O resultado mais animador, segundo eles, vai depender,
principalmente, da concretização de investimentos já anunciados pelo
governo.
Depois de um 2012 em que o país apresentou um desempenho
econômico pífio e muito aquém do esperado, com um crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) que não deve passar de 1%, os empresários e
representantes de vários setores da economia mineira estão mais
otimistas em relação a 2013. Mas um resultado mais animador, segundo
eles, vai depender, principalmente, da concretização de investimentos já
anunciados pelo governo, principalmente em infraestrutura e logística.
Para o empresário e presidente do Sindicato da Indústria da
Construção Pesada em Minas Gerais (Sicepot-MG), Alberto Salum, diante de
um 2012 tão frustrante, as expectativas quanto a 2013 tendem a ser mais
positivas. “Pelo menos o governo está conscientizado da situação. As
medidas adotadas ao longo de 2012 não foram suficientes para reverter o
resultado do ano, mas temos hoje ferramentas que indicam que 2013 poderá
ser melhor. O governo só precisa desatar os muitos nós existentes”,
afirmou.
Esses “nós” seriam, segundo Salum, os vários projetos de
infraestrutura já anunciados pelo governo e que, por uma série de
motivos, ainda não saíram do papel. “A burocracia, os problemas
relativos a projetos mal elaborados e outros fatores são entraves para
as obras. Sem esses investimentos, o país não vai para a frente”,
alerta.
Além disso, o empresário citou a necessidade de reformas
estruturantes, tanto na política quanto na economia brasileira. “
preciso diminuir a máquina pública e realizar as reformas necessárias
para favorecer as atividades produtivas”, disse.
Opinião semelhante tem o diretor regional da Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Marcelo
Luiz Veneroso. De acordo com ele, as previsões para o setor em 2013
ainda estão “em aberto”, já que os fabricantes de bens de capital ainda
não viram na prática os efeitos benéficos das medidas de auxílio
anunciadas pelo governo no ano passado.
“Estamos na expectativa de que essas medidas comecem a surtir
resultados a partir de março. Mas há vários outros fatores que também
influenciam as fabricantes de máquinas e equipamentos, entre eles, a
competitividade. Precisamos ser competitivos e isso só acontecerá com
câmbio favorável e desoneração nos investimentos”, disse.
Consumo – Mais otimistas em relação a 2013 estão os setores
ligados ao consumo. Para o presidente do Grupo Suggar – fabricante de
eletrodomésticos e utensílios para a cozinha e lavanderia -, José Lúcio
Costa, este ano será de crescimento da classe C, com a chegada de 30
milhões de consumidores no mercado.
“O país está entrando em uma fase de praticamente pleno emprego e
o brasileiro não vive hoje mais o terror psicológico da demissão a
qualquer momento. As famílias fazem planos e consomem uma certa
estabilidade”, comemora.
Ele espera um aumento de cerca de 24% nas vendas da empresa,
considerando além dos fatores já citados, a prorrogação, escalonada, até
junho, de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para
a linha branca. Em 2012, o grupo obteve faturamento da ordem de R$ 470
milhões, o que representou um incremento de 25% em relação a 2011.
O setor de comércio e serviços também está otimista. Mas, para o
presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH),
Bruno Falci, o ano não será tão bom quanto 2012.
“No ano passado, tivemos um crescimento que variou de 7% a 9%.
Este ano não vamos chegar a isso. Se a economia responder bem e tivermos
um crescimento do PIB como o esperado, na casa dos 4%, é provável que
atinjamos uma evolução de até 6,5%”, disse.
Fonte: Diário do Comércio
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