sexta-feira, 20 de abril de 2012

IMPORTAÇÃO CRESCE 298% EM 11 ANOS, DIZ CONSULTOR DA ABIMAQ

O maior problema do setor, segundo Bernardini, é o aumento contínuo das importações - de 13% ao ano, em média, desde 2000.

A informação é do economista Mario Bernardini, consultor da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

O maior problema do setor, segundo Bernardini, é o aumento contínuo das importações - de 13% ao ano, em média, desde 2000. "Essa perda de competitividade, na realidade, começou nos anos 90.

O problema é que esse fenômeno se acentuou na segunda metade da década passada", explicou o economista da Abimaq durante reunião do Conselho Superior de Economia (Cosec) da Fiesp, realizada segunda-feira (09/04), em São Paulo.

O principal motivo para a desaceleração do setor, afirmou Bernardini, é a valorização do real frente ao dólar, ampliada em 2008 pela crise financeira mundial. "Na perda de competitividade da indústria brasileira, eu diria que, o câmbio, sozinho, responde por três quartos do problema. A partir de 2004, o câmbio apreciou 60%. É, de longe, o vilão da história".

Outro fator de influência no processo de desindustrialização, assinalou o economista, é o custo de produção no Brasil. Hoje, em comparação com 2004, a soma dos principais custos representa um aumento de aproximadamente 14 pontos percentuais na composição da Receita Líquida das indústrias instaladas em território brasileiro.

"Primeiro é preciso ter preços baixos para competir. Depois, inovar para continuar competindo", defendeu o consultor da Abimaq.

Bernardini propõe duas medidas para aumentar a competitividade da indústria brasileira: reduzir em 50% o custo do capital (Selic + Spread), num prazo de um a três anos, e administrar a mudança do piso cambial, no prazo de um ano, para um valor em torno de US$ 2,30.

Fonte: Portal Seco

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