“Na década de 1980, o Brasil era o 5º maior produtor de máquinas do
mundo. Atualmente estamos na 14º posição”, declarou o empresário Luiz
Aubert, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e
Equipamentos (Abimaq), em evento em São Paulo.
A Abimaq registrou no primeiro trimestre de 2012 um recuo de 8,8% na carteira de pedidos, na comparação com o mesmo período de 2011. De acordo com os números da entidade, um dos poucos indicadores com crescimento é o faturamento: R$ 19,5 bilhões no período, em função do crescimento de 5,1% das exportações.
“As exportações continuam sendo impulsionadas pelas transações intercompanhias [entre filiais e matrizes], e os grupos que apresentaram as maiores contribuições para o crescimento dessa variável foram os de máquinas para a indústria de transformação e para logística e construção civil”, disse Luiz Aubert.
Já as importações de máquinas e equipamentos cresceram 10,8% no trimestre, em relação ao mesmo intervalo do ano passado. De acordo com a Abimaq, nada menos que 58% das máquinas consumidas no país vêm diretamente de fora, 14% são de revendedoras de importados e somente 28% são fabricadas no país. “Metade das máquinas produzidas localmente ainda utilizam componentes vindos de outros países”, disse.
O crescimento das importações em um ritmo muito maior do que o das exportações resultou em um déficit de US$ 4,4 bilhões na balança comercial do setor, 7,5% maior que o registrado no primeiro trimestre de 2011. A Abimaq estima um déficit de US$ 20 bilhões para 2012.
Aubert Neto considerou que governo está bem intencionado ao reduzir a taxa de juros e ao aprovar no Senado a Resolução 72, que põe fim à chamada guerra dos portos, só que não é suficiente para resolver o problema. Segundo ele, o setor clama por medidas urgentes. “A taxa de câmbio atual mata qualquer política industrial. Ela precisa ser revista”, avaliou.
Emprego encolhe 1,3%
De outubro de 2011 até março deste ano, mais de 4,1 mil trabalhadores foram demitidos. “Era mão-de-obra qualificada, com salário médio de mais de R$ 3 mil. Se não combatermos o tripé juros, câmbio e tributo, vamos continuar demitindo”, disse o presidente da Abimaq.
A capacidade instalada das indústrias do setor está em queda: 77,9% em março. Em março de 2011 era de 82,1%. No mesmo mês de 2008 era de 86,3%.
Ainda segundo a Abimaq, no primeiro trimestre deste ano, a importação de máquinas e implementos para a agricultura atingiu 96% em relação ao mesmo período do ano passado. Até março, o país acumula US$ 195,4 mil em importações ante a US$ 99,86 mil registrados nos primeiros três meses do ano passado.
As exportações cresceram 10%, subindo de US$ 235,6 mil no primeiro trimestre de 2011 para US$ 259,59 mil este ano.
Fonte: Hora do Povo
A Abimaq registrou no primeiro trimestre de 2012 um recuo de 8,8% na carteira de pedidos, na comparação com o mesmo período de 2011. De acordo com os números da entidade, um dos poucos indicadores com crescimento é o faturamento: R$ 19,5 bilhões no período, em função do crescimento de 5,1% das exportações.
“As exportações continuam sendo impulsionadas pelas transações intercompanhias [entre filiais e matrizes], e os grupos que apresentaram as maiores contribuições para o crescimento dessa variável foram os de máquinas para a indústria de transformação e para logística e construção civil”, disse Luiz Aubert.
Já as importações de máquinas e equipamentos cresceram 10,8% no trimestre, em relação ao mesmo intervalo do ano passado. De acordo com a Abimaq, nada menos que 58% das máquinas consumidas no país vêm diretamente de fora, 14% são de revendedoras de importados e somente 28% são fabricadas no país. “Metade das máquinas produzidas localmente ainda utilizam componentes vindos de outros países”, disse.
O crescimento das importações em um ritmo muito maior do que o das exportações resultou em um déficit de US$ 4,4 bilhões na balança comercial do setor, 7,5% maior que o registrado no primeiro trimestre de 2011. A Abimaq estima um déficit de US$ 20 bilhões para 2012.
Aubert Neto considerou que governo está bem intencionado ao reduzir a taxa de juros e ao aprovar no Senado a Resolução 72, que põe fim à chamada guerra dos portos, só que não é suficiente para resolver o problema. Segundo ele, o setor clama por medidas urgentes. “A taxa de câmbio atual mata qualquer política industrial. Ela precisa ser revista”, avaliou.
Emprego encolhe 1,3%
De outubro de 2011 até março deste ano, mais de 4,1 mil trabalhadores foram demitidos. “Era mão-de-obra qualificada, com salário médio de mais de R$ 3 mil. Se não combatermos o tripé juros, câmbio e tributo, vamos continuar demitindo”, disse o presidente da Abimaq.
A capacidade instalada das indústrias do setor está em queda: 77,9% em março. Em março de 2011 era de 82,1%. No mesmo mês de 2008 era de 86,3%.
Ainda segundo a Abimaq, no primeiro trimestre deste ano, a importação de máquinas e implementos para a agricultura atingiu 96% em relação ao mesmo período do ano passado. Até março, o país acumula US$ 195,4 mil em importações ante a US$ 99,86 mil registrados nos primeiros três meses do ano passado.
As exportações cresceram 10%, subindo de US$ 235,6 mil no primeiro trimestre de 2011 para US$ 259,59 mil este ano.
Fonte: Hora do Povo
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