quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Pesquisa revela pessimismo na construção

Os empresários da construção civil de Minas Gerais estão pessimistas quanto às condições de seus negócios, da economia brasileira e do Estado.


O Índice de Confiança do Empresariado da Construção Civil (Iceicon-MG) fechou em 47,1 pontos o mês de agosto, abaixo da linha do otimismo, de 50 pontos. Nem mesmo as projeções para os próximos seis meses são positivas. Os dados foram divulgados ontem pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

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‘O resultado espelha o ambiente macroeconômico bastante instável que estamos vivendo’, justifica o economista e coordenador sindical Sinduscon-MG, Daniel Furletti. Dentre as principais questões que tornam esse ambiente instável estão a inflação, a alta dos juros, o menor crescimento da renda e o desaquecimento da economia.
‘O fato é que os empresários estão pensando duas vezes antes de investir, ou seja, estão adiando decisões nesse sentido. Temos que ter em mente que a confiança é o primeiro elo da cadeia de investimento’, afirma.
Levando-se em conta as atuais condições do negócio, o índice fica em 40,2 pontos. Nesse sentido, a visão dos empresários a respeito da situação do país não é nada boa (36,3 pontos). O mesmo ocorre no caso da economia do Estado (39,7 pontos) e da própria empresa (41,2 pontos).
Nem mesmo as projeções para um futuro próximo são muito positivas. De um modo geral, a expectativa para os próximos seis meses ficou na casa dos 50,5 pontos. Mas, o Brasil ainda ficou mal avaliado, com 45,4 pontos e o Estado, com 48,1 pontos. Os empresários acreditam apenas que suas próprias empresas poderão estar um pouco melhores (52,4 pontos).
Atividade – As expectativas quanto ao nível da atividade também ficaram piores em julho (47,6 pontos). No mês anterior, ela estava em 49,8 pontos, ou seja mais próxima da linha dos 50 pontos de otimismo.
A previsão referente às compras de matéria-prima também retraiu. Passou dos 50 pontos de julho para os 46,4 pontos em agosto. Essa realidade tem ligação com as poucas esperanças de serem iniciados novos empreendimentos, que passou dos 50,8 pontos para 49,5 pontos no mesmo período. As contratações passaram de uma avaliação de 50,3 pontos para 50 pontos, mantendo-se praticamente estável.
Os índices alcançados em agosto deste ano estão todos piores que os registrados no mesmo mês de 2012, tanto no que se refere à visão do momento quanto às perspectivas. Naquele momento, a visão estava acima da linha do otimismo, com 54,2 pontos. Já as expectativas para os seis meses seguintes haviam ficado em 58,8 pontos, muito acima dos 50,5 pontos atuais.
Para Furletti, a visão de futuro pouco otimista tem ligação com as poucas obras de infraestrutura que já saíram do papel. Porém, para ele, caso os leilões para as concessões de obras sejam efetivadas a visão do empresariado será totalmente diferente. ‘O que vemos é que a infraestrutura do país está em colapso. Uma hora as obras terão que acontecer e todas elas alavancarão o setor da construção civil’.

Fonte: Diário do Comércio

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