sexta-feira, 12 de abril de 2013

Abimaq fará proposta para reduzir custos industriais

Adoção de providências que aumentem o preço dos importados em pelo menos 25% e focalizar a redução do preço do produto nacional também em 25%.

A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) pretende levar em breve ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, uma proposta cujo objetivo é reduzir custos e melhorar a competitividade do setor industrial do Brasil. Uma das sugestões é a adoção de providências que aumentem o preço dos importados em pelo menos 25% e uma outra focaliza a redução do preço do produto nacional também em 25%. ‘Pretendemos levar nossa sugestão até a presidente Dilma Rousseff’, afirmou à reportagem o diretor de Competitividade da Abimaq, Mario Bernardini.
abimaq
Para aumentar o preço das importações, a Abimaq defende a elevação de tarifas que podem ser conjugadas com depreciação do câmbio. No entanto, a entidade acredita que a proteção via tributos, como é aplicada normalmente para produtos específicos, pode causar distorções nos preços dentro das cadeias produtivas. ‘Por outro lado, o câmbio é um elemento mais eficiente, pois atua de uma forma mais horizontal para toda a economia’, destacou Bernardini. Para a entidade, a redução das despesas dos produtos nacionais pode ocorrer por alguns mecanismos, como juros da economia mais baixos e redução de impostos.
Economistas heterodoxos que participaram de evento na Abimaq concordam em geral com os pontos abordados pela entidade, especialmente à necessidade de o câmbio ser desvalorizado. Contudo, há divergência sobre a velocidade dessa depreciação. Para o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, esse é um movimento que deveria ser feito de forma gradual para evitar efeitos colaterais na economia, como volatilidade no câmbio e eventual repasse de preços e alta da inflação. Porém, ele não defendeu um patamar específico para o câmbio.
Por outro lado, o ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser-Pereira afirmou que seria essencial para a indústria nacional que o câmbio atingisse um patamar, no médio prazo, entre R$ 2,80 e R$ 2,90. ‘Ter uma cotação específica é importante pois se torna um referencial para toda a economia e também direciona o governo nessa trajetória’, ressaltou.

Fonte: Agência Estado

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