EMPRESAS TERÃO QUE USAR SPED NA FOLHA DE PAGAMENTO
Conhecer as mudanças antecipadamente evita o pagamento das multas
por conta de inadequações, que podem custar em torno de R$ 5 mil
As empresas devem ficar atentas a nova modalidade do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). A partir do segundo semestre deste ano, haverá o agrupamento da folha de pagamento com as obrigações trabalhistas. Especialistas alertam que o ideal é pesquisar e se preparar o quanto antes, já que é exigido alterações de softwares e de demais procedimentos internos.
Conhecer
as mudanças antecipadamente evita o pagamento das multas por conta de
inadequações, que podem custar em torno de R$ 5 mil.
A
Escrituração Fiscal da Folha de Pagamento e das Obrigações
Previdenciárias, Trabalhistas e Fiscais (EFD-Social) irá funcionar de
modo a agrupar uma série de informações com o intuito de manter o
controle dos vínculos empregatícios.
Segundo
o diretor da Fortes Contabilidade, Francélio Cavalcante, as grandes
empresas devem iniciar com os novos processos. A ideia é que o mesmo
padrão seja instituído a longo prazo nas demais, como forma de unificar
as exigências.
Como funciona
Farão
parte do EFD-Social os eventos trabalhistas - que são informações da
relação jurídica entre empregado e empregador -, folha de pagamento,
ações judiciais trabalhistas, retenções de contribuição previdenciária e
algumas contribuições previdenciárias substituídas - a exemplo das
cooperativas de trabalho e espetáculos desportivos.
"Como
benefício, a empresa vai poder concentrar informações em um só local e
isso pode ajudar nos fins gerenciais se ela souber usar", destaca o
diretor da Fortes Contabilidade.
Para
o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Ceará (CRC-CE),
Cassius Coelho, haverá possibilidade de ter um controle mais
aprofundado, diverso e rápido. Desse modo, há a tendência da redução das
obrigações acessórias.
Dificuldades
Ele
destaca que, com base nos módulos anteriores, foi possível perceber a
dificuldade das empresas em se adequar às mudanças. O sistema, ressalta,
já tem possibilitado maior controle das operações, redução de
sonegação, fraudes e caixa dois. "Acredito que o sistema é uma forma
interessante de ter as empresas melhor organizadas. O pecado é a forma
que ele tem sido implementado, a velocidade. De forma geral, depois de
implantado e melhor adaptadas, as informações que ele gerar são
benéficas", diz Cassius.
Francélio
Cavalcante concorda com Cassius quando se fala sobre a velocidade das
implementações. "As empresas são avisadas com antecedência, mas às vezes
o prazo não é suficiente. Dizer para uma empresa pequena que em seis
meses ela tem que se adaptar com um novo software e contratar pessoal
especializado, é complicado".
Como
as alteração são bastante complexas, a dica dos especialistas é o
envolvimento com as mudanças e investimento em tecnologia. Findadas as
adaptações, eles projetam maior organização e agilidade.
A
EFD-Social atenderá as necessidades da Receita Federal, do Ministério
do Trabalho e Emprego, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), da
Caixa Econômica Federal, do Conselho Curador do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS) e da Justiça do Trabalho.
Fonte: Diário do Nordeste
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