sexta-feira, 15 de março de 2013

Unificação da alíquota do ICMS divide senadores que avaliam nova regra

Unificação da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) pode gerar um monopólio da União na hora da concessão de incentivos fiscais para empresas realizarem investimentos.

A unificação da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) pode gerar um monopólio da União na hora da concessão de incentivos fiscais para empresas realizarem investimentos. A avaliação é do senador Ricardo Ferraço (PMDB/ES) e relator da proposta do governo que tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Na reunião dessa segunda-feira, o senador defendeu um “aprofundamento” da matéria para evitar esse provável controle unilateral do governo federal.
icms
“Nós estaremos fazendo mudanças muito fortes (no ICMS). E nós não sabemos das conseqüências destas mudanças, até porque não temos ainda clareza de como estaremos obtendo as compensações [pelas perdas”, argumentou o senador.
O senador Luiz Henrique (PMDB-SC) endossou a opinião de Ferraço apoiando a realização de uma ampla discussão sobre o assunto. “Essa questão da reforma do ICMS tem ser realmente maturada, meditada. Não façamos aqui uma lei inexequível ou que não atinja os interesses do governo”, avaliou Luiz Henrique.
O presidente da CAE, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), concordou com os argumentos dois senadores e afirmou que ainda serão realizados debates para estudar o tema. Lindbergh destacou também que é preciso, no entanto, definir uma data para a votação da matéria. Segundo Lindbergh Farias, será feito todo o esforço possível para que a CAE aprecie o projeto de reforma do ICMS na próxima terça-feira (26), de forma que sua votação possa ser feita no Plenário até o começo de abril.

Interesses opostos

O senador Wellington Dias (PT-PI) chamou a atenção para a característica natural de falta de unanimidade em torno dos projetos de reforma do ICMS, em razão da existência de interesses completamente opostos entre os estados. Ele pediu ainda a dois dos participantes da audiência pública, o ex-governador Germano Rigotto e o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, sugestões para a implementação de um fundo de compensação para as perdas de arrecadação com ICMS.
Fonte: Agência Senado

Nenhum comentário:

Postar um comentário