terça-feira, 20 de agosto de 2013

Desoneração da folha de pagamento derruba custos da construção civil

A desoneração da folha de pagamento de empresas da construção civil e a estabilidade da inflação derrubou os custos de construção civil no País em julho.

No Amazonas, a queda foi de 5,91%, comparado ao mês anterior e de 6,19% no acumulado dos primeiros sete meses do ano, em relação ao mesmo período de 2012.
O custo do metro quadrado fechou em R$ 830,19em Manaus. OÍndice Nacional da Construção Civil (Sinapi) é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com a Caixa Econômica Federal. Em janeiro, esse valor era de R$ 886,14.
crescimento
Caso a desoneração da folha de pagamento dos salários não tivesse ocorrido, o custo da construção no Estado seria de R$ 882,46 em julho, uma variação de 0,02% em relação a junho e de -0,28% no ano.
De acordo com o presidente Sindicato das Indústrias da Constrição Civil do Amazonas (Sinduscon), Eduardo Lopes, a desoneração de 20% da contribuição previdenciária, que passou a ser de 2% sobre o faturamento bruto, influenciou a queda nos custos, assim como a inflação estável.
“Além da desoneração da previdência, a inflação de julho foi de apenas 0,03%, muito próximo da estabilidade, o que também colaborou com o recuo”, afirma.
Segundo o Sinduscon, os materiais de construção correspondem a 50% dos custos de uma obra e o restante é dividido entre mão-de-obra e encargos.
A Lei 12.844, sancionada em 19 de julho de 2013, estabelece, entre outras disposições, a desoneração da folha de pagamento retirando do cálculo dos encargos sociais, os 20% relativos à contribuição previdenciária incidente na folha de pagamento.
Conforme o IBGE, a queda no custo da construção em todas as regiões do País é reflexo dessa desoneração da folha de pagamento de empresas do setor.
Nacional
O custo nacional da construção por metro quadrado, que em junho havia sido de R$ 890,76, em julho caiu para R$ 835,95, sendo R$ 461,43 relativos aos materiais e R$ 374,52 à mão de obra.
O índice teve variação negativa de 6,15% em julho, ficando 13,95 pontos percentuais abaixo da taxa de junho (7,80%). O resultado do mês reflete a desoneração da folha de pagamento de empresas do setor da construção civil.
Desta forma, considerando o período de janeiro a julho, a variação acumulada recuou 2,30%, enquanto em igual período de 2012 havia ficado 3,56% acima.
O resultado dos últimos 12 meses passou para uma retração de 0,30%, ficando 6,84 pontos percentuais abaixo dos 6,54% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2012 o índice havia sido de 0,29%.
A parcela dos materiais teve variação de 0,12%, subindo 0,02 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,10%), já a mão de obra teve variação negativa de 14,68%, caindo 12,69 pontos percentuais em relação a junho (1,80%).
De janeiro a julho os acumulados são 1,68% (materiais) e -6,80% (mão de obra), enquanto em 12 meses ficaram em 3,09% (materiais) e -4,18% (mão de obra).
A região Sudeste, com variação negativa de 6,81%, apresentou a maior queda, com a desoneração da folha de pagamento,em julho. Osdemais resultados foram: -5,98% (Norte), -5,84% (Nordeste), -6,32% (Sul) e -4,23% (Centro-Oeste).

Fonte: Grandes Construções

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