segunda-feira, 23 de julho de 2012

DE CADA 100 MÁQUINAS NO PAÍS, 70 SÃO IMPORTADAS, DIZ ABIMAQ.

Mercado tem, mas ele está sendo suprido pelos importados.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, declarou apoio ao PAC Equipamentos lançado na quarta-feira (27/06), porém ressaltou que é preciso exigir conteúdo local. “As fabricantes precisam firmar um compromisso de conteúdo local. Há três ou quatro fabricantes de tratores, mas o governo precisa exigir esse compromisso”, afirmou.

De acordo com a Abimaq, o consumo doméstico de máquinas e equipamentos cresceu 16,1% em maio frente ao mesmo mês de 2011 e 6,8% frente a abril. O problema é que esse consumo está sendo atendido, crescentemente, por produtos importados. Enquanto o faturamento da indústria de bens de capital acumula alta de 1,5% de janeiro a maio, ante o mesmo intervalo de 2011, o faturamento interno - apenas a produção nacional - diminuiu 5,1% na mesma base de comparação. “Antes, de cada 100 máquinas, 70 eram brasileiras. Hoje, de cada 100, 70 são importadas. Mercado tem, mas ele está sendo suprido pelos importados”, frisou Aubert Neto. A entidade alerta que o número de pessoas empregadas no setor de bens de capital atingiu 259,2 mil em maio, uma redução de 0,4% em maio em relação a abril. Desde outubro de 2011, o setor já fechou 5.422 vagas.

Em maio, as exportações de máquinas e equipamentos cresceram 4% frente ao mesmo período de 2011, enquanto as importações subiram 13,2%. A balança comercial do setor acumula déficit de US$ 7,9 bilhões nos cinco primeiros meses deste ano, o que representa um valor 9,6% maior que o registrado de janeiro a maio do ano passado.


Para o presidente da Abimaq, a redução da taxa de juros de longo prazo (TJLP), de 6% para 5,5% ao ano, também divulgada na quarta-feira, é uma notícia “excelente para os investimentos” no médio e longo prazos. Segundo ele, os efeitos das medidas só devem ter impacto a partir de outubro, uma vez que as compras governamentais levam um tempo para serem licitadas e, além disso, a maioria de grandes máquinas é feita sob encomenda.


O programa prevê investimentos de R$ 8,434 bilhões a partir do segundo semestre deste ano, incluindo aquisição de máquinas agrícolas e equipamentos para os setores de agricultura, saúde, educação e defesa.



Fonte: Hora do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário