sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

CONSTRUÇÃO CIVIL DEVE CRESCER ATÉ 4% NO PRÓXIMO ANO

Diante da avaliação do sindicato, a construção civil este ano crescerá em um ritmo menor que o registrado em 2011

O PIB (Produto Interno Bruto) da construção civil brasileira vai crescer aproximadamente 4% este ano, com estimativa de avançar entre 3,5% e 4% em 2013. As projeções são do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).

Diante da avaliação do sindicato a construção civil este ano crescerá em um ritmo menor que o registrado em 2011, quando registrou 4,8%. Em 2013 poderá haver uma recuperação da taxa de investimento, que deverá ficar em 19% do PIB. Com isto, o SindusCon-SP estima que o PIB brasileiro avançará na mesma medida que o produto interno bruto da construção: entre 3,5% e 4%.

O SindusCon-SP e a FGV (Fundação Getulio Vargas) previam crescimento acima PIB do País em 2012, considerando o ritmo do programa Minha Casa, Minha Vida e dos projetos de infraestrutura. No entanto, o desempenho setorial foi afetado pela redução de investimentos das empresas e a queda de investimentos do setor público para a infraestrutura.

Também afetou no desempenho a contratação de moradias para a faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida, a paralisação durante alguns meses dos serviços rodoviários do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e a morosidade na concessão de licenciamentos imobiliários.

No entanto, as construtoras continuaram contratando, o que sustenta os prognósticos de crescimento do setor acima do PIB nacional. As vendas de cimento registram alta expressiva no ano.

Emprego

Apesar de o nível de emprego formal da construção civil brasileira ter caído 0,22% em outubro, ainda acumula crescimento de 6,57% no ano, comparado ao mesmo período de 2011. Em outubro, o setor empregava 3,415 milhões de trabalhadores. O estado de São Paulo registrava 859 mil trabalhadores com carteira assinada, alta acumulada de 4,6%.

O vice-presidente de economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, chama atenção para o fato de que começam a aparecer os resultados do esforço das empresas no aumento da produtividade nos canteiros de obra. “A produtividade dos trabalhadores da construção tem aumentado graças ao esforço do setor e ao investimento das construtoras em treinamento, requalificação e reciclagem”, disse.

No segmento imobiliário, a queda do emprego em outubro foi de 0,39%, em relação ao mês anterior, enquanto no setor de infraestrutura esta taxa caiu 0,67%. “É preocupante a forte desaceleração nas contratações dos segmentos típicos do início de novos empreendimentos, como os de engenharia e arquitetura e de preparação de terrenos”, afirmou a economista da FGV, Ana Maria Castelo.


Fonte: Infomoney

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