sexta-feira, 1 de junho de 2012

CONSTRUTORAS ESTIMAM PERDA DE R$ 138 MI

Sinduscon estima perda de cerca de R$ 6 milhões por dia de greve, sendo R$ 5 mi com mão de obra e encargos
A greve dos funcionários da construção civil na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) já dura 23 dias e provoca atraso na entrega de obras e prejuízo com contratos de alugueis de máquinas e equipamentos.

O Sinduscon-CE (Sindicato da Indústria da Construção do Ceará) estima perda de aproximadamente R$ 6 milhões por dia não trabalhado. O valor acumulado no período é de cerca de R$ 138 milhões. "A incerteza gerada pela greve no ritmo das obras tem afetado os setores da construção (civil) e imobiliário. Muitos contratos importantes já deixaram de ser fechados", disse Fernando Pinto, vice-presidente do Sinduscon.


O presidente da entidade, Roberto Sérgio Ferreira, explica o cálculo. "Por dia de greve, os custos com mão de obra somam R$ 2,6 milhões, considerando os encargos trabalhistas esta cifra sobe para R$ 5 milhões. Somando o valor com equipamentos parados nas obras, é R$ 1 milhão por dia, o que totaliza R$ 6 milhões", afirma Ferreira.


A paralisação da categoria atinge aproximadamente 59 mil trabalhadores do setor e afeta cerca de 450 obras em Fortaleza e cidades vizinhas, que estão totalmente paradas.


Negociação


Uma reunião entre as construtoras e representantes do Sticcrmf (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Fortaleza) no domingo (27) conseguiu avanços em relação aos pedidos dos grevistas.


No encontro, as partes chegaram ao seguinte acordo: reajuste salarial de 8% para toda a categoria, aumento no valor dos pisos de cerca de 10% e auxílio alimentação de R$ 50. O único ponto de discussão remanescente refere-se ao pagamento dos dias não trabalhados. Enquanto os funcionários buscam receber o valor integral dos 22 dias parados, as construtoras se negam a pagar.


Um novo encontro entre lideranças dos dois sindicatos está previsto para a tarde desta terça.


Greve


23 dias de greve de trabalhadores da construção civil na RMF se completam hoje. Movimento começou no último dia 8 de maio e segue sem acordo definido.



Fonte: Diário do Nordeste

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