sexta-feira, 12 de julho de 2013

Mão de obra puxa forte alta do custo da construção civil em junho, aponta FGV

Os custos da construção civil aumentaram com mais força em junho, puxados por reajustes salariais que encareceram a mão de obra em algumas capitais, de acordo com a FGV (Fundação Getulio Vargas).

O INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado) registrou alta de 1,96% em junho, ante 1,24% em maio. Com esse resultado, o indicador acumula variação de 5,61% no ano e de 7,88% nos últimos 12 meses.
O custo da mão de obra subiu 3,24% em junho, após alta de 1,88% em maio. Essa aceleração ocorreu por causa dos reajustes salariais em consequência da data base em São Paulo e Brasília, capitais onde a inflação da mão de obra subiu de 3,45% para 6,18%, e de zero para 5,28%, respectivamente. Em 12 meses, o custo do trabalho na construção civil subiu 10,08%.
alta
Já o índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou elevação mais modesta, de 0,56% em maio para 0,58% em junho. A variação acumulada em 12 meses é de 5,55%.
O subíndice correspondente apenas a materiais e equipamentos registrou variação de 0,54%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,65%.
A parcela relativa a serviços passou de uma taxa de 0,19%, em maio, para 0,71%, em junho. Neste grupo, a FGV destacou a aceleração do subgrupo vale transporte, cuja variação passou -0,40% para 2,24%.
Três capitais apresentaram aceleração no custo da construção: Brasília (de 0,22% para 2,86%), Porto Alegre (de 0,29% para 0,55%) e São Paulo (de 2,09% para 3,56%). Em contrapartida, Salvador (de 0,27% para 0,16%), Belo Horizonte (de 0,13% para 0,02%), Recife (de 0,17% para -0,04%) e Rio de Janeiro (de 2,44% para 0,38%) registraram desaceleração.
Confiança
Os empresários da construção civil seguem cautelosos com o cenário para o setor neste ano. O ICST (Índice de Confiança da Construção), também da FGV, registrou queda de 3,6% no trimestre móvel encerrado em junho, ante recuo de 6,6% no terminado em maio.
Apesar dessa melhora relativa, a FGV destaca que houve piora no índice quando a comparação é feita apenas entre os meses de 2013 e 2012. Neste caso, o indicador recuou 2,6% em abril ante o mesmo período do ano passado, em maio cedeu 3,4% e em junho caiu 4,8%. Os dados são da pesquisa Sondagem da Construção.
‘O indicador-síntese da sondagem sinaliza um nível de atividade econômica ainda bastante moderado para o setor no segundo trimestre de 2013′, diz a FGV, em nota.
A pesquisa mostra que o nível de satisfação com o momento presente, medido pelo índice de situação atual da atividade, ficou estável, passando de -7,1% no trimestre terminado em maio, para -7,2%, em junho.
Das 702 empresas consultadas, 25,5% avaliaram a situação atual como boa, contra 31,9% no mesmo período de 2012; ao passo que 14,7% a consideraram ruim (contra 10,6%, em junho de 2012).
Na mesma comparação, houve melhora do índice de expectativas, que passou de -1,9% para -0,6%. A proporção de empresas prevendo aumento na demanda no trimestre findo em junho foi de 35,1%, contra 34,3% no mesmo período em 2012, enquanto a parcela das que esperam redução foi de 5,9%, contra 6,0% em 2012.

Fonte: Valor

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