Nos últimos meses o governo lançou várias medidas com o intuito de estimular a economia. Desoneração da folha de pagamentos, redução da tarifa de energia, extensão do prazo de financiamento do Finame-PSI, redução dos juros... O site Usinagem-Brasil foi ouvir empresas do setor de ferramentas - que vêm enfrentando sensível queda no volume de negócios em 2012 - para saber os reflexos que essas medidas podem trazer para a melhoria dos negócios.
A
maioria das empresas vê as novas medidas com otimismo, na medida em que
sinalizam que o governo está no caminho certo ao cortar custos do setor
industrial. “Um dos grandes problemas do País é a falta de
competitividade. Assim, tudo o que for feito no sentido de desonerar a
produção é bem-vindo”, comenta Cláudio Camacho, presidente da Sandvik
Coromant para as Américas do Sul e Central.
Na
avaliação de Fernando Pereira, diretor-presidente da Seco Tools Brasil,
as medidas são positivas e trarão benefícios para a indústria em geral.
Mas não no curto prazo. Em sua opinião, poucos reflexos devem ser
observados ainda neste exercício, no qual o setor de ferramentas de
corte deve fechar com queda em torno de 20%.
“Os
consumidores de ferramentas de corte reagiram positivamente às medidas
governamentais e já é possível sentir uma melhora no faturamento”,
afirma Hélio Galheta, presidente da TaeguTec do Brasil. Para ele, as
novas medidas irão contribuir para que se tenha um bom quarto trimestre,
o que no entanto não deve evitar uma queda do setor como um todo em
torno de 15% em 2012.
Eduardo
Gebra, gerente Técnico da Mitsubishi Materials, lembra que boa parte
das medidas só entrará em vigor em 2013. No entanto, considera que já
poderão apresentar reflexos positivos no curto prazo. “Acho que no
próximo trimestre já será possível se sentir uma melhora na economia
nacional”.
Embora
a maioria das empresas se mostre confiante de que 2013 será melhor que
2012, o consenso é que esse conjunto de medidas do governo ainda é
insuficiente para tornar a indústria brasileira em igualdade de
condições com seus principais concorrentes internacionais. Para tanto,
seria necessária uma profunda reforma tributária, associada a ações que
se reduzissem o Custo Brasil.
Fonte: Usinagem-Brasil
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