Dos 33 setores industriais analisados pela Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp) para coletar o nível de penetração dos produtos
importados no consumo aparente doméstico, 22 registraram alta no índice no
primeiro trimestre do ano, em relação ao mesmo período de 2011.
Com isso, as importações representaram 22,6% do consumo industrial
total, participação um ponto percentual maior do que nos três primeiros meses
do ano passado.
As maiores altas no coeficiente de importação foram registradas nos
setores de tratores, máquinas e equipamentos para a agricultura (8,4 p.p);
máquinas e equipamentos para a extração mineral e construção (6,7 p.p.); e
artigos do vestuário e acessórios (6 p.p.). Com isso, a participação das
compras no exterior desses três setores ficou em 45,7%, 46,2% e 18%,
respectivamente.
As quedas mais expressivas no primeiro trimestre do ano aconteceram nos
setores de preparação de couro e artefatos de couro (9,6 p.p.); equipamentos de
instrumentação médico-hospitalares (6,9 p.p.); e material eletrônico e
aparelhos de comunicação (3,6 p.p.). Nessas áreas, o coeficiente de importação
ficou, respectivamente, em 21,1%, 53,8% e 48,5%.
Cai diferença em calçados
Enquanto as exportações representaram 16,8% do total produzido pela
indústria calçadista no ano passado, a participação das importações no consumo
aparente do setor, no mesmo período, chegou a 6,7%, segundo a pesquisa da
Fiesp. A distância entre as duas variáveis é a menor desde 2003, quando a
federação começou a realizar a medição.
Naquele ano, o coeficiente de exportação da indústria calçadista era
de 34% da produção total da indústria. As importações, por sua vez, ficaram em
1,4% do consumo do mercado doméstico. A penetração dos produtos estrangeiros
somente foi maior do que o registrado no ano passado em 2008, quando
representaram 6,9% do total. As exportações, no período, ficaram em 23,7%.
Fonte: Valor
Nenhum comentário:
Postar um comentário