Os números confirmam o que a pesquisa detectou no mês passado, que o setor continua crescendo
De todos os segmentos pesquisados nenhum apresentou queda e
todos tiveram aumento de vendas. Levantamento realizado Anamaco
(Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) aponta
que as vendas de material de construção cresceram 5,2% em outubro com
relação a setembro. Na relação outubro de 2012 sobre outubro de 2011,
houve um crescimento de 2,4%. Nos últimos 12 meses, o setor apresenta
variação positiva de 1,5%. “Os números confirmam o que a pesquisa
detectou no mês passado, que o setor continua crescendo. No caso de
setembro, esse crescimento foi afetado negativamente pela greve
bancária, pois é grande o número de vendas para consumidores que
dependem de financiamentos”, explica o presidente do Conselho
Deliberativo da Anamaco, Geraldo Cordeiro. “Nós já esboçamos uma reação
em outubro, mas continuamos otimistas. Novembro deverá ser o melhor mês
do ano para os revendedores de material de construção, pois a
proximidade com as festas de final de ano, por si só, já criam uma
enorme demanda por reformas. As pessoas querem arrumar a casa para
receber a família e comemorar a chegada do ano novo. Pelo histórico do
nosso setor esse é um mês em que o setor tem o seu melhor desempenho no
ano”, explica. De todos os segmentos pesquisados nenhum apresentou queda
e todos tiveram aumento de vendas. Cimento, por exemplo, teve
crescimento de 2,4% sobre setembro e 3,9% na relação outubro de 2012
sobre outubro de 2011. As regiões Sul e Nordeste tiveram o maior
crescimento do mês, com 35% dos lojistas registrando aumento de vendas. O
pior desempenho foi o da região Sudeste, onde 24% dos revendedores
registraram aumento de vendas. “São Paulo vem sendo castigado pela
confusão causada pelas novas regras da substituição tributária, que
entraram em vigor em agosto e que aumentaram em torno de 8% os preços
dos materiais de construção no Estado, causando reflexos em toda a
região e diminuindo o potencial de consumo”, diz Geraldo. A Anamaco
espera que o setor atinja a meta prevista de crescimento para o ano de
3,5%. Em 2011, o varejo de material de construção cresceu 4,5% sobre
2010, atingindo um faturamento total de R$ 52 bilhões. Entidade espera
que FIMAC desburocratize processo de obtenção de financiamentos A
Anamaco comemorou a regulamentação do FIMAC (Financiamento de Material
de Construção) com recursos do FGTS. A linha, que tinha sido aprovada
pelo Conselho Curador do FGTS em janeiro, entrou em vigor no dia 1 de
novembro. Para o presidente da Anamaco, Cláudio Conz, membro do Conselho
Curador do FGTS, a novidade vem para fortalecer o desempenho do setor.
“Com certeza a medida vai melhorar o desempenho do nosso setor, que
sofreu em 2012 com a falta de crédito no mercado, que continuava muito
caro apesar dos seguidos anúncios de redução dos juros A linha esbarrou
em uma série de questões burocráticas, mas o que importa é que está
disponível ao consumidor final. Medidas como esta são imprescindíveis
para que o consumidor recupere a confiança e volte a construir ou
reformar”, declarou Conz, que também é membro do Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República e do
Grupo de Avanço da Competitividade. “Temos tentado trabalhar dentro do
Conselho Curador a importância de opções de financiamento para material
de construção como instrumentos de melhoria, ampliação e reforma do
estoque de imóveis hoje financiados pelo FGTS. Sem contar que,
oferecendo mais acesso ao crédito a juros menores, estamos investindo
também na diminuição do déficit habitacional, afinal aproximadamente 6
milhões de brasileiros ainda vivem em casas sem banheiro ou sanitário”,
completa. Com juros de 1% ao mês, o FIMAC/FGTS tem limite de
financiamento de até R$ 20 mil, prazo de pagamento de até 120 meses (10
anos) e o dinheiro não será descontado do FGTS do trabalhador. A medida
deve beneficiar, sobretudo, quem precisa fazer pequenas reformas. “Os
juros são de 12% ao ano, ou seja, quase metade dos juros praticados
pelas linhas que estão no mercado. Temos que lembrar que os imóveis
precisam de manutenção, seja por causa de uma rachadura que apareceu,
seja porque uma telha quebrou e causou infiltração, enfim... o FIMAC vem
atender, sobretudo, a esse consumidor que pode, por exemplo, pegar um
empréstimo de 3 mil, 4 mil reais para resolver esse problema”, explica o
presidente da Anamaco, que lembra que a média de empréstimos para esse
tipo de obra é de R$ 8 mil. O FIMAC é destinado a trabalhadores
titulares de conta vinculada do FGTS, independente de sua renda familiar
bruta, e é válido para imóveis urbanos e rurais, sendo voltado à
construção e/ou ampliação de unidade habitacional, reforma de moradia,
implantação de sistemas de aquecimento solar e instalação de hidrômetros
de medição individual. “As primeiras liberações de crédito devem
ocorrer em 30 dias e o volume disponível para utilização é de R$ 300
milhões, mas pode chegar a R$ 1 bilhão, dependendo da demanda. O impacto
da medida será muito positivo para o mercado, afinal são 138 mil lojas
de material de construção no país que podem vender mais em um momento em
que precisamos melhorar nosso desempenho. A nossa expectativa é de que,
além de facilitar o acesso ao crédito a juros menores para o consumidor
final a nova linha também contribua para a simplificação dos processos
de tomada de financiamentos para esse fim no nosso país”, finalizou o
presidente da Anamaco.
Fonte: Último Instante
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