A concorrência para a privatização dos aeroportos brasileiros de Cumbica, Viracopos e Brasília deve ser a grande jogada do governo este ano
A concorrência para a privatização dos aeroportos brasileiros de Cumbica, Viracopos e Brasília, nos próximos quatro meses, deverá ser a grande jogada do governo este ano, pois a expectativa é alcançar perto de R$ 2,6 bilhões, de 2011 a 2014 - ano da Copa do Mundo no País - apenas com esses três aeroportos.
O leilão está marcado para 22 de dezembro, mas ontem a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sentiu o primeiro termômetro do que virá pela frente: quatro consórcios disputaram de maneira enérgica a primeira concessão aeroportuária no Brasil, o aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN), cujo leilão teve ágio de quase 230% e envolveu cerca de R$ 170 milhões.
Quem levou a melhor foi o consórcio Inframérica, formado pelo grupo brasileiro Engevix e pela argentina Corporación América. José Antunes Sobrinho, diretor-executivo do Engevix, adiantou que a empresa pretende participar dos próximos leilões aeroportuários.
Marcelo Guaranys, presidente da Anac, afirmou que a entidade está concluindo um estudo sobre as privatizações por conta própria, por acreditar que haverá forte procura. "Também esperamos receber estudos realizados pela iniciativa privada sobre os terminais até o início de setembro. Daí fecharemos a modelagem [destes leilões]".
"Aparentemente, as companhias de construção civil nacionais e os grandes operadores aeroportuários internacionais resolveram guardar suas forças para as disputas por complexos de maior porte, como Cumbica e Viracopos", observa Claudia Elena Bonelli, sócia do TozziniFreire Advogados e especialista em parcerias público-privadas (PPPs).
Na véspera do leilão de São Gonçalo multinacionais da área, como a alemã Fraport e a mexicana GAP, desistiram do negócio alegando baixa expectativa de retorno financeiro - mas acredita-se que marquem presença nas disputas pelos bem mais rentáveis terminais que serão leiloados no final do ano.
"O governo pode optar por editais que deem maior competitividade às disputas ou que privilegiem a presença de empresas brasileiras na gestão dos aeroportos, por exemplo", diz Frederico Araújo Turolla, sócio da Pezco Pesquisa & Consultoria.
Fonte: DC
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