Pouco mais de um ano após a revisão e publicação da nova NR 12 –
Proteção de Máquinas e Equipamentos, a maioria das empresas de pequeno e médio
porte ainda enfrenta inúmeras dificuldades para se adequar às novas exigências.
O principal argumento é que, embora as máquinas mais modernas possam ser
adequadas aos vários quesitos de proteção, ainda faltam recursos para sua
aquisição devido ao custo dos itens de segurança acoplados às máquinas.
Com mais de 50% dos clientes representados por pequenas e médias
empresas, a Hidral Mac, fabricante de prensas hidráulicas, por exemplo,
encontra obstáculos para difundir a ideia de máquina segura. “A maior
dificuldade para o pessoal aderir aos quesitos de segurança de uma prensa
hidráulica é mesmo o custo. Temos uma prensa de 20 mil reais, que chegamos a
gastar mais 10 mil para inserirmos todos os itens de segurança. Isso
desestimula a compra. Para contornar o problema, praticamos apenas o preço de
custo que temos com nosso fornecedor de itens de segurança. Só repassamos ao
cliente o valor dos impostos”, garante o gerente comercial da empresa,
engenheiro Marcelo Nevoa.
Além desta estratégia, a Hidral Mac incentiva a aquisição de máquinas
a juros menores e prazos maiores, por meio do PSI (Programa de Sustentação do
Investimento) – promovido pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), para
financiar máquinas e equipamentos. “Se você tem hoje uma máquina 100% segura,
que custa 70 mil reais pode financiá-la e pagá-la em 20 anos, e a diferença que
vai dar por mês na receita da empresa será pequena. Mas o risco que se corre
sem os equipamentos sem proteção é grande, ameaça a saúde dos funcionários e da
própria empresa”, reforça Nevoa.
Programa
Em abril, o Governo Federal aprovou a prorrogação do PSI até dezembro
de 2013, além de reduzir taxas, em especial para micro, pequenas e médias
empresas. Os juros, que antes eram de 6,5% ao ano, caíram para 5,5%. O objetivo
é estimular investimentos. Segundo assessoria do BNDES, as medidas aguardam
apenas a oficialização (publicação no Diário Oficial da União) para entrar em
vigor.
A Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e
Equipamentos), diz que o anúncio das novas medidas foi muito favorável para o
setor, visto que os principais fatores de perda de competitividade da indústria
são câmbio, juros e tributos.
“Temos utilizado o financiamento PSI do BNDES para compra de máquinas
operatrizes. Os juros e prazos oferecidos, em termos de Brasil, são bem
convidativos, embora menos favoráveis que os correspondentes na Europa e nos
Estados Unidos, cujos juros e impostos sobre bens de capital são geralmente
zerados. De qualquer forma, é mais um instrumento para substituirmos
equipamentos obsoletos, menos produtivos e seguros, por máquinas mais modernas
que incorporam conceitos de segurança e produtividade”, afirma Agenor De
Lorenzi Cancelier, da Eclética Agrícola, especializada em mecanização da
cafeicultura.
Neste caso a empresa utilizou o Programa BNDES Finame de Modernização
de Máquinas e Equipamentos, destinado à reconstrução e/ou recuperação da
máquina mediante a incorporação de novas tecnologias ou ainda para adequação do
maquinário aos requisitos de segurança da ABNT. Este financiamento que foi
prorrogado até março de 2014 pode ser utilizado por empresas proprietária que
deseja modernizar seus equipamentos ou por empresa contratada para executar
serviços de modernização do maquinário. (Revista Proteção)
Fonte: Sicetel
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