quarta-feira, 6 de junho de 2012

DILMA PROMETE MAIS MEDIDAS ANTICRISE

A presidente rometeu ontem mais uma rodada de medidas para tentar acelerar a economia brasileira.

Em almoço oferecido ao rei da Espanha, Juan Carlos I, presidente disse que vai adotar uma política pró-cíclica de investimentos A presidente Dilma Rousseff prometeu ontem mais uma rodada de medidas para tentar acelerar a economia brasileira, praticamente estagnada no primeiro trimestre do ano. Ao receber o rei da Espanha, Juan Carlos I, Dilma afirmou que a intenção do governo, desta vez, é adotar uma política pró-cíclica de investimento para enfrentar a piora do cenário internacional.

O Brasil também está se preparando para ter, diante do acirramento da crise e dos processos recessivos na economia internacional, uma política pró-cíclica de investimento, revelou a presidente durante almoço oferecido ao monarca espanhol no Palácio do Itamaraty. Há duas semanas, o governo lançou um pacote de medidas, centrado no aumento do consumo, para tentar ativar a economia.

Pela manhã, Dilma convocou uma reunião com ministros para discutir o que pode ser feito para alavancar os investimentos e garantir, ao menos, uma expansão maior do que a verificada no ano passado, quando o Produto Interno Bruto (PIB) do País cresceu 2,73%. Analistas privados já esperam expansão abaixo disso.


Participaram do encontro os ministros Guido Mantega (Fazenda), Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Miriam Belchior (Planejamento), Gleisi Hoffman (Casa Civil), além do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.


No início da noite, Dilma convocou nova reunião, e incluiu no grupo os ministros Aloizio Mercadante (Educação), Paulo Sérgio Passos (Transportes), Aguinaldo Ribeiro (Cidades), Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) e o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Ninguém falou à imprensa após o encontro.


Choque. Os sinais de enfraquecimento dos investimentos no início deste ano acabaram fazendo com que a presidente Dilma cobrasse de sua equipe um choque nessa área. A divulgação, na sexta-feira, do desempenho da economia no primeiro trimestre - um crescimento de apenas 0,2% em relação aos três últimos meses de 2011 - acabou dando mais urgência à cobrança.


No discurso no Itamaraty, Dilma fez questão de citar as imensas oportunidades que existem no Brasil para investimentos nas áreas de transporte, energia e telecomunicações, entre outras. A presidente destacou ainda as medidas adotadas para estimular o crescimento.


Dilma deixou claro que, durante a reunião do G-20 (o grupo das 20 maiores economias do mundo), nos dias 18 e 19 deste mês no México, vai insistir na necessidade de adotar medidas de ajuste fiscal aliadas a outros de incentivo ao crescimento.


A presidente também acrescentou que é preciso entender que a solução para a crise não passa apenas por ações dos países emergentes.


A retomada do crescimento em nível global não pode depender apenas de medidas adotadas pelos países emergentes. Em um momento de crise é fundamental insistir em uma ação coordenada e solidária entre todos os grandes atores da economia mundial, disse a presidente Dilma.



Fonte: O Estado de São Paulo

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