O Brasil
passou de 2011 para 2012 da quinta para a quarta posição no ranking de destinos
preferenciais de Investimento Estrangeiro Direto (IED), ficando atrás apenas de
Estados Unidos, China e Hong Kong, mostra o World Investment Report 2013,
documento da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento
(Unctad) lançado nesta quarta-feira no País pela Sociedade Brasileira de
Estudos de Empresas Transnacionais e Globalização Econômica (Sobeet).
No ano
passado, os Estados Unidos receberam US$ 167,6 bilhões em IED; a China, US$
121,1 bilhões; Hong Kong, US$ 74,6 bilhões; e o Brasil, US$ 65,3 bilhões. Ainda
de acordo com o World Investment Report 2013, a China subiu do sexto para o
terceiro lugar no ranking, ficando atrás apenas de Estados Unidos e Japão.
De acordo
com o estudo, as economias em desenvolvimento superam as economias
desenvolvidas como receptoras de IED. E o Brasil aumentou sua participação nos
ingressos globais de IED, saltando de 1,7% em 2007 para 4,8% no ano passado.
‘Os Brics
seguem como destino cada vez mais preferencial de investimentos estrangeiros’,
afirma o estudo.
O fluxo
global de IED, contudo, caiu 18% em 2012, para US$ 1,351 trilhão, de um volume
de US$ 1,651 trilhão registrado em 2011. Foi o primeiro recuo depois de três
anos ininterruptos de crescimento e o menor nível desde o período pré-crise, em
2007.
De acordo
com a Unctad, das 20 principais origens de IED no mundo, 8 não são economias
desenvolvidas. Entre os países em desenvolvimento, destaque para a ascensão da
China, Coreia do Sul, México, Cingapura e Chile como fontes de IDE. Neste
ranking, o Brasil não aparece.
IED de
economias em desenvolvimento. As economias em desenvolvimento já são fonte de
30,8% de todo o fluxo global de IED. Segundo o documento, o Brasil foi exceção
neste movimento de avanço do investimento no exterior por economias em
desenvolvimento. Isso porque as empresas brasileiras reduziram seus
investimentos em US$ 3 bilhões no exterior em 2012 frente a 2011. Desde 2009,
os investimentos brasileiros diretos encontram-se estagnados.
De acordo
com a Unctad, a percepção do clima de investimentos apresenta melhora para 2014
e 2015, condicionada pela evolução da economia nos Brics e nos Estados Unidos.
A entidade prevê fluxo global de IED de US$ 1,45 trilhão em 2013, próximo da
média alcançada no período pré-crise. Ainda de acordo com o documento, o fluxo
global de IDE pode crescer para US$ 1,6 trilhão em 2014 e US$ 1,8 trilhão em
2015.
Fonte: O
Estado de São Paulo
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