O desempenho do segmento imobiliário deve ser um dos fatores que sustentará o crescimento em 2013.
O desempenho do segmento imobiliário, que passa por um período
de recuperação de vendas, deve ser um dos fatores que sustentará o
crescimento esperado pela indústria da construção para o próximo ano.
Essa foi a avaliação do presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, ao
participar do Business Round Up – Perspectivas para 2013, evento
promovido pela Câmara Americana de Comércio (AmCham) em 9 de outubro.
Watanabe reafirmou ainda que a construção civil continuará a
crescer acima do PIB nacional neste ano e no próximo, embora a economia
ainda apresente sinais de desaceleração. A perspectiva é baseada em
indicadores que são importantes dentro da cadeia produtiva do setor,
como a indústria de materiais. “Vamos crescer perto de 4% em 2012 e
possivelmente o mesmo percentual em 2013, mas é preciso investir em
produtividade.” Para reforçar essa expectativa, os empresários da
construção ainda contam com o investimento de R$ 300 bilhões em
infraestrutura previsto pelo governo para os próximos anos, o que na
avaliação de Watanabe é um ‘alento’ importante.
Embora as perspectivas para o próximo ano ainda sejam incertas,
Watanabe ressaltou que não podemos ignorar todos os investimentos que
serão necessários para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Aliado a isso, o
nível de estoque de emprego no setor, que duplicou o número de
trabalhadores em menos de uma década, é outro forte indicador do
potencial de crescimento da indústria da construção.
Também presente na mesa de debates, Márcio Ribaldo, diretor de
relações institucionais da Associação Brasileira da Indústria de
Máquinas e Equipamentos (Abimaq), defendeu que no momento o ponto que
mais preocupa na sua área é a perda de mercado doméstico para os
importados. “A presidente Dilma tem feito um bom trabalho com relação
aos juros e investimentos, mas precisamos pensar em meios de defender os
produtos nacionais”, afirmou, ao sugerir que é preciso
‘reindustrializar’ o país.
Na avaliação de Armando Guedes Coelho, conselheiro do Instituto
Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), o governo precisa
solucionar a questão de segurança jurídica. “Esse é um ponto fundamental
para atrair investidores. Em 20 anos, a expectativa é de que o Brasil
se transforme no quarto ou o quinto maior produtor de petróleo do
mundo”, acrescentou. Com foco na questão da produtividade, Antônio Gil,
presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da
Informação e Comunicação (Brasscom), afirmou que o país precisa inovar
muito mais. “Estamos em um momento de inflexão que está ligado à
produtividade”, acrescentou.
No campo financeiro, para Rubens Sardenberg, economista-chefe da
Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o grande desafio dos próximos
anos será equacionar como esses investimentos serão financiados. “Mas
existe um consenso de que a economia está no rumo da recuperação”,
pontuou.
O Business Round Up contou ainda com as participações de Fernando
de Castro, presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo
(IDV), e Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das
Empresas Aéreas (Abear).
Fonte: Sinduscon
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