quarta-feira, 6 de março de 2013

UM NOVO MERCADO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Tão importante quanto o conhecimento técnico é estudar o público a que se destina e o mercado como um todo.



O Brasil como sede da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016 despertou um alerta para o setor de construção civil. E, como se isso já não fosse um desafio grande o bastante, temos um arrojado Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que contempla obras de grande porte, e que impõe um novo desafio para o mercado de trabalho. O segmento compreende todas as atividades relacionadas a obras e projetos. Estão incluídas as atividades referentes ao planejamento e projeto, execução, manutenção e restauração de obras em diferentes segmentos, como edificações, estradas, portos e aeroportos. A importância do macrosetor da construção é ainda mais relevante levando em consideração os segmentos fornecedores de matérias-primas e equipamentos, além de seus efeitos multiplicadores sobre a economia, sua capacidade de realização de investimentos e seu potencial de criação de empregos.

De acordo com o resultado do PIB, divulgado pelo IBGE no segundo semestre do ano passado, só o setor de construção civil registrou expansão de 2,4% no primeiro semestre de 2012, em relação ao mesmo período de 2011. Um número superior, se comparado ao crescimento da economia nacional, de 0,6%. Empresas do setor são unânimes ao apontar a preocupação com a capacidade de seus negócios, principalmente em relação à mão de obra. O desafio é encontrar profissionais que coordenem e conduzam seus projetos. Dados do Ministério do Trabalho revelam que o profissional de engenharia civil é o que mais está em falta no país, já que muitos engenheiros formados nas décadas de 80 e 90 migraram para outros setores, como o mercado financeiro. Faltam profissionais qualificados para diferentes posições e os poucos que têm a experiência necessária estão sendo disputados, inflacionando os salários.
Em um mercado aquecido, construtoras apostam no conhecimento do desenvolvedor de negócios, que deve possuir experiência no mercado de atuação e visão estratégica voltada aos subsegmentos. Esse profissional costuma ter experiência em áreas de gerenciamento de projetos, custos e suprimentos, planejamento de canteiro e incorporação imobiliária. É uma área ainda nova, que impõe desafios. Por isso, embora ele não atue diretamente na execução de obras, o domínio da engenharia e o conhecimento sobre processos construtivos que oferecem redução de custo e automatização no canteiro de obras é fundamental para adequar a previsão orçamentária do empreendimento. Tão importante quanto o conhecimento técnico é estudar o público a que se destina e o mercado como um todo. Uma visão analítica sobre o histórico da construção civil nesse segmento e o bom faro e tino comercial também são importantes atributos.
Porém, de nada adianta isso se não houver empatia com o interlocutor. De acordo com uma pesquisa recente da Kellog School of Management, os recrutadores tendem a escolher pessoas por quem sentem empatia e que tenham interesses em comum. Após avaliação pelas competências técnicas e de gestão, ser compatível com a cultura organizacional é o principal fator para a contratação, em busca de uma compatibilidade organizacional. Fator este de sucesso para a longevidade da posição e perpetuação dos valores da empresa contratante.
Fonte: CBIC

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