agosto pela revista International Rental News. Neste ano, A Geradora irá faturar R$ 190 milhões, montante que supera em 36% os números de 2010.

Abrir uma empresa de locação de equipamentos foi uma ideia que Moreira alimentou por bastante tempo. Assim que terminou a faculdade de Administração, no Recife, foi viver em Salvador, onde trabalhou, por 13 anos, numa fabricante de geradores de energia. Em seu contato com os clientes, no entanto, percebia que muitos preferiam alugar o equipamento, ao invés de comprá-lo. “Normalmente precisavam do gerador por um período, apenas durante uma obra”, conta. “Percebi então que alugar, em vez de vender, poderia ser um bom negócio.”



Divulgação

O empreendedor Enilson Moreira: o sonho de viver de aluguel o fez criar uma das 100 maiores empresas de locação de equipamentos do mundo
Com um colega da mesma empresa, partiu para o novo desafio. Ambos se demitiram e compraram três geradores usados, com um desembolso que, nos dias de hoje, seria equivalente a R$ 50 mil. “Aproveitar as oportunidades que o mercado oferece é a chave do sucesso de um empreendimento”, diz Carlos Freitas, diretor-presidente da Vector Consulting. “Às vezes, a oportunidade está na frente do empresário.”
Moreira e seu sócio, Celso Reis, transformaram a oportunidade numa companhia que hoje oferece 10 mil itens a seus clientes. Os geradores de energia continuam sendo o carro-chefe. Somados, diz Moreira, geram 450 mil kVA de energia, volume suficiente para iluminar uma cidade de médio porte. Mas a carteira de produtos também conta com equipamentos que vão desde ferramentas leves, como motobombas e serras de piso, até torres de iluminação, passando por compressores de ar e plataformas aéreas, por exemplo. Além de alugá-los, a empresa presta serviços de manutenção, enquanto operam no cliente.

É óbvio que, para atingir esse porte, Moreira e Reis enfrentaram desafios. “As dificuldades foram mudando gradativamente”, afirma Moreira. A primeira delas foi de ordem cultural. Não havia muitas empresas locadoras de geradores quando se lançaram ao negócio - e as que existiam estavam no Sudeste. “Foi preciso criar a cultura do aluguel”, afirma Moreira. Para isso, a cada contato com um possível cliente, buscavam convencê-lo de que, se comprasse um equipamento para determinada obra, seria um investimento grande para um período curto de uso, nem sempre justificando o desembolso. Afinal, para a obra seguinte, poderia ser necessário um equipamento melhor, maior ou menor.

Essa explicação era seguida por outra, de ordem contábil. Moreira diz que a compra de um equipamento virava um ativo imobilizado no balanço da companhia. Já o aluguel, virava despesa. “Era melhor para o cliente”, diz.

Apesar do empenho em vender, os resultados tardaram a vir. Moreira estima que ele e o sócio não fizeram nenhuma retirada nos primeiros 18 meses de operação. “Reinvestíamos tudo”, afirma. Mas essa era uma atitude previamente acordada entre ambos. Moreira tinha uma poupança equivalente a um ano de trabalho. Reis, por sua vez, tinha 54 anos na época e já era aposentado. “Como tínhamos reserva de dinheiro, não dependíamos do negócio”.


Veio o ano de 1991, que foi o divisor de águas na história da empresa. Triplicaram de tamanho em um único mês. Com as obras da Linha Verde, rodovia que liga a Bahia a Sergipe pelo litoral, foram contratados pela Odebrecht, que alugou 20 geradores. A boa notícia, contudo, veio acompanhada de um desafio: na época, A Geradora tinha apenas oito geradores, e todos estavam alugados. Para atender a construtora, Moreira e Reis correram atrás de empréstimos, linhas de financiamentos e até crédito do antigo empregador para conseguir atender o contrato, de dois anos. “A partir daí, as coisas tomaram novos rumos”, afirma.


Deram início à expansão de portfólio e de presença geográfica, com a abertura da primeira filial, no Recife, em 1994. Anos depois, chegaram a outras capitais do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, totalizando as 18 filiais que possuem hoje, com 900 funcionários. Ao mesmo tempo, passaram a atender, além da construção civil, indústrias e as áreas de mineração, óleo e gás, agronegócio, entretenimento, comércio e serviços, além de infraestrutura, que atualmente responde por cerca de 50% do faturamento da empresa.


Em 22 anos de história, a empresa de Moreira e Reis sobreviveu a diferentes crises, pacotes econômicos e moedas. Entre eles, o Plano Real, em 1994, que coincidiu com a abertura da primeira filial. “Foi a melhor coisa que podia ter acontecido”, diz Moreira. Com a URV (sigla de unidade real de valor, índice adotado nos primeiros meses do plano com o intuito de refletir a variação do poder aquisitivo), havia correção diária da moeda. “O valor não era corroído pela inflação, e isso foi importante para o nosso crescimento”, afirma.


Moreira em 1989: ganhando dinheiro até com o malogrado bug do milênio

A expansão da empresa também foi favorecida com o bug do milênio, espécie de apagão nos sistemas informatizados que era esperado na virada de 1999 para o ano 2000. Não se concretizou, mas o receio instalado na época, conta Moreira, fez com que faltassem geradores de energia no País inteiro. “Fornecemos equipamentos para agências bancárias do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste”, diz. Essa situação, afirma, foi similar à crise de energia, nos anos de 2001 e 2002.

Essas oportunidades também trouxeram “ressacas”, diz. Ou melhor, mais concorrentes, que aproveitavam essas brechas para entrar ao mercado. “Mas sempre as empresas estruturadas se saíam melhor”, diz Moreira.


O teste do crescimento


Eventos como esses de fato contribuem para a expansão das empresas, conforme observa Freitas, da Vector Consulting. “O mercado em crescimento abre a porta para muitas empresas”, diz. Porém, também as testa. “Mas só ficam as que são bem geridas e que possuem um sólido planejamento.” Desde 2003, A Geradora vem apresentando crescimento médio de 47% ao ano, de acordo com Moreira, em função sobretudo do setor de infraestrutura, muito demandado nos últimos anos. Para ele, o cenário será mantido por conta da Copa do Mundo em 2014, e da Olimpíada , em 2016.


Continuar o ritmo de expansão da companhia, afirma, tem sido o desafio atual. “Não conseguimos gerar caixa para sustentar esse crescimento”, diz. “Somos uma empresa de capital intensivo, com um portfólio amplo, formado por máquinas”. Já vinham procurando linhas de crédito, como o Finame (voltado a pequenas e médias empresas, para a compra de máquinas e equipamentos), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Na busca por financiamento, Moreira e Reis chegaram até a pensar em ir à Bolsa, abrindo o capital da A Geradora. Mas precisavam, antes, preparar a empresa. “Tínhamos de ajustar a gestão e montar uma estrutura de governança”, diz. Assim, optaram por uma etapa prévia, recebendo um sócio estratégico. Abriram as portas para um private equity, que desde o ano passado está na empresa, com a aquisição de 22% das ações. Moreira e Reis ficaram, cada um, com 33,84% do capital social. E os 10,32% restantes foram distribuídos aos responsáveis pelas filiais, transformando-os em sócios.

Nessa nova estrutura, Reis, hoje com 77 anos, passou a ser o presidente do Conselho de Administração, que foi recentemente criado. Moreira, aos 56 anos, foi nomeado diretor-presidente. Pretendem, no próximo ano, inaugurar uma nova matriz em Salvador, num espaço maior que o atual, além de fortalecer a presença no Sul do país, com a abertura de filiais. Também cogitam a internacionalização, com unidades no exterior a partir de 2013, provavelmente na América do Sul e na África.


“Para ser empreendedor, paga-se um preço alto”, afirma Moreira. “É preciso perseverança e estar convencido de que é uma causa justa, pois terá de se dedicar totalmente a ela”. Mas logo emenda que “as oportunidades passam apenas uma vez na vida da gente, e é preciso aproveitá-las”.


Fonte: IG

QUEIXAS SOBRE ATRASO NA ENTREGA DE IMÓVEIS CRESCEM 23%

Alta foi apurada pela Associação de Mutuários de São Paulo de janeiro a maio desse ano

SÃO PAULO - As queixas por atraso na entrega de imóveis na cidade de São Paulo e região somaram 762 de janeiro a maio, um aumento de 23% perante igual período de 2011, segundo dados da Associação de Mutuários de São Paulo e Adjacências (Amspa). Atendemos contratos de R$ 300 mil até mais de R$ 1 milhão, afirma o presidente da Amspa, Marco Aurélio Brito. Na cidade de São Paulo, ele conta, os problemas mais frequentes estão localizados nas regiões leste e sul.

Jackeline Adiodato e Renato Marins, moradores da zona leste da capital, aguardam a entrega de um apartamento de R$ 97 mil do empreendimento Único, em Guarulhos. O imóvel, comprado da construtora Cury, deveria ter sido entregue em maio, já considerada a tolerância de 180 dias além da data de conclusão prometida. Segundo eles, o imóvel já tem Habite-se, mas por enquanto não há sinalização da construtora de quando as chaves serão entregues.


A solução provisória do casal é morar com a avó de Renato. Casados desde novembro do ano passado, eles tiveram de improvisar e guardam os presentes encaixotados enquanto o novo lar não fica pronto. A empresa não dá nenhuma informação. Nós estamos morando de favor, conta Jackeline.


O mesmo empreendimento, relatam compradores, teria impedido a formação de uma comissão de moradores para fiscalizar o andamento das obras - o procedimento é garantido por lei. Todos os empreendimentos que tiveram a comissão fiscalizadora não apresentaram problema com o cronograma da obra ou com o tipos de materiais aplicados. É o material descritivo que foi prometido contra o está chegando na obra, diz Brito, da Amspa. Isso é positivo para todo mundo, não há motivo para proibir", afirma Carlos Del Mar, advogado do conselho jurídico do Secovi-SP.


Procurada, a Cury disse que nenhuma comissão devidamente regulada foi apresentada à empresa. A construtora admite que o prazo de entrega de algumas unidades do empreendimento estourou seis meses. Diz ainda que já entregou 65% dos apartamentos das Fases I e II do empreendimento e que terminará o processo em 30 dias. A fase III, afirma, respeitará a folga estipulada de 180 dias. Sobre a última fase, disse que os moradores terão as chaves após a lavração do Habite-se. Ao todo, o Único Guarulhos tem 2.380 mil unidades, com preço médio de R$ 130 mil.


Prejuízo


O empresário Marcus Tadeu também vive o problema de atraso na entrega do imóvel. Ele comprou um apartamento da construtora PDG hoje avaliado em R$ 711,8 mil na Vila Leopoldina, que deveria ter sido entregue em maio do ano passado ou, se usada a tolerância de 180 dias, em novembro. Após sucessivos atrasos, o imóvel ainda não tem entrada para automóveis. Passo todos os dias em frente, é o caminho para casa, e vejo que a obra não está andando, afirma.


Tadeu vendeu seu antigo apartamento esperando que a nova aquisição fosse entregue a tempo. Agora, ele precisa arcar com um aluguel de R$ 2,2 mil enquanto a moradia não fica pronta. Sua empresa de informática, localizada no mesmo bairro, virou uma espécie de depósito da mobília do novo apartamento. Lá, ele guarda itens como uma TV e um fogão.


O empresário ainda suspeita que teve seu telefone e e-mail vazados pela construtora. Desde que fechou o contrato, conta, foram inúmeras ofertas de produtos relacionados ao lar, como de empresas de móveis planejados. Há dois meses, uma dessas propagandas trazia todos os e-mails dos compradores visíveis no corpo da mensagem. A partir daí, ele entrou em contato com consumidores em situação semelhante à sua e, agora, organizam reuniões para tentar encontrar orientações comuns aos prejudicados.


O ponto em comum de reclamação dos consumidores é que falta diálogo das empresas sobre o estado das obras. Não raro, eles contam, os prazos não são informados "porque o engenheiro da obra não disse". É preciso deixar os prazos mais claros na cabeça do comprador, afirma Del Mar.


A PDG informa, em nota, que entregará os apartamentos do Vila Leopoldina I a partir desse mês. A construtora ainda acrescenta que não fornece dados dos clientes para terceiros.


Tolerância para a entrega


Prever, em contrato, uma tolerância de 180 dias para a entrega dos imóveis é uma prática no mercado imobiliário. É usada há séculos pelo setor, para se prevenir de imprevistos comuns num processo de produção de longo prazo, diz o advogado do conselho jurídico do Secovi -SP. O boom do setor nos últimos anos, contudo, fez que esse recurso virasse o padrão da indústria de construção civil. Del Mar reconhece que as construtoras alongaram seus prazos com o aumento da demanda, mas relativiza o problema. Houve falta de mão de obra e de material. Todo bem de produção de longo prazo está sujeito a atrasos.


Marcelo Tapai, advogado especialista em direito imobiliário, explica que, durante a construção de um imóvel, a construtora recebe de 30% a 40% do valor total dos apartamentos. De alguma forma ela tem de refinanciar os 70% restantes, ou elas vão fazer o financiamento do restante da obra no mercado financeiro. Se ela estiver com muita obra em andamento, vai precisar de mais dinheiro. Com o salto na demanda, a hipótese é que os atrasos possam ter travado o fluxo de caixa das empresas.


Fonte: O Estado de S.Paulo

CONSTRUÇÃO CIVIL MANTÉM RITMO, MAS REFAZ AS CONTAS DIANTE DA INFLAÇÃO

Custo de obra aumentou 6% no primeiro semestre, aponta levantamento. Além de matériais, mão de obra ajudou a puxar esse reajuste.

Custo de obra aumentou 6% no primeiro semestre, aponta levantamento. Além de matériais, mão de obra ajudou a puxar esse reajuste.
Ficou mais caro construir, aponta um levantamento do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de São Paulo, que calculou o acumulado dos seis primeiros meses deste ano. O resultado apontou que o custo de uma obra ficou 6% mais alto, reajuste puxado pela variação do petróleo e do dólar.

Enquanto o concreto manteve o preço estável, outros produtos subiram bem mais que a inflação, que ficou em 3,2% no primeiro semestre. O aço usado nas estruturas das construções aumentou 8,5%.


Um outro fator que também interfere diretamente nas construções e ajudou a puxar esse aumento foi a mão de obra. Depois dos acordos coletivos, os salários este ano ficaram 8% maiores. Bom para quem recebe, mas pesado para quem paga, já que os reajustes nem sempre batem com as previsões iniciais da construção.


“Às vezes, tem algumas surpresas no caminho. Então tem que refazer uma programação em função de alguns aumentos surpresas, mas isso é comum na construção civil”, diz Marcelo do Rego, coordenador de obra.


O presidente da Associação de Corretores de Imóveis de Rio Claro (SP), Vail Antônio Schio, não espera uma crise para o setor no segundo semestre. “Vai aumentar o preço do imóvel, mas vai continuar vendendo e terá uma procura normal”, analisa.


Já o economista Léo Carrilli acredita em desaquecimento e redução nos lucros. “O resultado que eles tinham no curto prazo vai demorar entre um e três anos para poder realizar o mesmo percentual de lucro que eles tiveram no passado”, avalia.



Fonte: G1

segunda-feira, 30 de julho de 2012

SETOR DE FERRAMENTAS REVELA OTIMISMO COM SEGUNDO SEMESTRE

Para alguns, porém, esse aumento não bastará para recuperar a queda sofrida nos primeiros seis meses de 2012.


O setor de ferramentas de corte ficou abaixo de suas expectativas no primeiro semestre de 2012, na comparação com o mesmo período do ano passado. Fatores como a queda na produção do setor automotivo, em especial no segmento de caminhões e ônibus, e a oscilação do câmbio são apontados como os responsáveis pela diminuição no volume de negócios. No entanto, as empresas demonstram otimismo e esperam melhora no volume de negócios no segundo semestre.

Para a maioria das empresas ouvidas pelo site Usinagem-Brasil na semana passada, a expectativa é de crescimento nesse período, ainda que não nas taxas previstas no início do ano. Para alguns, porém, esse aumento não bastará para recuperar a queda sofrida nos primeiros seis meses de 2012.


Para Cláudio Camacho, diretor da Sandvik Coromant, existe no mercado uma expectativa de melhora a partir de agora na medida em que as principais causas do desaquecimento do primeiro semestre foram ou estão sendo equacionadas (as dificuldades de crédito e financiamento, os problemas com a entrada em vigência da Euro 5 para ônibus e caminhões, incluindo a falta de combustível adequados para os novos motores e o consequente aumento dos estoques). A esses fatores deve se somar ainda os novos incentivos (redução de impostos) à cadeia automotiva. “Ou seja, espera-se uma melhora, mas ninguém é capaz de arriscar um índice, até porque até aqui o aumento das vendas de veículos ainda não refletiu na cadeia automotiva”, observa Camacho.


Eduardo Ribeiro, presidente da Iscar do Brasil, revela que a filial brasileira registrou queda de 12% no primeiro semestre, como reflexo da redução da atividade no setor automotivo. “Acredito numa pequena melhora no segundo semestre, devido à retomada no setor de caminhões e linha pesada em geral e também devido a outros mercados que começam a dar sinais de reação, como é o caso do setor de óleo e gás, que tende a ficar nesse semestre”, observa.


“No que se refere ao consumo de ferramentas de corte, o segundo semestre deve ser melhor que o primeiro, até porque estão baixando os estoques de automóveis e caminhões e a indústria deve repor os níveis”, avalia Fernando Pereira, diretor-presidente da Seco Tools no Brasil, lembrando a importância desse setor para o faturamento da indústria de ferramentas. Em sua opinião, porém, esse aumento “não será o suficiente para recuperar as perdas do primeiro semestre e, no total, o movimento em 2012 deve ficar abaixo do verificado em 2011”.


Hélio Galheta, presidente da TaeguTec do Brasil, demonstra mais otimismo. Embora a filial brasileira tenha registrado declínio de 8% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2011, o executivo acredita num bom desempenho nos próximos seis meses. “Iremos recuperar a queda do primeiro semestre e crescer 10% em 2012 comparado com 2011”, afirma.


Salvador Fogliano, novo diretor da Walter do Brasil, considera que o setor foi impactado negativamente no primeiro semestre, em virtude da baixa na indústria automotiva. “Mas para a Walter o impacto não foi tão significativo, pois em virtude do nosso portfólio de produtos, estamos presentes em vários outros segmentos de mercado, como o de geração de energia e indústria médica, por exemplo”. Fogliano também considera que haverá uma retomada do consumo de ferramentas na indústria automotiva no segundo semestre. “Porém, entendemos que isso deve ocorrer apenas no último trimestre de 2012."


Já a Komet do Brasil, que passou por profunda reestruturação em 2011, vive quadro diferente. A filial brasileira fechou o primeiro semestre com alta de 18% sobre o mesmo período do ano passado. O que não quer dizer que a empresa não tenha sofrido efeitos da conjuntura. “Ficamos abaixo do nosso budget, que era bastante agressivo”, informa José Luiz Marcandalli, gerente-geral da Komet do Brasil.


Para este segundo semestre, Marcandalli acredita na reação, não da indústria como um todo, mas de alguns setores industriais, particularmente os de caminhões e da indústria pesada (tratores). Avalia também que muitas empresas, no período de baixa, optaram por consumir seus estoques de ferramentas e agora irão precisar repor esses estoques. “Muito provavelmente não vamos fechar 2012 com o crescimento projetado de 32%, mas vamos crescer algo em torno de 23%”, avalia.



Fonte: Usinagem-Brasil

GOVERNO VAI ANUNCIAR DESONERAÇÃO PARA MAIS SETORES, DIZ MINISTRO DO TRABALHO

Medida usada para enfrentar a desaceleração da economia e aumentar a competitividade da indústria nacional.


O governo federal faz os últimos ajustes para anunciar em breve os novos setores que devem ser beneficiados com a desoneração da folha de pagamento, medida usada para enfrentar a desaceleração da economia e aumentar a competitividade da indústria nacional.

Nas duas útimas semanas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já confirmou que mais setores serão beneficiados.


“Falta definir o percentual da alíquota que será deslocado da folha de pagamento para o faturamento [das empresas] e saber o quanto será a parte que o governo poderá subsidiar”, disse o ministro do Trabalho, Brizola Neto, ao participar, em São Paulo, de almoço em apoio à candidatura de Paulo Pereira da Silva (PDT) à Prefeitura de São Paulo.


Anunciado em abril, o primeiro pacote de estímulos da desoneração da folha de pagamento eliminou a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamento em troca da cobrança de taxa de 1% a 2,5% sobre faturamento para 15 setores. A desoneração beneficia empresas de setores como têxtil, moveleiro, autopeças, bens de capital e plásticos.


“As medidas já anunciadas, como a redução de juros, a desoneração da folha e a redução do IPI para setores como linha branca e automotivo são medidas fortes, de impacto”, disse o ministro. “Os setores desonerados, com exceção do setor automotivo, que ainda tem estoques elevados, já apresentaram forte reação. As medidas ajudaram a amenizar a queda na produção industrial”.


O impacto no mercado de trabalho deve ocorrer em breve, segundo diz. “Assim que surgirem os resultados no setor automotivo, que tem peso maior na economia nacional, o mercado de trabalho deve reagir e teremos expansão na criação de emprego.”


Em maio, o país registrou a criação de 139.679 vagas, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Em relação ao mesmo mês de 2011, houve queda de 44,5% na quantidade de novas vagas abertas.


Sobre a demanda de vários setores, de prorrogar até o final do ano a redução do IPI, Brizola Neto disse que é preciso avaliar caso a caso. “A desoneração é um caminho que o governo tem apostado para buscar soluções de curto prazo para enfrentar a crise. É uma política que retira o custo da produção mas também tem foco no desenvolvimento sustentável do Brasil.”



Fonte: Folha Online

ÍNDICE NACIONAL DA CONSTRUÇÃO CIVIL RECUA EM JUNHO

O custo nacional da construção por metro quadrado, que em maio fechara em R$ 830,28, em junho foi de R$ 836,06.

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em convênio com a CAIXA, apresentou variação de 0,70% em junho, ficando 0,04 ponto percentual acima da taxa de maio (0,66%) e 0,10 ponto percentual a mais que a taxa de junho de 2011 (0,60%). Considerando os seis primeiros meses do ano, a alta foi de 3,26%, contra 3,82% de igual período de 2011. O resultado dos últimos doze meses situou-se em 5,08%, acima dos 4,98% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

O custo nacional da construção por metro quadrado, que em maio fechara em R$ 830,28, em junho foi de R$ 836,06, sendo R$ 447,28 relativos aos materiais e R$ 388,78 à mão de obra.

Neste contexto, a parcela da mão de obra apresentou variação de 1,32%, ficando 0,04 ponto percentual do mês anterior (1,36%), enquanto os materiais, com 0,16%, em junho, registraram alta de 0,09 ponto percentual em relação a maio (0,07%). Os acumulados em doze meses foram: 9,57% (mão de obra) e 1,47% (materiais).


Em relação às regiões, a região Sul, com alta de 1,80%, ficou com a maior taxa regional em junho deste ano. Os demais resultados foram: 1,49% (Centro-Oeste); 0,68% (Nordeste); 0,28% (Sudeste) e 0,28% (Norte). O Sul também apresentou a maior variação (7,01%) nos últimos 12 meses. Em relação aos acumulados, entretanto, a maior taxa foi a do Sudeste (4,14%).


Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 877,81 (Sudeste); R$ 838,56 (Norte); R$ 833,09 (Sul); R$ 832,17 (Centro-Oeste) e R$ 787,30 (Nordeste).


Em contrapartida, devido à pressão exercida pelo reajuste salarial decorrente de acordo coletivo, Santa Catarina registrou a maior taxa mensal, 6,04%.



Fonte: Jornal do Brasil

sexta-feira, 27 de julho de 2012

CUSTO DA CONSTRUÇÃO TEM ALTA DE 3,2% NO SEMESTRE

No ano, o índice acumula alta de 3,26%, contra 3,82% no mesmo período do ano passado.

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) acelererou a alta para 0,70% em junho, depois de registrar avanço de 0,66% no mês anterior, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho de 2011, taxa ficou em 0,60%. No ano, o índice acumula alta de 3,26%, contra 3,82% no mesmo período do ano passado. Em 12 meses, a taxa sobe 5,08%, pouco acima dos 4,98% dos 12 meses anteriores.

De acordo com o balanço, o custo nacional da construção por metro quadrado passou de R$ 830,28 em maio para R$ 836,06 em junho. A parcela da mão de obra variou 1,32%, depois de subir 1,36% em maio, enquanto os materiais, com 0,16%, em junho, registraram alta de 0,09 ponto percentual em relação a maio (0,07%). Os acumulados em doze meses foram: 9,57% (mão de obra) e 1,47% (materiais). Na divisão por região, destaque para a Região Sul, que viu alta de 1,80%, maior taxa regional em junho. Os demais resultados foram: 1,49% (Centro-oeste); 0,68% (Nordeste); 0,28% (Sudeste) e 0,28% (Norte). O Sul também apresentou a maior variação (7,01%) nos últimos 12 meses. Em relação aos acumulados, a maior taxa foi a da Região Sudeste (4,14%). Os custos regionais por metro quadrado foram: R$ 877,81 (Sudeste); R$ 838,56 (Norte); R$ 833,09 (Sul); R$ 832,17 (Centro-oeste) e R$ 787,30 (Nordeste).


Fonte: DCI

GOVERNO PREPARA CORTES EM INCENTIVOS PARA IMPORTAÇÃO

O governo está preocupado com o comportamento das importações, mas essa não é a justificativa para o aumento no período de análise dos pedidos.

O governo federal está mais rigoroso na inclusão de novos produtos na lista dos ex-tarifários e revisando benefícios já concedidos. A ideia é que pelo menos quatro setores, cujo desenvolvimento de produção nacional foi considerado prioritário pelo Executivo, deixem de ser atendidos com a redução para 2% do Imposto de Importação (II) na compra de produtos não fabricados no país.

Por enquanto, a previsão é de que sejam retirados da lista os reatores para refinaria de petróleo, turbinas para geração de energia, locomotivas de alta potência e linhas de produção da indústria automobilística. No caso dos reatores para refinaria de petróleo, o benefício não será renovado. Os outros, no entanto, deverão ser excluídos gradualmente, conforme o desenvolvimento de produção nacional.

"Não estamos falando de protecionismo, de fechar nossa economia, de barrar as importações. Estamos falando de dar uma condição isonômica, ou de não favorecer um produto importado, quando ele existe no Brasil", afirmou ao Valor a secretária de Desenvolvimento de Produção do Ministério do Desenvolvimento, Heloísa Menezes.


O regime de ex-tarifário é um mecanismo de estímulo aos investimentos produtivos no país por meio da redução temporária do Imposto de Importação de bens de capital, informática e telecomunicação que não são produzidos no Brasil. Nesse caso, a alíquota de importação é de 2% e com prazo de validade de até dois anos.


No primeiro semestre, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) incluiu 1.248 máquinas e equipamentos importados na lista dos ex-tarifários, o que deve alavancar investimentos de mais de US$ 15 bilhões na indústria, segundo previsão feita pelas empresas. No mesmo período de 2011, foram atendidos 1.263 pedidos da indústria, sendo que a estimativa de investimentos era de US$ 13,95 bilhões.


No ano passado, as importações de máquinas e equipamentos no regime de ex-tarifário somaram US$ 5,6 bilhões, viabilizando investimentos da ordem de US$ 41 bilhões. Em 2010, essas compras totalizaram US$ 4,1 bilhões, alavancando aplicações de US$ 27,1 bilhões da indústria.


A secretária de Desenvolvimento de Produção disse que neste ano foram feitas algumas mudanças na forma de avaliar os pedidos da indústria para importar, com redução tarifária, máquinas e equipamentos que não sejam fabricados no Brasil. Uma das alterações foi a inclusão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na análise do pedido.


Na avaliação de empresários, a demora na análise dos ex-tarifários, assim como a operação Maré Vermelha da Receita Federal e uso de licenças não automáticas, teria como objetivo indireto travar a entrada de produtos estrangeiros no país.


A secretária admitiu que o governo está preocupado com o comportamento das importações, mas essa não é a justificativa para o aumento no período de análise dos pedidos. No primeiro semestre, o saldo comercial teve uma redução de 45,4%, reflexo de uma queda das exportações e aumento das importações em relação ao mesmo período do ano passado.


Com a inclusão 569 itens na lista de ex-tarifários na semana passada, o ritmo de concessões está semelhante ao do mesmo período de 2011. "Toda mudança requer um período de ajuste. Com a entrada do BNDES foi incorporada nova fonte de análise. Isso afetou, num primeiro momento, o processo e o tempo de avaliação. Mas agora já houve ajuste nos prazos. Há dois meses estávamos com estoque elevado", afirmou. "Estamos sendo cuidadosos na avaliação da existência ou não de produção no Brasil", disse Heloísa.


Ela destacou que não está sendo mais liberada a redução de tributos para a compra de sistemas integrados. "Aqui tem mais rigor. Não concedemos mais ex-tarifários para sistema integrado para permitir uma avaliação mais justa para o produtor nacional", disse.



Fonte: Valor

PDG FAZ NOVO CORTE NA META DE LANÇAMENTOS PARA 2012

A companhia revisou a projeção para R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões, ante a estimativa anterior que ia de R$ 8 bilhões a R$ 9 bilhões.

A PDG Realty, maior incorporadora do país, anunciou novo corte na meta de lançamentos imobiliários da empresa para 2012. A companhia revisou a projeção para R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões, ante a estimativa anterior que ia de R$ 8 bilhões a R$ 9 bilhões. O ponto médio do Valor Geral de Vendas (VGV) a ser lançado foi reduzido em 47%.

No segundo trimestre, a PDG lançou R$ 404 milhões, 80,3% a menos do que no mesmo período do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre, os lançamentos encolheram 63,8%. No acumulado do semestre, a redução foi de 60,1%, para R$ 1,52 bilhão, em relação aos primeiros seis meses de 2011.

Segundo a PDG, a redução dos lançamentos e da projeção de VGV para o ano resultam da decisão da companhia de focar as atenções em vendas, na entrega de unidades e na reestruturação interna, que abrange a unificação de operações das empresas adquiridas nos últimos anos. Trimestre a trimestre, tem sido possível reduzir a média de atrasos das obras, de acordo com a PDG.


Mais que lançar produtos, a companhia optou por vender estoques (a maior parte referente a imóveis não concluídos). Do R$ 1,24 bilhão comercializado no segundo trimestre, R$ 1,14 bilhão se refere a venda de imóveis lançados nos trimestres anteriores e R$ 99 milhões, a lançamentos realizados no período.


As vendas do trimestre encolheram 32% ante o intervalo equivalente de 2011 e 30,8% em comparação aos três primeiros meses de 2012. Conforme a companhia, a redução resulta da queda da venda de lançamentos. No semestre, a comercialização diminuiu 14%, para R$ 3,03 bilhões. A PDG ressalta que, no semestre, a redução de vendas ficou muito abaixo da diminuição de 60% em lançamentos do período.


A velocidade de vendas do segundo trimestre medida pelo indicador vendas sobre oferta (VSO) foi de 23%, ante 29% no mesmo período do ano passado e de 27% no primeiro trimestre de 2012. Indicadores de VSO a partir de 20% são considerados positivos pela companhia.


A PDG está mais conservadora também em relação à expectativa de demanda no segundo semestre, em função do menor crescimento da economia. Há perspectiva também que as proximidades das eleições possa contribuir para que as aprovações de projetos fiquem mais lentas na segunda metade do ano.



Fonte: Valor

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