quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

EMPRESÁRIOS ESTÃO OTIMISTAS PARA 2013

O resultado mais animador, segundo eles, vai depender, principalmente, da concretização de investimentos já anunciados pelo governo.

Depois de um 2012 em que o país apresentou um desempenho econômico pífio e muito aquém do esperado, com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) que não deve passar de 1%, os empresários e representantes de vários setores da economia mineira estão mais otimistas em relação a 2013. Mas um resultado mais animador, segundo eles, vai depender, principalmente, da concretização de investimentos já anunciados pelo governo, principalmente em infraestrutura e logística.

Para o empresário e presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada em Minas Gerais (Sicepot-MG), Alberto Salum, diante de um 2012 tão frustrante, as expectativas quanto a 2013 tendem a ser mais positivas. “Pelo menos o governo está conscientizado da situação. As medidas adotadas ao longo de 2012 não foram suficientes para reverter o resultado do ano, mas temos hoje ferramentas que indicam que 2013 poderá ser melhor. O governo só precisa desatar os muitos nós existentes”, afirmou.

Esses “nós” seriam, segundo Salum, os vários projetos de infraestrutura já anunciados pelo governo e que, por uma série de motivos, ainda não saíram do papel. “A burocracia, os problemas relativos a projetos mal elaborados e outros fatores são entraves para as obras. Sem esses investimentos, o país não vai para a frente”, alerta.

Além disso, o empresário citou a necessidade de reformas estruturantes, tanto na política quanto na economia brasileira. “ preciso diminuir a máquina pública e realizar as reformas necessárias para favorecer as atividades produtivas”, disse.

Opinião semelhante tem o diretor regional da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Marcelo Luiz Veneroso. De acordo com ele, as previsões para o setor em 2013 ainda estão “em aberto”, já que os fabricantes de bens de capital ainda não viram na prática os efeitos benéficos das medidas de auxílio anunciadas pelo governo no ano passado.

“Estamos na expectativa de que essas medidas comecem a surtir resultados a partir de março. Mas há vários outros fatores que também influenciam as fabricantes de máquinas e equipamentos, entre eles, a competitividade. Precisamos ser competitivos e isso só acontecerá com câmbio favorável e desoneração nos investimentos”, disse.

Consumo – Mais otimistas em relação a 2013 estão os setores ligados ao consumo. Para o presidente do Grupo Suggar – fabricante de eletrodomésticos e utensílios para a cozinha e lavanderia -, José Lúcio Costa, este ano será de crescimento da classe C, com a chegada de 30 milhões de consumidores no mercado.

“O país está entrando em uma fase de praticamente pleno emprego e o brasileiro não vive hoje mais o terror psicológico da demissão a qualquer momento. As famílias fazem planos e consomem uma certa estabilidade”, comemora.

Ele espera um aumento de cerca de 24% nas vendas da empresa, considerando além dos fatores já citados, a prorrogação, escalonada, até junho, de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca. Em 2012, o grupo obteve faturamento da ordem de R$ 470 milhões, o que representou um incremento de 25% em relação a 2011.

O setor de comércio e serviços também está otimista. Mas, para o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Bruno Falci, o ano não será tão bom quanto 2012.

“No ano passado, tivemos um crescimento que variou de 7% a 9%. Este ano não vamos chegar a isso. Se a economia responder bem e tivermos um crescimento do PIB como o esperado, na casa dos 4%, é provável que atinjamos uma evolução de até 6,5%”, disse.


Fonte: Diário do Comércio

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