quinta-feira, 4 de outubro de 2012

SETOR DE FERRAMENTAS VÊ MEDIDAS DO GOVERNO COM OTIMISMO

O conjunto de medidas do governo ainda é insuficiente para tornar a indústria brasileira em igualdade de condições com os seus concorrentes.

Nos últimos meses o governo lançou várias medidas com o intuito de estimular a economia. Desoneração da folha de pagamentos, redução da tarifa de energia, extensão do prazo de financiamento do Finame-PSI, redução dos juros... O site Usinagem-Brasil foi ouvir empresas do setor de ferramentas - que vêm enfrentando sensível queda no volume de negócios em 2012 - para saber os reflexos que essas medidas podem trazer para a melhoria dos negócios.
A maioria das empresas vê as novas medidas com otimismo, na medida em que sinalizam que o governo está no caminho certo ao cortar custos do setor industrial. “Um dos grandes problemas do País é a falta de competitividade. Assim, tudo o que for feito no sentido de desonerar a produção é bem-vindo”, comenta Cláudio Camacho, presidente da Sandvik Coromant para as Américas do Sul e Central.

Na avaliação de Fernando Pereira, diretor-presidente da Seco Tools Brasil, as medidas são positivas e trarão benefícios para a indústria em geral. Mas não no curto prazo. Em sua opinião, poucos reflexos devem ser observados ainda neste exercício, no qual o setor de ferramentas de corte deve fechar com queda em torno de 20%.

“Os consumidores de ferramentas de corte reagiram positivamente às medidas governamentais e já é possível sentir uma melhora no faturamento”, afirma Hélio Galheta, presidente da TaeguTec do Brasil. Para ele, as novas medidas irão contribuir para que se tenha um bom quarto trimestre, o que no entanto não deve evitar uma queda do setor como um todo em torno de 15% em 2012.

Eduardo Gebra, gerente Técnico da Mitsubishi Materials, lembra que boa parte das medidas só entrará em vigor em 2013. No entanto, considera que já poderão apresentar reflexos positivos no curto prazo. “Acho que no próximo trimestre já será possível se sentir uma melhora na economia nacional”.

Embora a maioria das empresas se mostre confiante de que 2013 será melhor que 2012, o consenso é que esse conjunto de medidas do governo ainda é insuficiente para tornar a indústria brasileira em igualdade de condições com seus principais concorrentes internacionais. Para tanto, seria necessária uma profunda reforma tributária, associada a ações que se reduzissem o Custo Brasil.


Fonte: Usinagem-Brasil

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