O
mercado de máquinas e equipamentos no Brasil tem atraído grandes
montantes de aportes externos, apesar de ser considerado relativamente
pequeno em relação ao mercado de países como Alemanha e EUA. Segundo o Banco Central,
o Ingresso de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) na participação
do capital das empresas brasileiras deste setor mais que dobrou no
período de 2007 a 2012, passando de US$ 428 milhões para US$ 959
milhões. Os destaques ficam para os setores de máquinas para óleo e gás e
construção civil.
'No
exterior, os mercados estão comprimidos. As grandes companhias buscam
expansão onde ainda há possibilidade de crescimento, como é o caso do
Brasil', afirma o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria
de Máquinas e Equipamentos [Abimaq], José Velloso.
O
executivo explica que o setor sempre teve participação de capital
estrangeiro e a proporção tem se mantido estável pelo menos nos últimos
10 anos. Atualmente, afirma Velloso, cerca de 45% do capital de empresas
brasileiras de máquinas e equipamentos vêm de outros países.
A
indústria de óleo e gás está na mira de grandes corporações,
principalmente em razão dos altos investimentos anunciados pela
Petrobras. Ainda que a estatal exija um índice de nacionalização mínimo
para os equipamentos da cadeia, as companhias estrangeiras estão se
instalado aqui. 'Esse mercado tem atraído muitas empresas porque estamos
falando do maior programa de aportes em óleo e gás da história', afirma
o assessor-econômico da presidência da Abimaq, Mario Bernardini.
O
segmento de máquinas para construção também não para de receber capital
estrangeiro com o aquecimento do mercado interno. Apenas a soma dos
aportes da italiana Case New Holland (CNH), da norte-americana John
Deere e da chinesa Doosan ultrapassa a casa de R$ 1 bilhão.
Fonte: DCI
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