quarta-feira, 11 de julho de 2012

CONSTRUÇÃO CIVIL MANTÉM RITMO, MAS REFAZ AS CONTAS DIANTE DA INFLAÇÃO

Custo de obra aumentou 6% no primeiro semestre, aponta levantamento. Além de matériais, mão de obra ajudou a puxar esse reajuste.
Ficou mais caro construir, aponta um levantamento do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de São Paulo, que calculou o acumulado dos seis primeiros meses deste ano. O resultado apontou que o custo de uma obra ficou 6% mais alto, reajuste puxado pela variação do petróleo e do dólar.

Enquanto o concreto manteve o preço estável, outros produtos subiram bem mais que a inflação, que ficou em 3,2% no primeiro semestre. O aço usado nas estruturas das construções aumentou 8,5%.


Um outro fator que também interfere diretamente nas construções e ajudou a puxar esse aumento foi a mão de obra. Depois dos acordos coletivos, os salários este ano ficaram 8% maiores. Bom para quem recebe, mas pesado para quem paga, já que os reajustes nem sempre batem com as previsões iniciais da construção.


“Às vezes, tem algumas surpresas no caminho. Então tem que refazer uma programação em função de alguns aumentos surpresas, mas isso é comum na construção civil”, diz Marcelo do Rego, coordenador de obra.


O presidente da Associação de Corretores de Imóveis de Rio Claro (SP), Vail Antônio Schio, não espera uma crise para o setor no segundo semestre. “Vai aumentar o preço do imóvel, mas vai continuar vendendo e terá uma procura normal”, analisa.


Já o economista Léo Carrilli acredita em desaquecimento e redução nos lucros. “O resultado que eles tinham no curto prazo vai demorar entre um e três anos para poder realizar o mesmo percentual de lucro que eles tiveram no passado”, avalia.



Fonte: G1

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