segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Empresários tentam driblar escassez de mão de obra

Alguns segmentos da indústria que demandam mão de obra intensiva já começam a reverter o problema da falta de trabalhadores capacitados utilizando diferentes estratégias.


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Em alguns casos, a parceria com entidades de ensino é a solução. Em outros, a rotatividade de empregados com outros setores ou a saída mais fácil pode ser a busca em empresas que desenvolvem a mesma atividade. Porém, ainda há segmentos que têm que fazer ajustes na produção para compensar a dificuldade de contratar pessoas qualificadas.

No Vale da Eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, quatro escolas técnicas no município, sete cursos de graduação entre o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) e a Faculdade de Administração e Informática (FAI), além de cursos de pós-graduação e duas incubadoras, que abrem novas vagas a cada 20 a 24 meses, garantem a oferta de profissionais e técnicos especializados na área.

Essa é uma peculiaridade que garante ao polo de eletrônica de Santa Rita do Sapucaí não conviver com o problema de falta de mão de obra qualificada’, afirma o presidente do presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), Roberto de Souza Pinto.

O arranjo produtivo local do Vale da Eletrônica reúne 153 fábricas de produtos eletroeletrônicos, hoje exportados para 41 países, além dos negócios dentro do Brasil. O polo responde pela fabricação de um mix de 12 mil a 13 mil diferentes itens, cerca de 13 mil empregos diretos e um faturamento anual da ordem de R$ 1,3 bilhão. 

Roupas

Na indústria do vestuário, a própria atividade é responsável por formar trabalhadores qualificados, apesar de o setor ter que conviver com altos índices de rotatividade dos funcionários, como explica o presidente do Sindicato da Indústria do Vestuário no Estado de Minas Gerais (Sindivest-MG), Michel Aburachid.

Hoje não existe falta mão de obra qualificada. O que existe é um alto nível de rotatividade dos trabalhadores’, destaca Aburachid. Mesmo assim, ele revela que o setor também perde funcionários para outros segmentos, especialmente o de telemarketing e informática. O setor de vestuário reúne aproximadamente 6 mil empresas no Estado. Juntas elas geram cerca de 180 mil empregos diretos.

Já no caso do polo calçadista de Nova Serrana, no Centro-Oeste do Estado, a situação é diferente. O presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria do Calçado de Nova Serrana (Sindinova), Pedro Gomes da Silva, revela que algumas empresas locais já fizeram os ajustes, diminuindo a produção e fechando menos encomendas, para compensar a perda ou a dificuldade de contratar mão de obra especializada.

O nosso problema vai além da falta de pessoal qualificado. Antes disso já existe escassez de mão de obra de forma geral’, pontua Silva. O polo de Nova Serrana abrange outros 12 municípios da região, chegando a 1,2 mil empresas do setor. Ao todo, são de 27 a 28 mil empregos diretos.

Fonte: Diário do Comércio

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