Novo pacote ajudará a elevar em 8% o investimento no país e
garantir o crescimento do PIB, de 4%, no ano que vem, disse o ministro
da Fazenda.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta
quarta-feira (5) a prorrogação das condições especiais do Programa de
Sustentação do Investimento (PSI), linha de crédito que financia a
compra de bens de capitais (máquinas e equipamentos usados na produção) e
investimentos em tecnologia e inovação.
Mantega disse ainda que o PSI terá orçamento de R$ 100 bilhões no
próximo ano. Desse total, R$ 85 bilhões serão recursos próprios do
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e os R$ 15
bilhões restantes virão da liberação de compulsórios não remunerados. O
compulsório é a parcela dos depósitos que os bancos são obrigados a
manter retida no Banco Central.
O ministro confirmou ainda a prorrogação das condições especiais
do PSI no próximo ano. Em vigor desde 2009, o PSI acabará em dezembro de
2013, mas as taxas de juros especiais deixariam de valer no fim do ano.
Os juros corresponderão a 3% ao ano no primeiro semestre e 3,5% ao ano
no segundo semestre para os financiamentos de bens de capital,
equipamentos agrícolas, peças e componentes de fabricação nacional,
ônibus e caminhões.
Para financiamentos de bens de capital do setor de energia e de
capital de giro para projetos de investimentos em municípios atingidos
por desastres naturais, os juros totalizarão 5,5% ao ano. O prazo da
maioria das linhas será 120 meses (dez anos). As exceções são as linhas
para peças e componentes, que terão prazo de 36 meses (três anos) e para
as empresas de energia, cujo pagamento levará até 360 meses (30 anos).
A fixação dos juros do PSI em 3% ao ano no primeiro semestre e
3,5% ao ano no segundo semestre, no entanto, vai significar, em alguns
casos, elevação com relação aos níveis atuais. Os financiamentos de
caminhões, do Finame (linha que financia máquinas e equipamentos) e do
Programa Procaminhoneiro, por exemplo, hoje pagam 2,5% ao ano.
Ao anunciar o pacote, o ministro disse que o objetivo do governo é
fazer o investimento crescer 8% em 2013. “Esse será o nível necessário
para que o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] seja vigoroso no
próximo ano”, disse o ministro. Segundo ele, isso só poderá ser feito
reduzindo o custo dos investimentos para o setor privado.
Redução da TJLP
Os empresários que tomarem financiamentos com recursos do BNDES
pagarão menos pelo dinheiro. Mantega anunciou ainda a redução da Taxa de
Juros de Longo Prazo (TJLP) de 5,5% para 5% ao ano a partir de janeiro,
permanecendo no menor nível da história.
PIB
O ministro da Fazenda manteve hoje a projeção de crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas de um país) em 2%
para 2012. Segundo Mantega, o governo aguarda os indicadores do quarto e
último trimestre do ano para uma eventual alteração na previsão.
'Dependemos do quarto trimestre que está em curso', disse. No início
desta semana, analistas e investidores do mercado financeiro diminuíram
mais uma vez a expectativa de crescimento da economia e baixaram a
projeção de fechamento do PIB este ano de 1,54% para 1,27%.
O ministro falou ainda sobre a redução do Imposto sobre Produto
Industrializado (IPI) para carros e produtos da linha branca, que vai
até 31 de dezembro. A desoneração do IPI para materiais de construção
foi prorrogada até o fim de 2013, mas, perguntado sobre uma eventual
prorrogação para os outros dois setores o ministro disse que 'não ha
nenhuma posição do governo' sobre a questão.
De acordo com o ministro, as medidas divulgadas hoje ajudarão a
elevar em 8% o investimento no país e garantir o crescimento do PIB, de
4%, para 2013. (AC)
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário