A economia vai crescer entre 2,5 por cento e 3,5 por cento em 2013.
O presidente da Fiesp reforçou que o grande segredo para impulsionar a recuperação da economia será o estímulo ao investimento
A economia vai crescer entre 2,5 por cento e 3,5 por cento em 2013, com
o câmbio acima de 2 reais abrindo caminho para um cenário mais
favorável às exportações, afirmaram dirigentes da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo nesta terça-feira.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, avaliou que 2012 não foi
satisfatório para a indústria, mas que no próximo ano a expectativa é
positiva, tão logo comecem a surtir efeito medidas de incentivo do
governo federal. 'No ano que vem a palavra vai ser reindustrialização',
afirmou Skaf, em nota divulgada pela Fiesp.
O presidente da Fiesp citou como exemplo das iniciativas do
governo federal os cortes na taxa de juros, a redução nas tarifas de
energia, o câmbio em patamares considerados mais equilibrados e o fim da
chamada Guerra dos Portos.
Apesar disso, afirmou haver espaço para mais reduções nos juros
básicos. 'A taxa Selic tem toda a condição de baixar e o governo aceitou
essa ideia, mas não há razão nenhuma para (...) não chegar a 5 por
cento', afirmou Skaf. Atualmente a Selic se encontra na mínima histórica
de 7,25 por cento ao ano.
O presidente da Fiesp também reforçou que o grande segredo para
impulsionar a recuperação da economia será o estímulo ao investimento. E
disse que o modelo baseado no aumento do consumo está 'um pouco
esgotado'.
'Está provado que quando não se tem crescimento da indústria não
se tem crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). A indústria precisa
crescer, para o PIB crescer e gerar desenvolvimento.'
Câmbio
O câmbio acima de 2 reais ainda foi considerado chave pela Fiesp
para estimular as exportações em 2013, elevando a competitividade da
indústria e ajudando o setor a ter melhores resultados no apoio ao
crescimento da economia como um todo.
'Será um ano melhor sob o aspecto de mais comércio exterior. Com a
economia retomando, naturalmente as importações vão crescer, mas as
exportações também vão', avaliou o diretor de Relações Internacionais da
Fiesp, Thomaz Zanotto.
O dólar operava nesta terça-feira com queda de 0,36 por cento ante o real às 16h22, cotado a 2,0890 reais.
Fonte: Reuters
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