No mesmo patamar do PIB previsto para o País no ano que vem, de
acordo com estimativas divulgadas nesta manhã pelo Sinduscon-SP em
parceira com a FGV.
Após anos de pujança acima dos níveis da economia brasileira, o
PIB do setor da construção civil deve apresentar um crescimento de 3,5% a
4% em 2013, no mesmo patamar do PIB previsto para o País no ano que
vem, de acordo com estimativas divulgadas nesta manhã pelo Sinduscon-SP
em parceira com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). 'Estamos no fim de um
ciclo de entrega de obras e início de outro', justificou Ana Maria
Castelo, coordenadora de estudos da construção da FGV.
A pesquisadora avaliou que o crescimento do setor em 2013 deverá
ser sustentado por uma melhora no ritmo de execução das obras de
infraestrutura, que apresentaram uma evolução abaixo da esperada neste
ano em função da queda dos investimentos do setor público para
infraestrutura e paralisação temporária de serviços no Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). 'Em 2013, os
investimentos em infraestrutura serão fortalecidos. Desta vez, temos
razões mais sólidas para acreditar que isso será verdade', afirmou Ana
Maria, mencionando o destravamento das obras de transportes e a
proximidade da entrega das obras para Copa e Olimpíada.
As estimativas de FGV e Sinduscon-SP apontam que a taxa de
investimentos do País em 2013 alcance 18,8% do PIB, sendo que a parcela
da construção no investimento é prevista para um nível de 42%. Já em
2012, a taxa de investimentos do País deve bater nos 17,5%, com
participação de 45% do setor de construção.
Em relação ao setor imobiliário, que teve uma forte queda no
volume de lançamentos em 2012, há uma expectativa de expansão no ano que
vem.
'Os lançamentos e vendas no mercado imobiliário devem se
fortalecer', disse Ana Maria. Segundo ela, essa retomada deve ser
encabeçada pelas obras de imóveis enquadrados no programa Minha Casa,
Minha Vida, que passou por ajustes recentemente. 'Há pelo menos 1 milhão
de unidades a serem entregues e 1 milhão para serem contratadas.'
O vice-presidente de economia do Sinduscon, Eduardo Zaidan,
acrescentou que acredita em um acúmulo de lançamentos entre o fim de
2012 e primeiro trimestre de 2013, uma vez que muitos projetos foram
adiados devido a dificuldades na obtenção de licenças junto a órgãos
públicos. 'Deve haver um aumento de lançamentos, sim, na cidade de São
Paulo', frisou Zaidan, dizendo-se 'razoavelmente otimista'. Ele também
lembrou que as vendas não caíram tanto quanto os lançamentos na capital
paulista. 'Se (as incorporadoras) venderam, têm que lançar produtos
novos', disse.
O nível de emprego formal no setor da construção civil deve
encerrar 2012 com um crescimento de 5,9% sobre 2011, de acordo com
estimativa divulgada nesta quarta-feira pelo Sinduscon-SP em parceria
com a Fundação Getúlio Vargas. Se confirmada a projeção, o ritmo de
crescimento do emprego no setor vai ficar em nível idêntico aos 5,9%
registrados no ano passado.
De janeiro a outubro, o saldo acumulado de emprego (contratações
menos demissões) no setor acumulava uma alta de 6,57% em relação ao
mesmo período do ano passado. Até outubro, o setor empregava 2,145
milhões de trabalhadores.
O emprego na construção civil cresceu 5,9% em 2011, com
contratação de mais 3,040 milhões de trabalhadores. Em 2010, a expansão
foi de 12,7%, com mais 2,829 milhões.
Fonte: Agência Estado
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