No que toca às causas que vêm provocando os atrasos
em obras públicas, as empresas apontam principalmente as dificuldades no
licenciamento, seguidas de problemas na liberação de verbas e na licitação.
O Brasil
precisa vencer sua incapacidade política de alavancar, na velocidade
necessária, os projetos de investimento para que as previsões de crescimento do
setor de equipamentos se confirmem, de acordo com análise feita pelo jornalista
econômico britânico e consultor da Sobratema, Brian Nicholson, a respeito do
estudo da entidade (Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção),
realizado sob sua coordenação. A apresentação ocorreu no terceiro e último dia
do Construction Congresso.
Em vista
do panorama nacional que se apresenta para 2013, a linha amarela deverá ter um
crescimento de 13%, principalmente em relação a escavadeiras, motoniveladoras e
rolos compressores. Já até 2017, a prospecção indica que o crescimento anual
deva ser de cerca de 10%.
Entretanto,
mesmo não existindo falta aparente de projetos (já que o déficit de obras para
infraestrutura é grande) nem de recursos para investimentos, alguns possíveis
fatores internos podem limitar o crescimento esperado para o mercado brasileiro
de equipamentos, além da mencionada incapacidade de tocar e gerenciar obras:
subinvestimento continuado na infraestrutura; crescimento econômico baixo; e
gargalos, como a falta de mão de obra especializada. De fora do Brasil,
ocorrências negativas também podem comprometer o desempenho nacional, como a
queda na demanda global para commodities e o clima geral de insegurança
internacional.
Entre as
ações governamentais esperadas, e necessárias, Brian Nicholson aponta o anúncio
de um investimento superior a R$ 470 bilhões no programa de construção e
melhoria de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, sistemas de óleo e gás e
geração e transmissão de energia. Mas, o analista alerta para o fato de que
tudo isso pode estar sendo comprometido com as notícias de atrasos nas ações
governamentais, como vem ocorrendo, por exemplo, no caso das concessões em
geral.
O estudo
da Sobratema, realizado em maio de 2013, abrange 39 empresas (21 construtoras e
18 locadoras), em todo o território nacional, representando uma frota total de
15,5 mil máquinas.
Grande
porcentagem do segmento de compradores de equipamentos de construção
consultados vê com ceticismo o impacto das concessões, ainda em 2013, tanto
sobre as empresas propriamente ditas como sobre o setor da construção, de
acordo com a pesquisa. As fichas de expectativas promissoras estão sendo
apostadas maciçamente em 2014.
Entre as
construtoras, somente 19% acreditam que o ano de 2013 está perdendo para 2012.
Já 44% das locadoras se julgam mais prejudicadas neste ano do que no período
anterior. No geral, são as empresas menores (com frota de até 323 equipamentos)
que julgam que seu desempenho em 2013 está sendo pior em relação às suas
expectativas iniciais.
No que
toca às causas que vêm provocando os atrasos em obras públicas, as empresas
apontam principalmente as dificuldades no licenciamento, seguidas de problemas
na liberação de verbas e na licitação.
Questionadas
sobre a contratação de serviços para obras (estádio, mobilidade urbana,
aeroportos, etc.) relacionadas com os grandes eventos esportivos que se
realizarão no Brasil (Copa 2014 e Olimpíada 2016), a maioria das empresas (47%)
afirma que os efeitos ainda são poucos. Só as grandes organizações, que detêm
as maiores frotas de equipamentos, dizem ter conseguido muitos contratos
decorrentes dessas obras.
Comparada
com a expectativa do setor no início de 2013, a demanda para equipamento de
construção, até agora, tem sido menor que a esperada, marcantemente para as
pequenas empresas (com frota média de 239 máquinas), e maior, para as grandes
(frota de mais de 640 equipamentos).
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que toca às causas que vêm provocando os atrasos em obras públicas, as
empresas apontam principalmente as dificuldades no licenciamento,
seguidas de problemas na liberação de verbas e na licitação. - See more
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