quinta-feira, 22 de novembro de 2012

VENDAS DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO CRESCEM 5,2% EM OUTUBRO

Os números confirmam o que a pesquisa detectou no mês passado, que o setor continua crescendo


De todos os segmentos pesquisados nenhum apresentou queda e todos tiveram aumento de vendas. Levantamento realizado Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) aponta que as vendas de material de construção cresceram 5,2% em outubro com relação a setembro. Na relação outubro de 2012 sobre outubro de 2011, houve um crescimento de 2,4%. Nos últimos 12 meses, o setor apresenta variação positiva de 1,5%. “Os números confirmam o que a pesquisa detectou no mês passado, que o setor continua crescendo. No caso de setembro, esse crescimento foi afetado negativamente pela greve bancária, pois é grande o número de vendas para consumidores que dependem de financiamentos”, explica o presidente do Conselho Deliberativo da Anamaco, Geraldo Cordeiro. “Nós já esboçamos uma reação em outubro, mas continuamos otimistas. Novembro deverá ser o melhor mês do ano para os revendedores de material de construção, pois a proximidade com as festas de final de ano, por si só, já criam uma enorme demanda por reformas. As pessoas querem arrumar a casa para receber a família e comemorar a chegada do ano novo. Pelo histórico do nosso setor esse é um mês em que o setor tem o seu melhor desempenho no ano”, explica. De todos os segmentos pesquisados nenhum apresentou queda e todos tiveram aumento de vendas. Cimento, por exemplo, teve crescimento de 2,4% sobre setembro e 3,9% na relação outubro de 2012 sobre outubro de 2011. As regiões Sul e Nordeste tiveram o maior crescimento do mês, com 35% dos lojistas registrando aumento de vendas. O pior desempenho foi o da região Sudeste, onde 24% dos revendedores registraram aumento de vendas. “São Paulo vem sendo castigado pela confusão causada pelas novas regras da substituição tributária, que entraram em vigor em agosto e que aumentaram em torno de 8% os preços dos materiais de construção no Estado, causando reflexos em toda a região e diminuindo o potencial de consumo”, diz Geraldo. A Anamaco espera que o setor atinja a meta prevista de crescimento para o ano de 3,5%. Em 2011, o varejo de material de construção cresceu 4,5% sobre 2010, atingindo um faturamento total de R$ 52 bilhões. Entidade espera que FIMAC desburocratize processo de obtenção de financiamentos A Anamaco comemorou a regulamentação do FIMAC (Financiamento de Material de Construção) com recursos do FGTS. A linha, que tinha sido aprovada pelo Conselho Curador do FGTS em janeiro, entrou em vigor no dia 1 de novembro. Para o presidente da Anamaco, Cláudio Conz, membro do Conselho Curador do FGTS, a novidade vem para fortalecer o desempenho do setor. “Com certeza a medida vai melhorar o desempenho do nosso setor, que sofreu em 2012 com a falta de crédito no mercado, que continuava muito caro apesar dos seguidos anúncios de redução dos juros A linha esbarrou em uma série de questões burocráticas, mas o que importa é que está disponível ao consumidor final. Medidas como esta são imprescindíveis para que o consumidor recupere a confiança e volte a construir ou reformar”, declarou Conz, que também é membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República e do Grupo de Avanço da Competitividade. “Temos tentado trabalhar dentro do Conselho Curador a importância de opções de financiamento para material de construção como instrumentos de melhoria, ampliação e reforma do estoque de imóveis hoje financiados pelo FGTS. Sem contar que, oferecendo mais acesso ao crédito a juros menores, estamos investindo também na diminuição do déficit habitacional, afinal aproximadamente 6 milhões de brasileiros ainda vivem em casas sem banheiro ou sanitário”, completa. Com juros de 1% ao mês, o FIMAC/FGTS tem limite de financiamento de até R$ 20 mil, prazo de pagamento de até 120 meses (10 anos) e o dinheiro não será descontado do FGTS do trabalhador. A medida deve beneficiar, sobretudo, quem precisa fazer pequenas reformas. “Os juros são de 12% ao ano, ou seja, quase metade dos juros praticados pelas linhas que estão no mercado. Temos que lembrar que os imóveis precisam de manutenção, seja por causa de uma rachadura que apareceu, seja porque uma telha quebrou e causou infiltração, enfim... o FIMAC vem atender, sobretudo, a esse consumidor que pode, por exemplo, pegar um empréstimo de 3 mil, 4 mil reais para resolver esse problema”, explica o presidente da Anamaco, que lembra que a média de empréstimos para esse tipo de obra é de R$ 8 mil. O FIMAC é destinado a trabalhadores titulares de conta vinculada do FGTS, independente de sua renda familiar bruta, e é válido para imóveis urbanos e rurais, sendo voltado à construção e/ou ampliação de unidade habitacional, reforma de moradia, implantação de sistemas de aquecimento solar e instalação de hidrômetros de medição individual. “As primeiras liberações de crédito devem ocorrer em 30 dias e o volume disponível para utilização é de R$ 300 milhões, mas pode chegar a R$ 1 bilhão, dependendo da demanda. O impacto da medida será muito positivo para o mercado, afinal são 138 mil lojas de material de construção no país que podem vender mais em um momento em que precisamos melhorar nosso desempenho. A nossa expectativa é de que, além de facilitar o acesso ao crédito a juros menores para o consumidor final a nova linha também contribua para a simplificação dos processos de tomada de financiamentos para esse fim no nosso país”, finalizou o presidente da Anamaco. 

Fonte: Último Instante

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