Estamos em uma guerra comercial, e em guerra temos que tomar medidas emergenciais.
O presidente da Associação Brasileira de Máquinas e
Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, pediu medidas do governo de
intervenção no câmbio enquanto outros dirigentes industriais saíram de
reunião do Fórum Nacional da Indústria reivindicando queda de juros para
financiamento de investimentos, redução do custo da energia elétrica e
incentivos tributários para exportação.
Aubert Neto disse ser necessária uma intervenção da equipe econômica
da presidente Dilma Rousseff contra capital especulativo e citou o
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como uma arma a ser usada para
elevar a desvalorização do real frente ao dólar até um patamar próximo a
R$ 2,50.
A palavra hoje é câmbio, afirmou, após sair do encontro na manhã da
última sexta-feira (20), realizado pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI), para discutir o plano Brasil Maior. O mundo todo mexe
na taxa de câmbio e o Brasil tem que mexer também atacando o capital
especulativo, completou, lembrando ações tomadas pela China e pela Suíça
para intervir na cotação da moeda norte-americana. De acordo com ele,
os produtos importados estão colocando a indústria brasileira no bico do
corvo. O câmbio, disse, é um fator essencial para devolver
competitividade às empresas brasileiras. Estamos em uma guerra
comercial, e em guerra temos que tomar medidas emergenciais.
O presidente da Abimaq citou a redução nas exportações de máquinas e
equipamentos para ilustrar a perda de competitividade da indústria
brasileira. De acordo com ele, 35% do faturamento do setor era exportado
até 2008. Hoje esse porcentual caiu para 22%. Aubert Neto também
afirmou que, de outubro de 2011 a maio desse ano, as empresas filiadas à
Abimaq demitiram cerca de 7 mil pessoas. Para o dirigente, novas
demissões podem ser verificadas no segundo semestre se não houver novas
medidas de estímulo voltadas para o setor.
Fonte: Agência Estado
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