Depois de 5 meses de queda o nível de atividade na construção,
mostrou estabilidade em outubro, segundo Sondagem da Indústria da
Construção.
Depois de cinco meses consecutivos de queda o nível de atividade
na indústria da construção mostrou estabilidade em outubro, em 50,1
pontos, segundo Sondagem da Indústria da Construção Civil, divulgada
nesta segunda-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em
setembro o indicador apontou 49,2 pontos.
O índice varia de zero a cem pontos, sendo que valores abaixo de
50 representam retração na atividade e, acima, expansão. Em outubro do
ano passado o nível de atividade era de 50,3 pontos.
Em nota, o economista da CNI Danilo Garcia destaca que a
estabilidade do indicador não aponta para a reativação do setor. Isso
porque o nível de atividade em relação ao usual para outubro ficou em
47,4 pontos. Foi o sexto mês consecutivo em que indicador ficou abaixo
da linha divisória de 50 pontos, o que confirma o desaquecimento da
indústria da construção. Com a atividade no setor abaixo do usual, a
utilização da capacidade operacional permaneceu em 70% em outubro.
A sondagem da CNI mostra ainda que a expectativa da indústria da
construção civil em relação ao nível de atividade nos próximos seis
meses ficou menos otimista ao passar de 57,4 para 55,2 pontos entre
outubro e novembro. A queda nas expectativas é resultado da adequação
das empresas a um cenário de retomada menos intensa da economia. 'O
empresário percebe que o crescimento na atividade acontecerá de forma
mais lenta', diz o economista. Segundo ele, a retração do otimismo pode
levar os empresários a readequar seus planos de investimentos e de novos
lançamentos.
O índice de emprego do setor continuou a registrar contração,
embora tenha melhorado: saiu de 48,8 pontos em setembro para 49,6 pontos
em outubro. O indicador apontava 51 pontos no mesmo mês de 2011. A
expectativa em relação ao número de empregados no futuro diminuiu de
54,5 pontos em outubro para 53,8 pontos em novembro.
Houve movimento similar em relação à expectativa para compra de
matérias primas e de insumos (de 56,8 pontos em outubro para 55,4 pontos
em novembro) e novos empreendimentos e serviços (57,5 pontos em outubro
para 55,5 pontos em novembro).
A Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 14 de
novembro com 465 empresas da indústria da construção de todo o país, das
quais 158 são pequenas, 193 são médias e 114 de grande porte.
Fonte: Valor
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