sexta-feira, 5 de outubro de 2012

DEMANDA NO MERCADO IMOBILIÁRIO CONTINUA AQUECIDA, DIZ SINDUSCON

A queda dos juros e a melhoria nas condições de financiamento também favorecem o crescimento.

A demanda por imóveis residenciais continua em alta em todo o país, e na região a tendência é acentuada. De acordo com avaliação do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Sul) a queda dos juros e a melhoria nas condições de financiamento também favorecem o crescimento.


Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Sul Fluminense, Mauro Campos, o panorama do mercado aquecido se deve há alguns fatores.

- Hoje existem vários fatores que beneficiam esse momento vivido pelo mercado imobiliário. Os programas do governo federal, como o Minha Casa Minha Vida, com subsídios que incentivam a política habitacional e estimula o crédito, o aumento do orçamento para estes projetos, as taxas de juros que são menores, dependendo podem chegar a 6%. São condições super benéficas, principalmente em imóveis de R$ 90 a R$ 110 mil - falou, esclarecendo que dessa maneira, quem tem necessidade de comprar uma casa própria encontra um mercado favorável.

Mauro ainda comentou que, apesar do bom momento, é possível que o mercado fique mais moderado em um futuro próximo.

- O Governo Federal, através do programa PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) tem como objetivo construir cerca de duas milhões de habitações, entre apartamentos e casas em todo o país. A previsão é que só no estado do Rio sejam construídas 70 mil novas moradias, então, enquanto houver essa demanda o mercado vai permanecer aquecido, mas tudo tem o seu final - analisou.

- Acredito que cabe aos governos municipais serem ágeis, espertos e inteligentes para rever as verbas e conseguir garantir os investimentos - completou.

Crescimento

O Minha Casa Minha Vida é um programa do governo federal que em geral, acontece em parceria com estados, municípios, empresas e entidades sem fins lucrativos.

De acordo com dados do governo federal, na primeira fase foram construídas mais de um milhão de moradias. Agora, o Programa Minha Casa Minha Vida pretende construir na segunda fase, dois milhões de casas e apartamentos até 2014.

Se a pessoa tem renda bruta de até R$ 5.000,00, o Programa oferece algumas facilidades, como, por exemplo, descontos, subsídios e redução do valor de seguros habitacionais.

Dois bancos hoje oferecem o benefício, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.

Dados do Banco Central

Segundo informações divulgadas pela Agência Brasil, a expansão do crédito imobiliário, embora tenha ocorrido com maior intensidade do que a das demais modalidades, já mostra sinais de moderação.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel informou que em 2010 o crédito imobiliário apresentou expansão de 51%, com redução para 44% em 2011 e para 38,6% no período de 12 meses encerrados em agosto.

- Vem arrefecendo gradualmente, mas ainda acima da média do sistema como um todo - disse.

O saldo total das operações de crédito do sistema financeiro chegou a R$ 2,211 trilhões, em agosto, com crescimento de 17%, em 12 meses.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, a expansão do crédito imobiliário saiu de 4,4% em agosto de 2011 para 5,8% no mês passado.

- É um percentual ainda baixo quando se compara ao de outros países, acima de 70% do PIB - acrescentou Tulio Maciel.

Para ele, não há riscos na expansão do crédito imobiliário no país, como ocorreu com a bolha imobiliária nos Estados Unidos.

- Essa realidade está muito distante da brasileira. Não dá pra fazer nenhum paralelo - tranquilizou.

Fonte: Diário do Vale

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