quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Vagas na construção crescem 4,4% em um ano

O número de empregos formais na construção civil cresceu 4,45% em Sorocaba, em um período de 12 meses, que vai de julho de 2012 a julho de 2013.


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Esse dado consta em uma pesquisa feita pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com a pesquisa, a cidade contava em julho com um saldo de 10.789 trabalhadores atuando setor, contra 10.329 no mesmo mês do ano passado. Ou seja, houve 460 novas contratações. Na região, que abrange 43 municípios, houve uma desaceleração da construção civil na ordem de 1,52% nesse mesmo período.

Em julho deste ano, 96.628 trabalhadores desenvolviam suas funções no setor, ante 98.119 em 2012, demonstrando que 1.491 vagas foram extintas. O presidente da regional de Sorocaba do Sinduscon, Elias Stefan Júnior, relata que o mercado de Sorocaba está com um ritmo aceitável, dentro do esperado, e afirma que essa queda na região demonstra que o mercado sorocabano ainda é mais visado do que o das outras cidades.
Apesar do crescimento em um ano, a pesquisa do sindicato mostra que, se comparado com o mês de junho de 2013, o número de contratações apresentou uma queda de 0,69% em Sorocaba. Em junho, 10.864 pessoas trabalhavam na construção civil na cidade, porém, caiu para 10.789 em julho. Na região, foi registrada uma queda um pouco maior em relação a junho, que ficou na margem de 1,39%. Naquele mês, um total de 97.992 trabalhadores atuavam no setor, contra 96.628, ou seja, 1.364 empregos a menos.

O presidente do Sinduscon Sorocaba analisa que o mercado continua aquecido, porém, já começa a demonstrar menores patamares de crescimento do que os registrados no ano passado. ‘Agora o mercado está mais dentro da realidade e a demanda continua a existir. Era esperada essa acomodação do mercado depois daquele ritmo frenético de contratações ocorrido no ano passado. Em 2012, o mercado viveu um momento de euforia muito grande, o que não é muito bom, pois é melhor quando ele está equilibrado e dentro da realidade’, diz ele.
Stefan Júnior revela que essa euforia foi motivada pela economia do País, que estava boa para a população no ano passado, fazendo com que as pessoas procurassem mais o mercado imobiliário. ‘O bem imóvel é muito procurado pelas pessoas, tanto pela moradia, quanto para investimentos. Então, como a renda estava melhor, as pessoas partiram para esse mercado, que representa garantia e liquidez. O imóvel é sempre o porto seguro para as pessoas’, relata.

Sobre a região, o presidente do sindicato informa que Sorocaba é mais visada pelo mercado, pois a renda per capita é mais alta, portanto, as outras cidades acabaram não seguindo o ritmo daqui. ‘Por isso o mercado continua mais aquecido em Sorocaba’, complementa. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Sorocaba, Vitorino Gabriel, revela que não teve acesso à pesquisa do Sinduscon, mas analisa que há uma tendência de queda no mercado. ‘Por aqui, se mantém ainda um número alto de construção, mas vemos que muito tem se falado sobre a situação da economia do País, que vem se retraindo, e sabemos que a construção civil é a primeira a ser atingida. A construção civil sente primeiro e é o último setor que começa a se recuperar’, explica.

Mão de obra

O presidente do Sinduscon Sorocaba diz que ainda existe uma grande demanda por imóveis em Sorocaba e região, por isso, trabalhadores são sempre requisitados para atuar na área. O problema, porém, conforme afirma Stefan Júnior, é a falta de qualificação. ‘Ainda falta muita mão de obra qualificada. Por isso, é primordial a participação do Sinduscon nesse quesito e que as empresas do setor se associem, para que possamos gerar cursos e parcerias com entidades formadoras de mão de obra qualificada’, considera. Atualmente, a entidade tem 34 empresas associadas na região.
Na questão da mão de obra, Gabriel diz que, além do problema de falta de qualificação, ele vê que muitas empresas contratam trabalhadores sem o registro na carteira, o que faz com que os números levantados do Sinduscon muitas vezes não representem a total realidade. ‘Existem ainda muitos empregos informais e é muito difícil algum sindicato ficar sabendo disso’, completa.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul

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