sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

SOBE NÍVEL DE CONFIANÇA NO SETOR DA INFRAESTRUTURA

O setor de construção passará por mudança de perfil em 2013.

O setor de construção passará por mudança de perfil em 2013, com a infraestrutura ganhando fôlego e o segmento de edificações crescendo de forma mais moderada em relação a anos anteriores, de acordo com estudos da Fundação Getulio Vargas (FGV).

A queda de 3,3% na confiança dos empresários no trimestre encerrado em dezembro de 2012, na comparação com o mesmo período do ano anterior, interrompeu uma trajetória de redução do pessimismo, que teve início em julho do ano passado e atingiu seu menor patamar em novembro, quando a retração foi de 3,1% na mesma base de comparação.

Embora a piora em dezembro tenha sido pequena em relação à leitura anterior, a Sondagem da Construção revela que o setor tende a ter dois polos bastante distintos em 2013, observa a coordenadora do estudo, Ana Castelo. Enquanto a confiança nos segmentos relacionados a infraestrutura segue em ritmo ascendente, puxada pelas obras viárias e as expectativas em torno dos investimentos do governo, os ramos ligados ao mercado imobiliário demonstram fragilidade, sinalizando o início de ciclo mais modesto de negócios.


No trimestre encerrado em dezembro, a confiança no segmento de obras viárias se encontrava 7,4% acima do patamar registrado no mesmo período de 2011. O número mostra forte evolução num curto período de tempo -na leitura de outubro, a confiança dos empresários era 3,2% maior que a verificada no mesmo período de 2011.

No segmento de edificações, o movimento foi em sentido contrário. A queda na confiança - 4,7% no trimestre terminado em outubro - passou a 5% no intervalo encerrado em novembro e a 6,5% até dezembro, sempre em relação ao mesmo período de 2011.

Na área de preparação de terreno, que antecede os trabalhos de edificações, o cenário não foi distinto: a queda na confiança dos empresários, que era de 5,4% em outubro, passou a 6,8% em novembro e chegou a 7,8% em dezembro, nas mesmas bases de comparação.

"Esses números indicam que não há perspectiva de retomada acentuada no setor de edificações no curto prazo", diz Ana. Segundo ela, as medidas anunciadas pelo governo no fim do ano passado, que incluem a desoneração da folha de pagamento e a criação de a nova linha de capital de giro para pequenas e médias empresas, exerceram pouca influência sobre a confiança em dezembro.
Fonte: Valor Econômico

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