Diante da avaliação do sindicato, a construção civil este ano crescerá em um ritmo menor que o registrado em 2011
O PIB (Produto Interno Bruto) da construção civil brasileira vai
crescer aproximadamente 4% este ano, com estimativa de avançar entre
3,5% e 4% em 2013. As projeções são do SindusCon-SP (Sindicato da
Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).
Diante da avaliação do sindicato a construção civil este ano
crescerá em um ritmo menor que o registrado em 2011, quando registrou
4,8%. Em 2013 poderá haver uma recuperação da taxa de investimento, que
deverá ficar em 19% do PIB. Com isto, o SindusCon-SP estima que o PIB
brasileiro avançará na mesma medida que o produto interno bruto da
construção: entre 3,5% e 4%.
O SindusCon-SP e a FGV (Fundação Getulio Vargas) previam
crescimento acima PIB do País em 2012, considerando o ritmo do programa
Minha Casa, Minha Vida e dos projetos de infraestrutura. No entanto, o
desempenho setorial foi afetado pela redução de investimentos das
empresas e a queda de investimentos do setor público para a
infraestrutura.
Também afetou no desempenho a contratação de moradias para a
faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida, a paralisação durante alguns
meses dos serviços rodoviários do Dnit (Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes) e a morosidade na concessão de
licenciamentos imobiliários.
No entanto, as construtoras continuaram contratando, o que
sustenta os prognósticos de crescimento do setor acima do PIB nacional.
As vendas de cimento registram alta expressiva no ano.
Emprego
Apesar de o nível de emprego formal da construção civil
brasileira ter caído 0,22% em outubro, ainda acumula crescimento de
6,57% no ano, comparado ao mesmo período de 2011. Em outubro, o setor
empregava 3,415 milhões de trabalhadores. O estado de São Paulo
registrava 859 mil trabalhadores com carteira assinada, alta acumulada
de 4,6%.
O vice-presidente de economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan,
chama atenção para o fato de que começam a aparecer os resultados do
esforço das empresas no aumento da produtividade nos canteiros de obra.
“A produtividade dos trabalhadores da construção tem aumentado graças ao
esforço do setor e ao investimento das construtoras em treinamento,
requalificação e reciclagem”, disse.
No segmento imobiliário, a queda do emprego em outubro foi de
0,39%, em relação ao mês anterior, enquanto no setor de infraestrutura
esta taxa caiu 0,67%. “É preocupante a forte desaceleração nas
contratações dos segmentos típicos do início de novos empreendimentos,
como os de engenharia e arquitetura e de preparação de terrenos”,
afirmou a economista da FGV, Ana Maria Castelo.
Fonte: Infomoney
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