Acompanha cenário econômico brasileiro
A Indústria da Construção já reflete os efeitos da
desaceleração do ritmo de crescimento da economia brasileira. O segmento
vem mostrando desempenho desfavorável nos últimos meses, ainda que
superior ao das indústrias extrativa e de transformação. A atividade
encontra-se desaquecida e com tendência de queda. É o que indica a
Sondagem da Indústria da Construção, que será divulgada nesta
quinta-feira (26) pela CNI, em conjunto com a CBIC.
De acordo com a pesquisa, o indicador do nível de atividade
efetivo em relação ao usual ficou abaixo dos 50 pontos pelo segundo mês
consecutivo, o que aponta desaquecimento. Há doze meses que o indicador
não ultrapassa a linha divisória de 50 pontos e, em junho, atingiu o
pior resultado desde o início da série, em dezembro de 2009. Esse
desempenho tem sido comum a todos os portes de empresas e setores da
construção.
Os três setores (Construção de edifícios, Obras de infraestrutura
e Serviços especializados) mostram atividade fraca e queda na
comparação ao mês anterior. Entre os portes, o resultado é semelhante.
Parte desse desempenho pode ser explicada pela evolução da economia
brasileira. O País não está crescendo como se previa no início do ano, o
que frustra as previsões de investimentos e de novos empreendimentos e
serviços das empresas do segmento. Problemas típicos decorrentes de uma
economia menos dinâmica começam a ser percebidos também por essas
empresas.
O item falta de demanda cresceu entre os principais problemas
enfrentados pelos três setores da construção, passando a representar
mais de 20% das empresas de cada setor. No sentido contrário, o
percentual de assinalações do problema falta de trabalhador qualificado,
que é um problema típico de períodos de mais aquecimento na atividade,
mostrou queda nos três setores.
Em comparação ao mesmo trimestre de 2011, o item foi assinalado
por 22,2% menos empresas de Obras de Infraestrutura, 14,9% de Construção
de edifícios e 9,8% de Serviços especializados. Para o restante do ano,
não há sinais claros de reversão nesse quadro. Apesar de se manterem
acima de 50 pontos, todos os indicadores de expectativa para os próximos
seis meses mostraram queda no otimismo em julho.
O setor menos otimista é o de Obras de infraestrutura, fortemente
afetado pelos desembolsos governamentais, que apresentam execução muito
abaixo do previsto para o ano. A Sondagem destaca ainda que, pela sua
importância no estímulo à economia, na geração de emprego e renda e,
também, pela sua expressiva participação nos investimentos dos pais é
fundamental que a indústria da construção seja observada com atenção.
Fonte: CBIC
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